terça-feira, 31 de janeiro de 2017

As 10 receitas de peixe e marisco preferidas dos leitores em 2016


Peixe e marisco são ingredientes que fazem parte de muitas refeições cá de casa. Bacalhau assado no forno regado com azeite, é um prato recorrente em dias de festa ou para as refeições da semana. Umas vezes, servido com batatas, outras, com legumes cozidos. Adoramos o sabor de um caril de peixe. A mistura exótica das especiarias ajudam-nos a viajar por paragens longínquas sem sair de casa. Gostamos de uma salada de polvo ou de uns camarões na frigideira para petiscar em dias especiais, com a família ou os amigos. Perdemos a cabeça por um prato de arroz de peixe malandrinho. Que maravilha! Quando se junta muita gente à volta da mesa, há dias em que dá jeito ter uma lasanha, uns medalhões de pescada, uma tarte para servir ou então, um polvo assado no forno com migas. Tudo tão bom! Entre as muitas receitas de peixe e marisco que partilhei no Cinco Quartos de Laranja, em 2016, houve umas que agradaram mais do que outras.

As 10 receitas de peixe e marisco preferidas dos leitores em 2016 foram:


Destas, qual a vossa preferida?

Ver também:
- As 10 receitas de peixe e marisco preferidas dos leitores em 2015.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Bolo de laranja com nozes


O fim-de-semana que passou foi dedicado à família. No sábado, reunimo-nos em casa dos meus sogros para um Cozido à Portuguesa. É um prato que adoramos, e quando se faz, é sempre sinal de festa à mesa. Couves, carnes, batata, batata-doce, cabeças de nabo, arroz, feijão seco e diferentes tipos de enchidos enchem a mesa, em dia de cozido. Confesso que desta vez, ao ver a disposição de todos os componentes do cozido, dispostos em travessas, me lembrei do famoso cozido do chef Nuno Diniz que tem feito uma investigação muito interessante sobre este prato e traz para o seu cozido, servido já várias vezes na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa, uma enorme variedade de enchidos, alguns com formas e nomes de que nunca tinha ouvido falar.

A pedido da família, levei para a festa um fantástico pão de trigo, que ainda foi cortado morno e que fez as delícias de quem se sentou à mesa para degustar o cozido. Pão morno, com manteiga, quem é que resiste? Mesmo que seja antes de um cozido à portuguesa!

No Domingo fomos até Santarém. Mais um fantástico almoço. Lombos de bacalhau assados na brasa com feijão frade, da horta, cozido e respectivo jardim (salsa e cebola picadas). Um prato de uma simplicidade fantástica mas que adoramos. Sabe tão bem regado com um bom azeite. Para acompanhar o café e depois, para ser servido com um chá em frente à lareira, levei este bolo de laranja com nozes. Uma delícia!

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Vamos fazer pão: Pão de trigo no tacho


Para fazer pão em casa, só custa mesmo começar. Os ingredientes são fáceis de encontrar. Farinha, sal, fermento e água. Eu gosto de amassar à mão. Faço-o por que gosto de sentir a massa, e por um certo prazer de no final poder dizer: Amassei este pão com a força das minhas mãos! Mas podem usar uma batedeira ou máquina do pão para o fazer.

Quando se começa a fazer pão em casa, nunca mais queremos parar. Hoje, fazemos um pão branco simples, na próxima semana, já misturamos farinhas, na outra usamos ervas, e assim por diante.

Ao fazer pão em casa, não podemos ter medo que vá correr mal. Umas vezes corre mas depois com prática, melhora-se, como em tudo na vida! Um dos truques para fazer pão, é dar tempo às massas e ter paciência para esperar.

Há muitas maneiras de fazer pão. Desde Setembro de 2016 que aqui no Cinco Quartos de Laranja, às sextas-feiras, temos pão fresco, acabadinho de fazer, para partilhar convosco. Temos feito também pão doce, que tanto adoro. Para além das receitas, vou dando também algumas dicas de como se faz pão em casa. Desde a quantidade de água a usar, o tipo de fermentos que temos à nossa disposição, como podemos fazer os nossos pré-fermentos e como proceder para cozer o pão nos nossos fornos de casa. Esta rubrica tem sido uma deliciosa aventura. E vocês, quem aceita o desafio? Vamos fazer pão?

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Os 10 bolos preferidos dos leitores em 2016


Eu sou daquelas pessoas que guarda da infância o prazer de fazer um bolo, em família, ou para a família, aos domingos. Lembro-me de guardar as receitas que iam sendo publicadas nos pacotes de açúcar para depois as reproduzir em casa. Dos bolos que fazia, recordo-me de um bolo moreno, um bolo de coco ensopado com leite quente e do bolo de iogurte. Adorava também o bolo mármore, quase sempre presente nas festas da altura, bolo de ananás invertido e um perfumado bolo de laranja, que a minha mãe e eu adorávamos. Houve uma altura em que quando pensava fazer um bolo, era o bolo de laranja que a minha mãe me pedia. Há tanto tempo que já não o faço!

