sábado, 28 de fevereiro de 2009

As aventuras das quintas-feiras à volta da piza

As quintas-feiras, como já aqui referi, tornaram-se nas últimas semanas dia de piza ou pizza, tanto faz. Eu e o Ricardo, voltámos a repetir a receita da massa para a base da piza na máquina de fazer pão. Desta vez, dividimos a massa em quatro pedaços iguais e não em dois como da outra vez. Cada pedaço de massa correspondeu a uma base de piza, e cada um de nós ficou responsável por duas pizas. O molho de tomate foi feito da mesma maneira como aqui já foi relatado.

Fazer piza à quinta-feira está-se a tornar quase uma brincadeira de crianças. Cada um de nós quer estender a sua base de piza e, fazer a cobertura é sempre a parte mais divertida, ficamos muito entusiasmados e damos largas à imaginação através da combinação dos ingredientes. A par da diversão, acabamos por entrar um pouco em competição para ver quais das pizas é que vai ficar melhor, se as minhas ou se as dele. No meio disto tudo, como devem calcular, divertimo-nos imenso, fartamo-nos de rir e regalamo-nos com o resultado final.

Piza com tomate às rodelas, cenouras, brócolos e queijo da ilha de São Jorge ralado. Na cobertura das minhas pizas dou mais destaque ao queijo. O Ricardo, por sua vez, escolhe mais os legumes, especialmente a beringela e os brócolos.

Piza com beringela, brócolos, queijo mascarpone, queijo mozzarella fresco e queijo da ilha de São Jorge ralado.


Nesta piza coloquei depois do molho de tomate, duas fatias de presunto cortadas em pedaços, seis colheres de sopa de queijo mascarpone, folhas de espinafres e cogumelos inteiros pequenos de lata. Polvilhei com queijo parmesão e foi para o forno.

Esta variou muito pouco da anterior. Depois de colocar o molho de tomate, coloquei folhas de espinafre, uma fatia de presunto cortada, azeitonas cortadas às rodelas, cogumelos, três colheres de sopa de queijo mascarpone e queijo mozzarella fresco. Antes de ir para o forno polvilhei com queijo parmesão ralado.

Nesta quinta-feira passada voltámos à piza. Desta vez foi o Ricardo que preparou sozinho a massa enquanto eu dormia uma sesta. Apenas fiz o molho de tomate. O esquema de divisião e preparação das pizas manteve-se.

Depois de espalhar o molho de tomate na base de massa da piza, coloquei meia lata de atum escorrido e desfeito com a ajuda de um garfo, cogumelos frescos laminados, três fatias de fiambre cortadas em pedaços e um pimento vermelho de lata. Polvilhei com queijo mozzarella ralado e levei ao forno.

Para esta piza fiz a mesma cobertura que a anterior com apenas duas alterações. Usei apenas uma fatia de fiambre e coloquei azeitonas às rodelas.

Piza em que a base foi regada com um fio de azeite e não levou o molho de tomate, com beringela, brócolos, presunto, queijo roquefort e mozzarela fresco.

Depois de colocar a base de tomate, a cobertura desta piza levou rodelas de beringela, cogumelos fatiados, folhas de espinafre, presunto, brócolos, tomate cereja, queijo roquefort, mozzarella fresco e queijo da ilha de S. Jorge ralado.

Como dizem uns amigos nossos, as nossas pizas quase que parecem lasanhas. :)

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Couves com azeite e alho

Quando fui almoçar com o Ricardo, no dia dos namorados, ao restaurante Estrela do Mar, junto à Ericeira, tivemos como acompanhamento, para um prato de safio grelhado, couves galegas cozidas e temperadas com azeite e alho. As couves confeccionadas assim souberam muito bem. Surpreendeu-me até ver a couve galega ser servida como acompanhamento, normalmente aparece nos restaurantes, na grande maioria das vezes, apenas na sopa de caldo verde. Como gostei da ideia, um destes dias cá em casa tentei reproduzir.

