sábado, 31 de janeiro de 2009

Costeletas de porco panadas

Cá em casa é muito raro fazer fritos. Houve tempos em que me perdia com as batatinhas fritas, filetes, entre outras delícias. Mas o colesterol começou a limitar as nossas preferências e é realmente importante ter algum cuidado, apesar de também não ser fundamentalista.

Ontem, para o jantar, tinha umas costeletas de porco para confeccionar. Quando cheguei a casa consultei um ou dois livros, uns exemplares da revista Blue Cooking, mas não encontrei grande inspiração. Foi nesse processo de pesquisa que me lembrei de costeletas panadas. Aos anos que já não comia costeletas panadas. Estava decidido.


Ingredientes:
4 costeletas de porco
2 dentes de alho
sal
pimenta
colorau
1 folha de louro
vinho branco
1 ovo
pão ralado
óleo para fritar

1. Temperar as costeletas com sal, pimenta, um pouco de colorau, os dois dentes de alho cortados às rodelas e a folha de louro partida. Regar com um pouco de vinho branco e deixar as costeletas nesta marinada entre uma a duas horas.

2. Bater o ovo. Passar as costeletas, ligeiramente escorridas do molho da marinada, de ambos os lados no ovo.

3. Panar as costeletas em pão ralado.

4. Fritar as costeletas em óleo quente.

5. Depois de fritas, colocar as costeletas em papel absorvente, para retirar algum excesso de óleo e o panado ficar "sequinho".

Acompanhei estas costeletas com esparguete de verduras cozido com folhas de couve galega cortadas e salada de tomate.

O esparguete com a couve galega foi uma invenção do momento. Cozi as folhas de couve limpas de talos e cortadas com o esparguete em água temperada de sal. Depois de cozidos, escorri e temperei com azeite.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Arroz de camarão

Ontem para o jantar fiz um arroz de camarão. Não segui propriamente nenhuma receita, confeccionei o arroz como faço normalmente. O único toque especial que usei nesta receita foi usar caldo de camarão. Fiz o caldo já há algum tempo atrás. Aproveitei água de cozedura de camarão que usei descascado numa massa. Na água de cozedura coloquei as cabeças dos camarões, levei novamente ao lume para ferver um pouco. Depois triturei e coei o caldo. Deixei arrefecer e coloquei no congelador. Ontem fui buscá-lo para este arroz.

Num tacho coloquei uma cebola picada, três dentes de alho e azeite. Levei ao lume e deixei fritar um pouco a cebola. De seguida, juntei um tomate grande sem pele e cortado em pequenos pedaços. Deixei refogar um pouco.

A este preparado, juntei 300 g de arroz para risotto ou arroz carolino. Mexi e refresquei o arroz com um pouco de vinho branco. Temperei com sal, pimenta e piripiri a gosto.

Aos poucos e poucos fui juntando o caldo de camarão, que aqueci previamente. Adicionei 400 g de camarão sem casca (usei camarão congelado).

Continuei a juntar o caldo de camarão, sempre pouco a pouco e mexendo regularmente para que não pegasse ao tacho, e o fogão em lume brando. Usei aproximadamente 1 litro de caldo de camarão.

Assim que vi que o arroz estava cozido, juntei um raminho de salsa picada e seguiu logo para a mesa, pois o arroz não pode esperar.

Uma delícia. Confesso que, como dois bons garfos que somos, sobrou muito pouco.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Mousse de chocolate

Na semana passada li, por mero acaso, um jornal de distribuição gratuita em que toda a edição era dedicada à felicidade. A questão desenvolvida era: - afinal, o que nos faz felizes? Nessa edição, perguntaram também a alguns chefes da nossa praça sobre que alimentos trarão a felicidade, e as respostas foram variadas, desde chocolate, pão quente, pezinhos de porco, até à satisfação pessoal que se sente quando alguém aprecia o que se cozinhou.

Fiquei a pensar sobre o que li e questionei-me sobre que alimentos me trazem a mim, momentos de felicidade? Gosto de pão quente acabadinho de fazer, do cheirinho a café, de uma sopa reconfortante, de um bom bife, de pratos de arroz, de peixe fresco grelhado, mas o chocolate é sem dúvida um dos meus favoritos. A partir desse dia, meti na cabeça que a próxima sobremesa a confeccionar seria uma mousse de chocolate.