Os bolos trazem-nos, muitas vezes, memórias doces e felizes. Ainda hoje, gosto de fazer um bolo aos domingos! Dos bolos que partilhei convosco, no ano que passou, houve uns mais apreciados do que outros. Como em tudo, há sempre preferências.

Os 10 bolos preferidos dos leitores em 2016 são:


Destes, qual o vosso preferido?

Ver também:
- Os 10 bolos preferidos pelos leitores em 2015.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

Medalhões de pescada com bacon e salada de cuscuz com legumes


Fazermos uma alimentação equilibrada nem sempre se ajusta às nossas vidas agitadas. Sair de casa pela manhã cedo. Apanhar transportes. Passar o dia a resolver problemas, a encontrar soluções, entre reuniões e outras tarefas relacionadas com a nossa actividade profissional. A verdade é que quando chegamos a casa, a vontade de cozinhar normalmente não é grande. E quando até temos vontade, parece que nos falta a imaginação e acabamos por fazer o que é mais fácil. Preparar uma massa, comprar um frango assado ou passar previamente na pizaria.

Para que semana, após semana, preparem as refeições da família num ápice, há algumas pequenas dicas. Escolham um dia da semana para fazerem um calendário e planearem as refeições de toda a semana, intercalando, refeições de peixe e de carne. Podem também contemplar refeições para aproveitamento de sobras. Cá em casa, por exemplo, as refeições de sexta-feira são sempre mais descontraídas. Muitas vezes fazemos uma salada, grelham-se uns legumes e damos destino a algumas sobras das refeições da semana. Coloca-se também um queijo, umas fatias de pão fresco na mesa e faz-se uma refeição com muito pouco trabalho.

Outra das coisas que ajuda a organizar as refeições da família, é preparar uma sopa para a semana. Podem preparar a base, congelar em doses e depois irem juntado verduras diferentes. Um dia colocam espinafres, no outro alho-francês, no outro leguminosas cozidas e por aí adiante. A mesma base e sopas sempre diferentes.

Para fugirmos à tentação das pizas e dos pratos mais pesados para o jantar, aconselho-vos a terem legumes frescos no frigorífico. Brócolos, curgete, tomate, cenouras e folhas verdes para saladas. Façam todas as semanas uma lista dos legumes que a família gosta e tenham-nos sempre prontos a usar. Outra das coisas que procuro ter no congelador é medalhões de pescada. Descongelam rapidamente, são muito versáteis e fazer refeições de peixe com eles, para a família, é muito fácil. Cá em casa, há quem não aprecie muito peixe cozido e quando faço medalhões no forno, ou no tacho, não sobra nada!

Quando a Pescanova me desafiou a fazer uma receita com os seus medalhões de pescada do Cabo, decidi partilhar convosco uma das receitas que se faz muitas vezes cá em casa, depois de um dia de trabalho, e que toda a gente adora. Espero que gostem também!

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Palmiers de queijo e fiambre


No passado mês de Agosto, num dia bonito, em que ficámos em casa a cozinhar e a fotografar para terminar uma encomenda para um dos nossos clientes, decidi convidar os meus cunhados e as filhas para virem petiscar ao final do dia connosco. Tinha preparado várias saladas. Havia pão fresco. Patês e mais algumas coisas boas a que queria dar destino.

Uma das coisas que tinha preparado também, eram uns palmiers de queijo e fiambre, para não deixar estragar uma embalagem de massa folhada quase em fim de validade. Os palmiers ficaram crocantes, a massa folhada derretia-se na boca, a cada dentada. As miúdas adoraram e os adultos não lhes ficaram atrás! Deixo-vos, hoje, a receita.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Workshop Brunch em Lisboa


Os workshops em Lisboa estão prestes a começar. O primeiro vai ser no dia 4 de Fevereiro de 2017, das 10h30 às 13h30 na ACPP - Associação de Cozinheiros Profissionais de Portugal. O tema escolhido vai ser Brunch. O Brunch é uma refeição em jeito de pequeno-almoço e almoço. Ideal para juntar a família à volta da mesa numa refeição diferente, para quando se tem tempo.

Neste workshop vamos ter receitas novas em relação às edições anteriores. Vamos preparar as tradicionais panquecas e waffles mas servidos com maçã caramelizada e canela. Uma verdadeira delícia! Iremos fazer diferentes tipos de pães recheados com ovos, bacon e queijo. Vamos confeccionar os famosos croque monsieur e croque madame, servidos em muitos cafés parisienses. Teremos também granola, batidos e sumos. Vamos ter também uns parfaits de iogurte com fruta e bolinhos para servir com o café.