Cozi as couves galegas cortadas grosseiramente e limpas dos talos mais grossos, em água temperada com sal. Não tapei a panela para que as folhas ficassem bem verdinhas. Depois da couve cozida, deixei escorrer um pouco. Entretanto, numa frigideira coloquei um pouco de azeite e dentes de alho picadinhos. Levei ao lume e deixei alourar um pouco o alho. Por fim, reguei as couves com o azeite ainda quente e mexi.

Ficou um acompanhamento muito agradável. Ideal para esta altura do ano em que aparecem facilmente este tipo de folhas de couve nos mercados.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

Alguns dias em terras algarvias

Hoje parto para Lisboa. A minha vinda de fim-de-semana prolongou-se até hoje, aqui por terras algarvias.

No domingo almoçámos em casa. A joana fez jaquinzinhos fritos. A acompanhar um arroz de tomate e salada de alface e tomate.

Aos anos que já não comia jaquinzinhos fritos. Houve uma altura em que a minha mãe costumava fazer este prato. Ou com os carapauzinhos ou então com as petingas. Adorava comer estes peixinhos até mesmo só com pão. O pão ia absorvendo a gordura e era muito saboroso. Como são peixes muito pequenos comem-se mesmo assim, nem nos preocupamos em tirar as espinhas ou a cabeça. Entretanto, o hábito do peixe frito tem-se vindo a perder, quer seja nos restaurantes quer seja nas nossas casas.

O peixe foi temperado de véspera com sal. Colocou-se a frigideira ao lume com óleo. Antes de colocar o peixe a fritar, envolveu-se em farinha de trigo.

À tarde fomos passear ao castelo de Paderne e visitámos as piscinas naturais de Alte. Jantámos no restaurante Borda d´Água na praia da Oura. Escolhi Choquinhos à Algarvia e para sobremesa um bolo de chocolate com gelado. O vinho escolhido foi Terra d´Ossa. O restaurante é muito elegante, tem uma decoração moderna e fomos muito bem recebidos.

Vista da baixa de Albufeira.

Chaminé com ninho de cegonhas que se vê no centro de Albufeira.

Ontem, durante o dia andámos por Albufeira. A última vez que me lembro de ter cá passado férias foi há uns 20 anos, talvez. Na altura vim com a minha turma da escola secundária acampar. De Albufeira lembrava-me de muito pouco. Recordava-me de um túnel que fazia a ligação de uma rua movimentada, com lojas, até à praia, muitos turistas, especialmente ingleses. Os restaurantes e os bares eram especialmente direccionados para os turistas.

Albufeira cresceu, continua voltada para o turismo, a baixa junto ao mar está muito diferente do pouco que eu me lembro. Encontramos um elevador para a praia e uma escada rolante. O túnel de que me lembrava ainda existe.

Exposição de vinhos nas lojas da especialidade.

Ao final do dia passámos pela praia da Falésia e pela Marina de Vilamoura. Jantámos na pizzaria Nosolo e no final passámos pela Geladaria Veneza. Estar de férias e na companhia de amigos é muito bom.

Amendoeiras em flor

As amendoeiras em flor transformam-se num bonito espectáculo para a vista. Sempre que as vejo nesta altura do ano, lembro-me logo da lenda do rei mouro e da sua princesa de olhos azuis que adoece com saudades da sua terra.


No tempo em que o reino do Al- Gharb pertencia aos árabes, um rei mouro apaixonou-se e casou-se com uma princesa do norte, de seu nome Gilda.

A princesa, ainda as festas da boda decorriam, adoece. Então um dia chega um velho ao reino e pede para falar com a princesa. Depois da conversa, o velho ancião pede ao rei para plantar amendoeiras por todo o algarve. O rei assim fez. Plantou pelo Algarve milhares de amendoeiras. Quando a Primavera chegou, a Princesa da janela do seu castelo viu as amendoeiras em flor e ficou maravilhada. As árvores e a terra cobriram-se de branco. Ao seus olhos era a neve da sua terra do Norte.


domingo, 22 de fevereiro de 2009

Almoço de sábado

O almoço de sábado esteve à responsabilidade da minha amiga Joana que, como já aqui referi, amalvelmente nos recebeu na sua casa para este fim-de-semana com sabor a férias de Carnaval.