Ingredientes
200 g de chocolate
6 ovos
6 colheres de sopa de açúcar
50 g de manteiga (usei sem sal)

1. Misturar muito bem a manteiga e o açúcar, para que não se note o granulado do açúcar.

2. Misturar uma a uma as seis gemas, continuando sempre a bater. Quando obtiver um creme esbranquiçado, adicionar o chocolate , previamente derretido em banho maria.

3. Depois de tudo bem misturado, envolver as claras batidas em castelo a pouco e pouco.

4. Levar ao frigorífico umas horas antes de servir.

E vocês, caros leitores, entre pratos e sabores o que vos faz serem felizes?

P.S. Receita dos chocolates Pantagruel.

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Tarte de cavala, cenoura e rúcula

Às sextas-feiras tenho feitos uns jantares rápidos e supostamente leves. Na passada sexta-feira fiz uma tarte seguindo a inspiração do momento e os ingredientes disponíveis cá por casa.

Estendi uma embalagem de massa folhada fresca numa tarteira e com um garfo, piquei o fundo da tarte. De seguida, escorri duas embalagens de cavala em conserva. Numa taça coloquei a cavala, uma cebola pequena picada e uma cenoura média ralada. Com a ajuda de um garfo desfiz a cavala e envolvi os três ingredientes. Coloquei este preparado na base da tarte. Por cima coloquei folhas de rúcula.

Numa outra taça coloquei 3 ovos, 200 ml de natas, 3 colheres de sopa de leite, 2 colheres de sobremesa de mostarda Dijon com mel, pimenta a gosto e manjericão seco. Bati muito bem e reguei a tarte com este preparado. Antes de ir ao forno, polvilhei com queijo da ilha ralado.

Servi esta tarte com uma salada de alface e tomate.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Mais um passeio pelo campo ...

Ontem dei mais um dos meus passeios pelo campo. Encontrei as terras quase em repouso e as árvores, algumas ainda sem folhas outras, como o caso das nespereiras, já com flores.

Durante o passeio fiquei a magicar sobre o que se produz em Janeiro, o mês do frio, da neve, da geada e da chuva. Quais os produtos frescos que se encontram no campo, neste mês?

Encontrei prontas a colher couves coração de boi, couve lombarda, folhas tenras da couve galega, alfaces roxas e nabiças quase a dar grelos. Nas árvores vi limões, tangerinas e laranjas.

Fiquei admirada com a quantidade de laranjas e tangerinas que encontrei no chão. A fruta cai depois da pele ser queimada pela geada. As tangerinas ficam murchas, sem sumo.

Durante o passeio deliciei-me quando vi umas ovelhas e as suas pequenas crias. Os pequenos borreguinhos eram uma ternura.


Bem que tentei fazer-lhes uma festinha, mas as mães estavam sempre em alerta e não quis arriscar!

sábado, 24 de janeiro de 2009

Sopa de lentilhas vermelhas

«Embora bastante atraente no aroma, a sopa de lentilhas vermelhas é tão simples de preparar como o nome indica. Marjan preferia ferver as lentilhas primeiro, antes de fritar as cebolas picadas, o alho e as especiarias num bom azeite forte. Após cobrir o refogado de lentilhas e cebolas, permitia que a saborosa sopa apurasse durante meia hora, à medida que as especiarias se entranhavam nas complacentes peles de cebola.

No livro de receitas que guardava na memória, Marjan garantia sempre um destaque especial às especiarias da sopa. O cominho adicionava à mistura o travo do amor do entardecer, mas era uma outra especiaria a causadora do maior efeito trântrico no inocente consumidor da sopa: a siah daneh, "amor no seio", ou semente de nigela. Quando esmagada entre pilão e almofariz, ou fervida em pratos como aquela sopa de lentilhas, esta modesta vagem liberta uma energia picante que repousa no mais fundo dos humanos. Libertada, arde eternamente com o desejo sem limites de um amante rejeitado. Tão poderosa é a nigela que a especiaria não deverá ser ingerida por mulheres grávidas, por receio de parto antecipado.

A nigela, proveniente do Próximo e Médio Oriente (...), raramente é utilizada em receitas ocidentais, desdenhando-se a sua capacidade de aliviar a azia e suprimir a fadiga. (...)

Marjan atarefava-se na cozinha a cortar a última cebola (...). Fritou a cebola em azeite, mexendo os pedaços até ficarem estaladiços mas não queimados, e depois reservou os encantos fritos, para mais tarde serem polvilhados nas malgas de sopa encomendadas pelos clientes ansiosos. Marjan considerava esta guarnição crocante a melhor parte da sua sopa de lentilhas vermelhas, pois afinal de contas, o mais humilde dos momentos pode muitas das vezes ser o mais recompensador.»