Vai ser uma manhã muito deliciosa, acompanhada também de boa disposição, muitos sorrisos e gargalhadas. Cozinhar em grupo faz bem ao corpo e à alma!

Quem quer vir ao Brunch?

Inscrições e mais informações:
formacao@acpp.pt   21 362 2705   ACPP
( Realização do workshop sujeito a nº mínimo de participantes )

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Vamos fazer pão: Pão com farinha de trigo integral


O pão é um alimento feito com uma simplicidade incrível. Farinha amassada com água, fermento e sal. Depois de levedar, molda-se e vai a cozer no forno. E toda esta aparente simplicidade envolve engenho, arte e sensibilidade para compreender os desígnios das massas. É um alimento com mais de 6000 anos de história, inventado pelos egípcios e que nunca mais nos deixou de acompanhar.

São tantas as formas e variedades de pão. Temos pão claro e pão escuro. Pão redondo ou oval. Pão perfumado com ervas, sementes ou legumes. Pão branco. Pão de mistura. Pão achatado. Pão com muita crosta. Há pão para todos os gostos. A mistura de farinhas, o corte, o enrolar, a forma como é cozido dão origem a uma imensa variedade de pães.

Eu não me imagino a ficar sem pão. O pão faz parte da minha alimentação. E por gostar tanto de pão, decidi começar a fazê-lo em casa. E podemos fazer pão de duas formas. Usando um método directo. Misturar todos os ingredientes, amassar, levedar e vai ao forno. Ou então, podemos fazer pão como as nossas avós, um pão mais saboroso, mais perfumado, com fatias consistentes. Para isso, uso muitas vezes os chamados pré-fermentos. Até agora falei-vos da biga e do poolish, que são dois pré-fermentos em o que muda é a quantidade de água usada. O poolish é uma massa mais líquida do que a biga. Os pré-fermentos dependem da quantidade de fermento usado e podem levedar em 3 ou 4 horas ou de um dia para o outro. As fermentações mais longas ajudam a apurar o sabor final do pão.

Fazer pão em casa, só custa começar. Vamos fazer pão?

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

As 10 receitas de carne preferidas dos leitores em 2016


Para mim, cozinhar é sempre um momento de alegria. Gosto de ir às compras, principalmente aos mercados ou às feiras. Gosto de ver as bancadas e escolher as frutas, os legumes e o peixe. A compra dos produtos e a sua qualidade faz toda a diferença. Para a carne, tenho a sorte de ter dois fornecedores de excelente qualidade. Por um lado, tenho os meus pais que criam alguns animais, alimentados com muitas coisas boas da horta. Por outro, tenho o meu irmão que tem um talho e pacientemente acede a todos os meus pedidos, principalmente em termos de cortes e a algumas encomendas menos comuns. Uma das últimas que lhe fiz foi de bochechas de vaca.

A carne tem lugar muitas vezes à mesa, cá por casa. Dos vários pratos de carne que partilhei em 2016, no Cinco Quartos de Laranja, houve uns mais apreciados do que outros, o que é perfeitamente normal. Mas o que achei curioso, foi em anos diferentes, o mesmo prato, arroz de pato, estar no Top 10. Outro prato, muito apreciado em ambos os anos, é as pernas de frango assadas no forno. Adoro e faço tantas vezes cá em casa. Tão prático e faz sempre sucesso! Mas vou deixar-me de considerações e passo a partilhar convosco as (vossas) preferências em relação ao ano passado.

As 10 receitas de carne preferidas dos leitores em 2016 são:


Destas, qual a vossa preferida?

Ver também:
- As 10 receitas de carne preferidas pelos leitores em 2015.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Queques de laranja


Eu sou daquelas pessoas que gosta de terminar a refeição com um miminho doce. Um conforto, para o corpo e para a alma. Da minha infância guardo o sabor de uma travessa de arroz acabada de fazer polvilhada com os aromas misteriosos da canela. Guardo a alegria de uma taça de pudim flan com caramelo ou de uma tentadora musse de chocolate, feita com os ovos das nossas galinhas, criadas com milho e folhas de couve da horta. Lembro-me com um sorriso do privilégio que era termos um bolo de laranja ou de iogurte, ao domingo, que se cortava em fatias e que servia para acompanhar um chá a meio da tarde ou o café, no dia seguinte. São lembranças tão especiais que nos proporcionam um sentimento único que mistura prazer, gulodice e segurança. Confesso, sem constrangimentos, que gosto de coisas doces!