Para o almoço de sábado, a Joana serviu robalo grelhado. O peixe foi temperado com sal umas horas de ser grelhado e antes de ir para a chapa foi seco com um pano para não pegar. Como acompanhamento tivemos legumes cozidos, couve-flor, cenoura, feijão verde e batatas.

Na mesa também tivemos azeitonas temperadas com alho picadinho e azeite.

As sobremesas foram de perder a cabeça. Vários foram os bolos típicos da gastronomia algarvia que tivemos oportunidade de saborear.

Dom Rodrigo.

Queijo de figo.

Torta de Laranja.

Torta de Amêndoa.

Depois do almoço, seguiu-se um passeio pelas Caldas de Monchique e Silves. Pelo caminho deliciei-me com as mimosas em flor. Um espectáculo de amarelo em contraste com o verde da vegetação. Nas Caldas de Monchique depois de um tranquilo café na esplanada do restaurante 1692, demos um passeio a pé e espreitámos as lojas de artesanato. Em Silves, tínhamos como objectivo visitar o castelo, mas chegámos depois das 17h e já estava fechado.

Ao jantar fomos ao restaurante O Nosso Franguinho, o prato típico é o frango da Guia (frango pequeno assado com piripiri). Para sobremesa escolhi uma fatia de uma tarte Delícia Algarvia em camadas, com uma base de alfarroba, recheio de figo seco e a terminar amêndoa. Excelente.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Mercado de Albufeira

Este fim-de-semana estou em Albufeira. A minha amiga Joana fez-me o convite e cá vim eu. O primeiro passeio foi ao mercado. Adoro ver a mistura de cores, padrões e a variedade de produtos. Por aqui impera a frescura dos produtos e a boa apresentação.

Pêra Rocha e maçãs.

Rábanos. Em salada são óptimos.

Diferentes variedades de feijão seco.

Os figos secos e a amêndoa são típicos da região algarvia.

Figos secos, brilhantes, prontos a comer.

Mistura em forma de bolo de figos secos e amêndoa, típico da região.

Adoro ver os alhos assim arranjados.

Milho fermentado, pronto a cozinhar. Pelo que me dizeram, é bom com carne.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Quinta-feira é dia de piza

Desde que recebi, no Natal, uma máquina de fazer pão que ando deliciada e tenho feito massa para piza nela. Na minha opinião resulta muito bem. Na quinta-feira passada fiz piza e hoje vou voltar a ter piza para o jantar. A quinta-feira está-se a tornar, cá em casa, o dia de piza.

O molho de tomate que fiz não tem nada que saber. Um tacho com um pouco de azeite, 1 cebola picada e dois dentes de alho também picados. Deixei refogar um pouco, depois adicionei o concentrado de tomate, uma colher de sobremesa de açúcar, temperei com sal e orégãos.

Para a massa segui as indicações do livrinho de receitas que acompanha a máquina. Coloquei 400 ml de água na cuba, de seguida juntei o azeite (2,5 colheres de sopa), uma pitada de sal, 800 g de farinha e 40 g de fermento fresco. Liguei e a máquina e 1h25 depois tinha a massa pronta.

Dividi a massa para duas bases de piza, como não sabia muito bem, depois de cozida a base ficou muito alta, mas o entuasiasmo à volta da piza fez-nos esquecer esse pequeno grande pormenor. Eu fiquei responsável por uma base e o Ricardo por outra.

Na minha massa coloquei o molho de tomate e de seguida adicionei um queijo ricotta e queijo mozzarella fresco cortado às rodelas. Distribui rodelas de tomate e polvilhei com queijo parmesão ralado.

Quando saiu do forno adicionei folhas frescas de manjericão cortadas.

Encontrei a receita desta piza na revista Millericette - In Cucina, a que fiz pequenas alterações.

P.S. Para não suscitar dúvidas, neste post optei por escrever piza como é indicado pelo dicionário português.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Pá de porco no forno com massa de pimentão

Os assados, na minha opinião, são muito práticos. Tempera-se, coloca-se no forno, deixa-se assar e já está. Cá em casa, sou fã. Aqui fica mais uma sugestão de um assado de carne no forno.