Marsha Mehran - Café Babilónia, Arte Plural Edições

O romance Café Babilónia está cheio de sabores e aromas. Gostei de conhecer a história de Marjan e das suas irmãs, mas gostava ainda mais de me sentar no Café Babibónia e provar as baklavas, o dugh de iogurte, o abgusht, as orelhas de elefante, as lavash e claro, a famosa sopa de romã.

O aroma da sopa de lentilhas vermelhas, apresentada no romance, conquistou-me, não me pareceu difícil e decidi experimentar.


Ingredientes
2 chávenas de lentilhas vermelhas secas
5 chávenas de água
azeite
6 cebolas picadas
1 colher de chá de açafrão-da-índia
4 colheres de chá de cominhos moídos
5 chávenas de caldo de galinha
sal
2 colheres de chá de sementes de nigela ou pimenta preta moída
1 a 2 cebolas para a guarnição

1. Colocar as lentilhas numa panela, cobrir com água e levar ao lume a cozinhar durante sensivelmente 9 minutos.

2. Depois das lentilhas cozidas, escorrer e reservar.

3. Picar as 6 cebolas para uma panela. Adicionar azeite, o açafrão-da-índia e os cominhos. Levar ao lume e deixar fritar as cebolas até ficarem transparentes. Mexer regulamente.

4. Adicionar ao preparado anterior as lentilhas cozidas, as 5 chávenas de água e o caldo de galinha. Temperar com sal e pimenta a gosto.

5. Deixar levantar fervura. De seguida baixar o lume. Deixar cozinhar em lume brando durante 40 minutos.

6. Cortar as restantes cebolas em meias luas e fritá-las num pouco de azeite até ficarem estaladiças, mas sem torrar.

7. Servir cebola frita como guarnição nas taças de sopa.

A sopa fica uma delícia. Quando se fritam as cebolas com as especiarias a casa enche-se de um magnífico e inspirador aroma.


Tal como Marjan refere, a guarnição de cebola frita faz mesmo a diferença na sopa.

A nigela já está na minha lista de ingredientes especiais a comprar.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Febras de porco assadas

Já há algum tempo que não cozinhava febras. Na quarta-feira, ao planear o jantar de quinta decidi fazer esta receita, típica da região do Minho.


Ingredientes:
7 febras de porco cortadas finas
1 dl de azeite
4 dl de vinho branco
1 colher de sopa de banha
1 colher de sopa de colorau
1 ramo de salsa
1 piripiri
sal
pimenta

1. Temperar as febras com sal, vinho, pimenta, colorau, a folha de louro partida e a salsa picada. Deixar a marinar 24 h.

2. Colocar as febras num tabuleiro de forno com a banha, o azeite e o piripiri.

3. Levar ao forno para assar. Se for necessário colocar um pouco do molho onde marinaram.

Acompanhei estas saborosas febras com uma mistura de legumes cozidos (batata, cabeça de nabo e cenoura) e uma salada de tomate e rabanete.

Outras receitas com febras:
Febras no forno com alecrim
Febras na frigideira com alho, limão e malaguetas vermelhas
Receita de febras em três tempos

P.S. Receita do livro de Francisco Guedes, Receitas Portuguesas - pratos típicos de todas as regiões, Ed. D. Quixote.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Tarte tatin de pêra

Cá em casa não passo sem fruta e tenho quase sempre mais do que um cesto com fruta. Por norma, tenho sempre maçãs. Para comer no dia-a-dia prefiro a Royal Gala, apesar de também comprar outras variedades. Para além das maçãs, a pêra rocha é também uma presença habitual no cesto da fruta.

Depois das festas, Natal e Ano Novo, deparei-me com umas quantas peras a precisarem de um destino rápido. Pensei em fazer um bolo de pêra, mas como não encontrei nenhuma receita interessante, decidi-me por uma tarte tatin.


Ingredientes
1 embalagem de massa folhada fresca
6 a 7 peras
canela para polvilhar
50 g de margarina
75 g de açúcar

1. Levar o açúcar e a margarina ao lume, num recipiente/forma redonda que possa ir ao forno.

2. Juntar as peras descascadas, sem sementes e cortadas em fatias. Polvilhar com canela a gosto. Deixar cozinhar até as peras estarem macias, mas sem se desfazerem.