Ainda hoje perco a cabeça por uma fartura com açúcar e canela, sempre que vou a uma feira. Adoro uma boa fatia de bolo de chocolate, cremoso. Que bem que me sabe, em certos dias, acompanhar um café com um pastel de nata, com a massa folhada fina, quebradiça, a desfazer-se na boca ... E no Verão? O prazer de comer um crepe ou um waffle morno com uma bola de gelado é de ir aos céus! Adoro o choque entre o quente e o frio.

Os dias de Inverno pedem muitas vezes o conforto, o carinho, de uma coisinha doce. No fim-de-semana que passou, fiz uns queques de laranja para nos fazerem companhia no sábado à tarde com direito a lanche em família.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Arroz de polvo malandrinho


O arroz é dos cereais mais cultivados no mundo. Nós, portugueses, somos grandes apreciadores e temos também tradição no seu cultivo. A magia do arroz está no facto de se prestar a mil e uma utilizações. Penso que o arroz deve ser daqueles ingredientes que nunca falta numa cozinha portuguesa.

Adoro cozinhar com arroz. Cá por casa, não se resiste ao charme de um arroz de pato ou de frango. Elogia-se a simplicidade de um arroz de manteiga para os acompanhamentos do dia-a-dia. Derretemo-nos de amores por um arroz de tomate ou de feijão seco para acompanhar umas pataniscas ou uns carapaus fritos. Mas o arroz com que sonhamos muitas vezes, aquele que se transforma em puro momento de prazer gastronómico, é o que nos escorrega no garfo. O que foge quando o tentamos agarrar. Gostamos dele malandrinho!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

As coisas boas de 2016 ...


Em cada ano que começa, gosto de olhar para trás. Contemplar e reflectir. É um exercício que me faz pensar no que fiz, no que quero fazer, no fundo, que rumo e sentido quero continuar a dar à minha vida.

Acredito sempre que todos os anos nos trazem coisas boas. Acredito, também, que cada um de nós consegue fazer as escolhas certas de modo a ser feliz. Mesmo quando há coisas que não controlamos ou que não dependem de nós. Acredito que há sempre caminhos. E se nos deparamos com um muro. Esperamos. Ponderamos e arranjamos maneira de o superar. Nem que para isso tenhamos que construir degraus. Na vida há sempre dias menos bons, em que nos falta a energia, em que colocamos em dúvida muitas coisas, mas também há outros, em que parecemos estar ligados à corrente e sentimos cá dentro uma voz forte e determinada que nos diz: Tu consegues! Tu consegues! Vai, força! Esses são os melhores dias! E que esses, ao fim de um do ano, sejam sempre a dobrar em relação aos outros. A nossa postura perante a vida faz toda a diferença. Ao ver um copo com água, gosto sempre de pensar que está meio cheio e não meio vazio!

A gratidão é um sentimento de reconhecimento pelo bom que a vida nos oferece. Sinto-me grata pelas coisas boas que 2016 me trouxe. Pelas oportunidades. Pelos momentos doces que vivi. Por ter aqueles de quem gosto, perto de mim. Por acordar todos os dias junto da pessoa que escolhi para partilhar a minha vida, que me estende a mão e me diz muitas vezes: "Tu és capaz"!

Nos balanços finais de um ano, entre as coisas boas e menos boas, só gosto de contar e relembrar o que de bom pude viver. É disso que se alimenta a minha energia, a minha vontade e força para continuar.

De Janeiro a Julho, estive às quartas-feiras no programa A Praça na RTP1. Participar numa rubrica de um programa de TV da manhã, de forma regular, foi muito gratificante. Aprendi. Conheci novas pessoas. Cresci.

2016 foi um ano marcado por workshops e showcookings. Grande parte deles realizados em Lisboa e no Porto. Mas consegui também ir a Salvaterra de Magos, Óbidos, Estoril, Castelo Branco, Constância, Sintra e Abrantes. Voltei à Feira do Livro de Lisboa. Estive no Street Food Festival no Estoril, no centro comercial Alegro de Castelo Branco, na InterCasa, ACPP, WORK espaço criativo e na escola Isto Faz-se. O carinho com que sou recebida enche-me o coração. Obrigada. Muito obrigada a todos por estarem presentes. Por me fazerem companhia.

Festejei 10 anos de blogue. Uma data doce e especial. A festa foi feita com um workshop oferecido aos leitores do Cinco Quartos de Laranja pela Samsung. Nunca imaginei que este projecto me iria fazer mudar de vida. Ou pelo menos, tem-me feito caminhar por estradas que nunca imaginei. Todos os dias dou graças por o ter feito nascer.