Ingredientes:
2 fatias de pá de porco com osso (aprox.1,400 kg)
6 a 7 dentes de alho
1 colher de sopa de banha bem cheia
3 colheres de sopa de massa de pimentão
sal
pimenta
2 dl de vinho branco
1 a 2 cenouras
1 ramo de salsa
1 folha de louro
1 cebola cortada em gomos


1. Fazer uma pasta num almofariz com os dentes de alho, a massa de pimentão, a banha, sal e pimenta.

2. Barrar a carne com esta pasta. Adicionar o vinho branco e juntar a cenoura cortada em cubos, a salsa picada, a folha de louro e a cebola. Deixar a carne nesta marinada de um dia para o outro.

3. No dia seguinte, colocar a carne num tabuleiro de forno, regar com a marinada e levar ao forno a assar.

Servi esta carne assada com legumes cozidos.


A carne fica muito saborosa. O facto de ficar a marinar de um dia para o outro ajuda a intensificar os sabores.

Outras receitas com pá de porco:
Pá de porco em cama de legumes
Carne assada no forno com mostarda em grão
Pá de porco no forno

P.S. Receita publicada em Receitas de Todo o Ano do Pingo Doce, 1996.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Panquecas de ricotta e mirtilos

O ano passado assisti na Feira do Livro de Lisboa a uma palestra sobre alimentação mediterrânica. Falou-se dos benefícios do azeite, da banha, da sopa, do vinho tinto e da importância de se praticar uma alimentação cuidada e variada.

Uma das coisas referidas foi os pequenos-almoços. Variamos o que comemos ao almoço e ao jantar, mas temos tendência para fazer os pequenos-almoços sempre ou quase sempre iguais. Identifiquei-me perfeitamente com esta opinião.

Durante a semana o meu pequeno-almoço é sempre o mesmo. Leite, pão com manteiga e café. A grande variação reside no pão. Umas vezes é fresco, outras é torrado.

Houve uma altura em que ainda tentei introduzir os cereais, o iogurte, o que não deu frutos, pois passado pouco tempo ficava cheia de fome. Apesar de não variar no menu, não saio de casa em jejum. Mesmo que esteja atrasada tento sempre comer alguma coisa ou então, levar para ir comendo pelo caminho.

Durante a semana é impensável fazer um pequeno-almoço para comer a dois, por isso sobra o fim-de-semana. Fiz estas panquecas para o pequeno almoço de domingo, que acompanhei com maple syrup de mirtilos.


Ingredientes:
250 g de queijo ricotta
175 ml de leite
4 ovos
100 g de farinha
1 colher de chá de fermento em pó
4 colheres de sopa de açúcar amarelo
125 g de mirtilos
sal
margarina para a frigideira
maple syrup

1. Colocar o queijo (escorri o soro), o leite e as gemas num recipiente. Adicionar uma pitada de sal e bater com a ajuda de uma vara de arames.

2. De seguida adicionar a farinha com o fermento e o açúcar. Bater bem.

3. Bater as claras em castelo bem firme (antes de começar a bater, costumo colocar uma pitada de sal) .

4. Envolver cuidadosamente as claras batidas no preparado anterior.

5. Por fim, adicionar os mirtilos.

6. Aquecer um pedaçinho de margarina numa frigideira antiaderente e adicionar uma pequena quantidade de massa. Cozinhar a panqueca de um lado e outro. Repetir a operação até a massa terminar.

7. Servir as panquecas com maple syrup.

Estas panquecas também ficam muito bem como sobremesa, basta servir com o maple syrup e uma bola de gelado.

Por cá, o maple syrup encontra-se à venda no supermercado do El Corte Inglés.

P.S. Receita publicada na revista BBC Good Food de Setembro de 2006.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Kumquat nagami

Quando vi estas "laranjinhas" no supermercado achei-as irresistíveis. Chamam-se Kumquat nagami, mas em português não sei como são designadas. Na wikipédia surge como fortunella.

O kumquat o único citrino que se come com a casca, o que inicialmente achei um pouco estranho, mas até é agradável.