3. Tapar as peras com a massa folhada e com a juda de um garfo picar um pouco a massa.

4. Levar ao forno a cozer.

Foi a primeira vez que experimentei fazer este tipo de tarte com pêra. Ficou muito agradável, mas da próxima vez tenho que deixar alourar um pouco mais o açúcar.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Salada de endívias com presunto e ovo

Para mim uma das coisas que mais facilmente faço na cozinha é uma salada. Normalmente permitem que se misturem vários ingredientes, ficam bastante coloridas e apesar de uns ingredientes "casarem" melhor do que outros, quase sempre resultam muito bem.

Um destes dias quis fazer um jantar mais leve. Abri as gavetas dos legumes e encontrei duas endivías já com algumas folhas exteriores estragadas. Foram logo o primeiro ingrediente escolhido. Depois foi só combinar os outros ingredientes.

Dispus as folhas de endívias numa travessa. No centro coloquei folhas de alface aos pedaços, um tomate em fatias, azeitonas pretas e rodelas de rabanetes. Por fim, juntei 3 fatias de presunto enroladas e cortadas ao meio, 2 ovos cortados em quatro e pinhões torrados.


Temperei com azeite e vinagre. E cá está, uma salada que resultou muito bem.

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

Peru no forno com couves de Bruxelas e castanhas salteadas

Um destes dias deixei a descongelar um pedaço de peru. Quando o tirei do congelador não confirmei o que é que estava a tirar. Na minha cabeça aquele pedaço de carne era uma perna de peru cortada aos pedaços que eu tinha intenções de assar no forno. Depois de descongelado, quando peguei na carne vi que era uma asa e um pedaço de pescoço. Ups ...

Fiquei um pouco chateada comigo mesma. Mas não desisti da ideia de assar a carne no forno e improvisei uma receita.

Coloquei os pedaços de peru num tabuleiro de forno. Temperei com sal, pimenta, dentes de alho picados e um pouco de colorau. Reguei com dois vinhos. Um resto de vinho branco e mais um pouco de vinho do Porto. Juntei um ramo de salsa picada e um pouco de banha. Levei ao forno a assar.
Acompanhei com couves de bruxelas e castanhas salteadas em azeite e alho.

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Bolo de amêndoa com doce de ovos

O meu pai faz anos no início do mês de Janeiro e eu costumo fazer sempre uns bolinhos para a festa do seu aniversário. Este ano decidi, entre outros, fazer um bolo de amêndoa recheado com doce de ovos. Este bolo resultou numa deliciosa tentação vestida e recheada de amarelo.


Ingredientes:
300g de miolo de amêndoa pelada
7 ovos grandes
300g de açúcar branco
margarina e farinha para a forma
doce de ovos para rechear e barrar
fios de ovos para decorar (facultativo)

1. Triturar as amêndoas e reservar.

2. Separar as gemas das claras. Bater as claras em castelo.

3. Bater as gemas com o açúcar até obter um creme esbranquiçado. Adicionar a amêndoa e por fim as claras sem bater.

4. Deitar o preparado numa forma redonda untada com margarina e polvilhada com farinha.

5. Levar a cozer ao forno.

6. Depois do bolo frio, cortá-lo ao meio, rechear com uma parte do doce de ovos e depois cobrir o bolo com o restante.

7. Decorar com fios de ovos a gosto.


Para este bolo comprei no supermercado o doce e os fios de ovos já confeccionados. O bolo fica óptimo. O contraste do sabor da amêndoa com o doce de ovos é delicioso.

P.S. Receita do livro Doces Conventuais de A a Z, Biblioteca Activa.

O Cozinheiro dos Reis

Este fim-de-semana acabei de ler o livro O Cozinheiro dos Reis de Ian Kelly. Neste livro descobri a vida de Antonin Carême (1783-1833), o primeiro chefe celebridade que trabalhou para Napoleão, o Czar Alexandre, entre outras personalidades importantes do seu tempo.

Criou diversas extraordinaires, peças montadas feitas com açúcar e pasta de amêndoa. Estas peças chegavam a ultrapassar um metro de altura e representavam ruínas, fontes, etc. Algumas demoravam dias a montar.

Carême foi o responsável pela atribuição da designação vol-au-vent às caixas de massa folhada, criou o «barrete de cozinheiro», afirmou que todos os molhos podiam ser incluídos em quatro famílias a partir dos quatro molhos clássicos (Béchamel, Velouté, Alemão e Espanhol), encorajou a adopção do costume russo de enfeitar as mesas com flores e escreveu vários obras dedicadas à gastronomia.