Visitei novos espaços. Estive na Estufa Real num almoço. Passei pelo Cais da Pedra e pela Sala de Corte. Voltei ao Ritz para um almoço com Alvarinho. Retornei ao River Lounge, ao Flores e ao Claro. Descobri o Estórias. E jantei maravilhosamente na Casa de Chá da Boa Nova.

Encontrei-me com alguns amigos em datas felizes. Reencontrei-me com outros, distantes pelo passar dos dias, mas sempre presentes no lado esquerdo do peito.

Participei, enquanto membro do júri, nos concursos As Presidentes e A Revolta do Bacalhau. Estes convites deixam-me sempre feliz. São oportunidades que gosto de aproveitar.

Fiz a minha primeira palestra num seminário dedicado ao Empreendedorismo, onde apresentei o projecto Cinco Quartos de Laranja. Foi muito interessante ter uma plateia de jovens a assistir.

Lancei um novo livro, O Livro de Petiscos da Isabel, pela editora Marcador. É um livro com receitas práticas e muito saborosas. É sem dúvida um livro que vos vai ajudar a serem felizes à volta da mesa.

2016 foi um ano de muitas leituras. Gosto de andar sempre a ler e todos os meses não resisto a comprar novos livros. Há sempre tantas novidades!

Lancei duas novas rubricas que me têm dado muito prazer em partilhar convosco. A Vamos Fazer Pão? - já com mais de 15 receitas de pão e pão doce - e a Vamos Preparar o Natal. Em 2017, espero poder partilhar mais ideias e receitas para vos ajudar a preparar uma das minhas épocas preferidas do ano. Têm acompanhado?

Em 2016 pude abraçar o meu pai e a minha mãe. Dizer-lhes, a cada um deles, muitas vezes, gosto de ti. Em 2016 olhei para o azul do céu. Vi o pôr-do-sol no final de um dia de praia. Andei de mão dada pelas ruas de Lisboa. Ri-me. Fiz rir. Olhei a noite estrelada numa noite quente de Verão. Coloquei flores nas jarras que tenho espalhadas pela casa. Ouvi fado. Rodopiei, na minha cozinha, ao som da Ana Moura. Brinquei e corri com os meus cães em Santarém. Vi a horta crescer. Apanhei fruta madura nas árvores que vi plantar.

Em 2016 tentei agarrar a felicidade das pequenas coisas. Dos pequenos nadas que somados se tornam gigantes.

Que 2017 seja um ano que nos continue a permitir sonhar!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Vamos fazer pão: Pão de beterraba com nozes


Penso que não sou a única a salivar sempre que penso em pão fresco, acabado de sair do forno, cheiroso e crocante. Com manteiga, é sem dúvida, uma das muitas maravilhas que faz o nosso palato feliz!

Gosto de comer pão. Faz parte dos meus pequenos-almoços de todos os dias. E gosto tanto de pão simples como quando é mais rico, com mistura de farinhas, com frutos ou legumes. Gosto de o usar em sandes, de o ensopar no azeite ou no molhinho de um guisado saboroso. Gosto de o acompanhar com queijos ou enchidos. O pão é um alimento fantástico!

Faço, pelo menos, um pão por semana cá em casa. E gosto de fazer o meu pão usando pré-fermentos. Até agora já vos falei do Poolish e da Biga. Mas das receitas que partilhei convosco preparei sempre os pré-fermentos de véspera. Acontece, que um destes dias, queria fazer um pão para o lanche com beterraba e nozes, e decidi fazer um pré-fermento mas com uma fermentação mais rápida. Para isso, usei mais fermento. O resultado foi um pão de sabores complexos e de uma textura consistente que nos agradou muito. Fazer pão em casa, só custa começar. Vamos Fazer Pão?

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Moelinhas guisadas com tomate


Portugal é um país de petiscos. De Norte a Sul, encontramos tantas coisas boas para petiscar. Um dos petiscos que me lembro sempre de se fazer na minha casa, ou de comer em restaurantes com os meus pais, era moelinhas guisadas. Tenras, cheias de sabor, chegavam à mesa com um molho delicioso para ensopar o pão. Adorava! Os adultos acompanhavam também, tão saboroso petisco, com uma cerveja bem fresquinha. Em alternativa às moelinhas, muitas vezes fazia-se pipis, uma mistura das miudezas de frango num guisado apurado que convidada também aos prazeres do pão ensopado no molho. Tão bom! Foram momentos, à volta da mesa, que me deixaram deliciosas recordações.