No entanto, impressionou-me a técnica que este famoso chef tinha para verificar o ponto de açúcar. «Depois de refrescar a mão na água gelada, Antonin mergulha-a no açúcar a ferver e volta a tirá-la. Um servente de cozinha quase se engasga - o truque de pâtissier de Carême tem sempre um efeito garantido. »

Com este livro descobri o licor Danziger Goldwasser, um licor que contém em suspensão partículas de ouro, que Antonin usou no Soufflé à la Rothschild.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Salmão com molho de laranja

Ontem, foi talvez o dia mais bonito deste mês de Janeiro. O céu esteve azul, com poucas nuvens e o sol brilhou. Com um dia assim simpático acabei por ir espreitar o meu quintal. Arranquei algumas ervas daninhas, piquei-me nas urtigas, encontrei caracóis, senti o aroma da hortelã-pimenta, fiz o balanço do trabalho que deveremos começar a realizar e contemplei os limoeiros e algumas flores que já começaram a aparecer.

Depois deste breve passeio pelo quintal seguiu-se o almoço. A receita escolhida foi salmão grelhado acompanhado com molho de laranja e legumes cozidos.


Ingredientes:
4 lombos de salmão (ou 4 postas)
sal
azeite
3 dentes de alho
2 a 3 laranjas
25g de margarina ou manteiga
pimenta de moinho

1. Temperar o salmão com os dentes de alho picados, uma pitada de sal. Regar com um fio de azeite e grelhar o salmão.

2. Com a ajuda de um zester (raspador) cortar a casca da laranja em tirinhas.

3. Colocar as tiras da casca de laranja num recipiente que possa ir ao lume, juntar o sumo das laranjas e a margarina ou manteiga. Colocar em lume brando. Quando a casca de laranja começar a ficar cozida, temperar com pimenta e retirar do lume.

4. Servir o salmão grelhado com o molho de laranja.


Para acompanhamento servi cenouras e batatas primor cozidas com casca. Neste prato, o molho de laranja faz toda a diferença.


P.S. Receita do livro A Minha Cozinha de Helena Sacadura Cabral.

sábado, 17 de janeiro de 2009

Salada de fusilli com cogumelos, grão e queijo feta

Quando a sexta-feira chega, já só penso no fim-de-semana e, quando penso em fim-de-semana, associo logo a descanso.

Descansar para mim não é só ficar no sofá na ronha ou dormir até mais tarde, é poder sair da rotina da semana e fazer algumas coisas de que gosto. Posso dedicar mais tempo à leitura, escolher algum filme que me agrade para a tarde de sábado, gosto de sentir que tenho tempo para as coisas e dedicar-me à cozinha.

Ontem, apesar de estar a entrar em fim-de-semana, quando cheguei a casa e comecei a pensar no que confeccionar para o jantar, não me senti com vontade para fazer nada muito elaborado e que envolvesse muita dedicação. Queria algo simples e rápido.

Abri o congelador, espreitei a despensa, consultei os dossiers de receitas dos folhetos do Pingo Doce, folheei umas duas revistas e não encontrei nenhuma receita que me agradasse, e que juntasse rapidez e simplicidade. No entanto, na revista Cooking Light de Setembro de 2008 (special edition: Kitchen Secrets), uma das que consultei, vi uma salada que me deixou curiosa. Tinha massa, grão e queijo feta. Decidi não seguir a receita, mas inspirei-me na mistura destes três ingredientes.


Numa frigideira coloquei três colheres de sopa de azeite e três dentes de alho picados. Levei ao lume e assim que o alho começou a dar sinais de que o azeite estava quente, adicionei 50 g de bacon cortado em tirinhas. Deixei fritar um pouco o bacon. De seguida, adicionei 350 g de cogumelos frescos fatiados. Não coloquei sal, mas quem preferir pode colocar. Deixei saltear os cogumelos, mexendo regulamente.


Entretanto, coloquei uma panela com água ao lume, temperada com sal. Quando levantou fervura adicionei 200 g de espirais Fusilli de cozedura rápida. Depois da massa cozida, escorri a água quente, passei por água fria e coloquei a massa escorrida numa saladeira.

Juntei à massa o preparado dos cogumelos. Envolvi. Adicionei 250 g de grão cozido e 200 g de queijo feta cortado em cubinhos. Temperei com uma mistura de pimentas, mais uma vez suprimi o sal e juntei um ramo de coentros picados. Temperei com mais um pouco de azeite e um cheirinho de vinagre. Mexi e levei para a mesa.