Um destes dias, ao fim-de-semana, decidi preparar para petiscarmos, cá em casa, umas moelinhas guisadas com tomate. Deixei-as cozinhar lentamente, em lume brando, com bastante tomate e o resultado foi umas moelinhas guisadas extremamente saborosas. Acompanhámos com pão fresco para ensopar no molho e umas cervejas geladinhas!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Biscoitos com frutas cristalizadas


Aproveitar tudo na cozinha de modo a rentabilizarmos o nosso orçamento, nem sempre é uma tarefa fácil. Este ano decidi que tenho que estar ainda mais atenta aos desperdícios e fazer algumas compras de forma diferente. Para terem uma ideia. Uma das coisas que gosto de preparar cá em casa é tranches de salmão. São muito práticas grelhadas ou assadas no forno. Costumava comprar congeladas, em embalagens de duas. Agora, decidi que vou comprar, mais vezes,o salmão inteiro, fresco. A diferença de preço é substancial. Quando o compro, peço logo na peixaria para o arranjarem. Até tiram a pele, se quiserem.

Outra coisa que faço, algumas vezes, é comprar o bacalhau salgado e depois demolhá-lo. Quando não o posso demolhar logo, coloco-o salgado, dentro de um saco, no congelador. Demolhado em casa, rende e fica mais barato também. Sempre se poupam alguns euros e continuamos a manter a nossa alimentação de sempre.

Das coisas que decidi aproveitar já e que me tinham sobrado do Natal, foram as frutas cristalizadas. O ano passado guardei-as para usar novamente no Natal e quando as utilizei, achei que já estavam um pouco secas, por isso, este ano, decidi dar-lhe logo destino. E o resultado foi uns biscoitos perfumados e deliciosamente bons. Com um chá ou um café, a meio da tarde, de um dia de Inverno, sabem tão bem! Experimentem.

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

As 10 receitas preferidas dos leitores em 2016


2016 foi um ano de muitos cozinhados. Todas as semanas partilhei convosco várias receitas, todas elas sempre diferentes. Cozinhar é uma aventura maravilhosa. Misturamos ingredientes, sabores e texturas, e no final partilhamos o que confeccionámos com aqueles que nos são mais queridos. E isso, é simplesmente delicioso. Mas entre tudo o que foi partilhado, no início de cada ano, gosto de ir ver quais foram as vossas preferências.

Deixo-vos, hoje, aquelas que os leitores mais gostaram de todas as receitas que confeccionei no ano passado.

As 10 receitas preferidas dos leitores em 2016, são:

Destas quais é que já experimentaram?

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Marmelada de Natal


Os marmelos ainda são frutos que chegam apenas na sua época, ao contrário dos morangos e de outras frutas que agora temos durante todo o ano. Com marmelos faz-se marmelada. As freiras do Convento de Odivelas faziam-na branca, mas pode ser vermelha ou até ter um tom mais a lembrar os castanhos claros, dependendo do grau de maturação dos marmelos e da oxidação. Sabe-se que embarcou nas pequenas naus dos nossos navegadores no tempo dos Descobrimentos. Diz-nos Virgílio Nogueiro Gomes: « Consta que nas caravela das Descobertas havia sempre marmelada, pela sua fácil conservação, e serviria também como alimento energético. Diz-se que Fernão de Magalhães terá sobrevivido aquando da descoberta do seu «estreito» graças ao consumo continuado de marmelada. »

Desde que me lembro que havia marmelada na minha casa. O meu avô Augusto tinha-a na sua pequena loja e vendia-a à fatia. Recordação deliciosa. Talvez por isso, sempre que faço marmelada, tento colocá-la em pequenas taças rectangulares que me fazem lembrar os tabuleiros da loja do meu avô.

No Natal que passou decidi aproveitar os últimos marmelos que tinha trazido de Santarém e fazer uma marmelada mais rica do que costumo confeccionar. Juntei-lhe passas de uva maceradas em vinho do Porto e nozes. Algumas das taças desta marmelada foram embrulhadas e colocadas nos cabazes que ofereci este ano e por isso decidi chamar-lhe Marmelada de Natal. Aqui fica a receita.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Bolo-rei recheado com doce de ovos


É hoje que se dá oficialmente encerrada a época mágica do Natal. Desmonta-se o pinheirinho, colocado num dos cantos, junto à janela da sala. Arrumam-se as fitas e os papéis de embrulhos em caixas a pensar na chegada de Dezembro.

Mas antes de darmos por encerrada a época festiva do Natal, ainda temos direito a bolo-rei. De 5 para 6 de Janeiro, comemora-se o Dia de Reis. Uma homenagem aos três reis magos. Segundo a tradição eram « Gaspar, rei de Markash, homem de cabelos negros e olhos castanhos; Baltazar, que governava a Núbia e tinha pele escura e brilhante; e Belchior, de Lagash, de olhos amendoados e barba cerrada. » Guiados por uma estrela, viajaram do Oriente para visitar e adorar o menino Jesus. Ofereceram-lhe, como presentes, ouro, incenso e mirra.

A tradição pede que neste dia se volte a reunir a família. E na mesa, para festejar, o bolo-rei, não pode faltar!

Todos os anos faço um bolo-rei para oferecer e partilhar com a minha família. Depois de alguns pedidos, decidi fazer um bolo-rei recheado com doce de ovos. Ficou, uma verdadeira delícia! Deixo-vos, hoje, a receita.

A todos, feliz Dia de Reis!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Bacalhau em broa de milho


O bacalhau é desde há muito o fiel amigo dos portugueses. Cozinhado de mil e uma maneiras, é garantia de sucesso em muitas confecções assim que chega à mesa.

Bacalhau na broa é um prato servido em muitos restaurantes e feito, em dias de festa, em muitas casas de Norte a Sul do país. Há quem faça com couve, grelos ou espinafres. Optei por fazer com umas nabiças frescas e muito viçosas que trouxe da horta, em Santarém. O resultado foi um bacalhau na broa delicioso! E tão fácil de fazer. Já experimentaram?

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

As minhas 10 receitas preferidas de 2016


A cozinha é um mundo maravilhoso que me fascina. Cozinhar é uma forma de aprender. Aprender a misturar aromas e texturas, a escolher ingredientes, a fazer muitas vezes diferente do que é usual. Gosto de descobrir novos sabores e ingredientes menos usuais ou já esquecidos. Gosto de experimentar receitas. E foi o que tentei fazer no ano que passou. Fiz sopas, saladas, guisados, assados no forno, petisquinhos para partilhar com a família e os amigos, bolos, biscoitos, bolachas e doces maravilhosos de colher. Isto sem esquecer também os doces e compotas que faço todos os anos para aproveitar a fruta da estação, principalmente quando chega em abundância do quintal dos meus pais, perto de Santarém.

Entre as muitas receitas que cozinhei e partilhei convosco, decidi fazer uma pequena selecção daquelas que, por um motivo ou outro, me cativaram ou surpreenderam. As minhas 10 receitas preferidas de 2016 são:

- Arroz de Pato à Portuguesa - Adoro arroz de pato. É um prato que faz parte das festas de família desde a minha infância. Há muito que queria perceber como se fazia o arroz escurinho do arroz de pato que se come em muitos restaurantes. Depois de investigar e de perceber que há quem junte vinho tinto, vinho do Porto, café ou até molho de soja, o "segredo" deste arroz está num caldo feito com os ossos do pato assados. Fica mesmo muito bom!

- Chutney de figos - Tenho a sorte de os meus pais terem, perto de Santarém, duas figueiras Pingo de Mel que todos os anos, no Verão, nos brindam com muitos figos a estalar de doçura. Este ano para além de fazer doce decidi aventurar-me no maravilhoso mundo dos chutneys. Fica mesmo muito bom este chutney de figos. Foi acompanhamento de alguns pratos de carne. Conheço alguém que o serviu nas torradas da manhã com queijo, mas não vou dizer quem terá sido! ;)

- Doce de melancia - A melancia e eu não temos uma relação muito pacífica. Ora gosto, ora não me apetece. Confesso que ao longo do tempo tenho feito tentativas para usar mais este fruto sumarento e fresco. Para aproveitar uma melancia que tinha cá em casa, decidi, o ano passado, fazer doce com ela. E que boa surpresa foi! Uma maravilha. O destino das melancias muito maduras, cá em casa, já está traçado!

- Musse de chocolate com abacate e sementes de chia - Ao tempo que queria fazer uma musse de abacate com chocolate. Recebi até alguns pedidos, por eMail, de leitores a pedirem-me uma receita boa. Confesso que as que tinha comido, até esta altura, nunca me tinham cativado. Mas, esta receita surpreendeu-me. Ficou consistente. Nota-se o sabor a vegetal do abacate mas o chocolate domina e torna esta musse muito gulosa.

- Panna cotta de matcha com leite de coco e pistácios - Adoro panna cotta e costumo fazer muitas vezes. Gosto da cremosidade desta sobremesa misturada com fruta, doce ou frutos secos. O matcha é um chá verde em pó que há muito queria experimentar em sobremesas. Esta foi a primeira e resultou muito bem.

- Parmigiana - Adoro partilhar receitas com amigos, familiares e leitores. Muitas ideias para os pratos que faço surgem desta troca. Esta receita nasceu assim. E foi um sucesso maravilhoso cá em casa. Surpreendeu-nos.

- Perna de borrego recheada com farinheira e espinafres - O borrego é uma carne muito consumida cá em casa. Gostamos muito de costeletas grelhadas e depois de assar no forno, durante algumas horas, as pernas. Há já muito tempo que queria experimentar desossar uma perna e depois recheá-la. Consegui concretizar este objectivo o ano passado. E a perna ficou tão boa!