E assim se fez um jantar de sexta-feira à noite, rápido e simples.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Couves com castanhas

Na feira do Livro de Lisboa do ano passado comprei a obra Palavra Puxa Receita de Maria de Lourdes Modesto, uma das grandes referências, no feminino, em termos gastronómicos, em Portugal.

O livro é a compilação das crónicas que a autora publicou na página Boa Vida, no jornal Diário de Notícias, durante dois anos. Em cada crónica é apresentada uma ou mais receitas.

Ontem, andava eu a pensar num acompanhamento para carne que tinha já confeccionada no frigorífico e que iria servir ao jantar, quando me lembrei da receita de couves com castanhas, que Maria de Lourdes publicou no referido livro.


Ingredientes:
1 couve-repolho branca ou roxa (usei uma couve coração de boi)
1,5 dl de vinagre de vinho tinto
100 g de bacon cortado em cubinhos
2 colheres de sopa de azeite
1 cebola grande
300 g de castanhas descascadas e peladas (usei castanhas congeladas)
1 colher de sopa de açúcar
sal e pimenta preta de moinho

1. Cortar a couve em juliana fina, depois de retirar os talos mais grossos. Regar com o vinagre e deixar a macerar pelo menos uma hora.

2. Alourar o bacon com o azeite. Juntar a cebola picada e deixá-la refogar um pouco.

3. De seguida, adicionar a couve e o vinagre. Tapar e deixar cozinhar, em lume brando, até a couve estar macia.

4. Adicionar as castanhas, temperar com sal e pimenta. Tapar a panela e deixar sensivelmente cozinhar mais 20 minutos.

5. Adicionar o açúcar, mexer e rectificar os temperos e a cozedura das castanhas.


O sabor do vinagre contrasta muito bem com os restantes sabores.

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Licor de romã

A romã é um fruto que acho muito bonito, especialmente quando se abre e revela cheio de bagos de vermelho vivo.Até há bem pouco tempo quando pensava em romã, associava-a à dificuldade de tirar a casca e considerava-a um fruto com pouco proveito. Lembro-me que quando era miúda na minha casa comiam-se os bagos de romã ao natural ou então fazia-se uma espécie de salada de romã e vinho do Porto. Esta salada consistia basicamente em bagos de romã, açúcar e um pouco de vinho do Porto.

Ultimamente tenho procurado potencializar o uso da romã. Usei-a em saladas, misturada com arroz e aprendi truques para a descascar sem deixar as mãos manchadas. Deixei-me levar pelo aroma da sopa de romã de Marjan, no fictício Café Babilónia e, agora resolvi fazer um licor.

A receita do licor encontrei-a aqui. Já coloquei os bagos de romã em açúcar e raspa de limão. Domingo coloco a aguardente e depois espero pacientemente durante três meses para provar o resultado desta mistura Estou com algumas expectativas.

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Pá de porco em cama de legumes


Nos últimos dias tem feito muito frio. Chego a casa e só me apetece enroscar no sofá, beber chá quente e estar com o aquecedor ligado. Seguindo a ideia de que a melhor opção para dias frios é comidas quentes, então, aqui, fica uma sugestão.


Ingredientes:
2 fatias de pá de porco com osso (aprox. 1, 600 g)
2 cebolas
2 cenouras
250 g de abóbora
sal
pimenta de moinho
4 dentes de alho
5 bagas de zimbro
paprika
azeite
3 hastes de alecrim
1,5 dl de vinho branco
6 batatas doces médias


1. Temperar a carne com sal, pimenta, os dentes de alho esmagados, as bagas de zimbro esmagadas e paprika a gosto.

2. Num tabuleiro dispor as cebolas cortadas em gomos finos, as cenouras descascadas e cortadas em palitos e a abóbora em fatias finas.

3. Colocar a carne sobre os legumes. Regar com 1 dl de azeite. Dispor o alecrim no tabuleiro. Regar com o vinho branco e com mais um pouco de azeite.

4. Levar ao forno a assar.

5. Lavar as batatas doces. Picá-las com um garfo. Cortar quadrados de papel de alumínio. Colocar as batatas no papel de alumínio, polvilhar com um pouco de sal e um fio de azeite. Fechar o papelote e levar ao forno.


A carne fica muito saborosa e combina muito bem com a cama de legumes e a batata-doce.

P.S. receita da revista Saberes & Sabores nº 179 de Janeiro de 2009, com algumas alterações.