- Pão de leite com pepitas de chocolate - Fazer pão é uma arte. Parece tão simples mas tem muitos pormenores a que é preciso dar atenção. O ano passado comecei uma rubrica no blogue intitulada Vamos Fazer Pão?, onde todas as sextas-feitas partilho uma receita de pão ou de pão doce e muitas dicas e truques para fazerem bom pão. Entre todos os pães que fiz, destaco este, com pepitas de chocolate. Estes pães doces com pedacinhos de chocolate deixaram-nos a suspirar cá em casa. Se experimentarem fazer vão ver que desaparecem num abrir e fechar de olhos.

- Salmão curado - Às vezes há receitas que queremos fazer mas que nos levantam dúvidas, ou melhor, preocupações. Há muito que queria fazer salmão curado em casa mas só me decidi a fazê-lo depois de ver como uma chef o preparou, e passados uns dias, ter tido a possibilidade de provar o resultado final. Fiquei tão convencida que decidi fazer logo a receita em casa. A partir desse dia, curar salmão, passou a ser uma tarefa que não me deixa preocupações. Experimentem. Fica mesmo muito bom.

- Waffles de cenoura - Numa ida ao supermercado decido, assim de um momento para o outro, que queria muito ter uma máquina de fazer waffles. Como era uma necessidade urgente, de última hora, acabou por vir comigo. Ficou arrumada durante uns tempos numa das prateleiras da cozinha. Quando decidi dar-lhe vida nunca mais parou! A primeira receita que fiz para o blogue foi uns perfumados waffles de cenoura. Que bons que ficaram!

E qual é a vossa receita preferida de 2016?

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Musse de chocolate com fios de ovos e os desejos para 2017


A cada novo ano gosto de formular desejos. Gosto de pensar e definir pequenas coisas que gostaria de fazer ao longo do ano. Ao fazê-lo, a primeira questão que coloco sempre, é: Como é que eu quero viver a minha vida? O que é que eu posso fazer para que no final de cada dia, mês ou ano tenha a sensação boa de que vivi?

Ao longo destes anos sinto que fazer uma pequena lista de desejos ajuda a concretizar coisas que queremos fazer. A lista não tem que ser rígida. Só o facto de pensarmos em coisas que queremos fazer já é uma ajuda para, mais cedo ou mais tarde, tentarmos realizar os nossos desejos. A lista pode ser feita em família. Cada um escreve os seus doze desejos, partilham entre si e no final de cada ano analisam o que conseguiram ou não concretizar. Já imaginaram, daqui a uns anos, os vossos filhos relerem os seus sonhos ou desejos de infância? São estas pequenas coisas que dão sal à vida.

Os meus desejos para 2017 são:

1. Quero continuar a aprender. O conhecimento traz-nos felicidade. Este ano tenho o desafio de usar uma máquina de sous-vide para cozinhar a baixa temperatura. Vai ser de certeza uma deliciosa aventura. Depois conto-vos.

2. Quero continuar a melhorar o modo como cozinho. Há tanta coisa para fazer e aprender. Este ano gostava de voltar à cozinha portuguesa. Para chegarmos mais longe temos que conhecer as bases da nossa tradição gastronómica. E há tanto para fazer!

3. Quero fazer um naked cake. Acho os bolos lindos, lindos. É um desejo para concretizar este ano!

4. Arrumar o armário das especiarias. Tenho e uso muitas especiarias e ervas-secas. Ao longo do tempo tenho vindo a perceber que o modo como as tenho arrumadas não é muito funcional e este ano terá que levar uma reviravolta.

5. Fazer pão. Gosto tanto de pão! O pão é um alimento maravilhoso e feito em casa, com a força das nossas mãos, torna-se especial e único. Vamos fazer pão, em casa, em 2017? Quem me acompanha?

6. Aumentar as minhas leituras. Os livros fazem parte da minha vida, do meu dia-a-dia. O ano passado comecei a escolher, pelo menos, um livro para ler em cada mês do ano. Este ano quero continuar este projecto. Desafio de leituras para 2017: 30 livros! O de Janeiro já está escolhido, Arquipélago de Joel Neto.

7. Há uns anos atrás comecei um projecto 365 que consistia em tirar uma foto por dia. O ano passado correu muito bem. E fui relatando mês a mês o que fui fazendo, sempre com as fotos que tirei a acompanhar. Este ano este é um projecto para dar continuidade. E já comecei! A primeira foto de 2017 é do mar. Todos os anos gosto de ir ver o mar no primeiro dia do ano. Tornou-se uma tradição, do Ricardo e minha. Podem ir acompanhando na página de Instagram do Cinco Quartos de Laranja.

8. Participar na corrida de São Silvestre, em Lisboa. Foi um desejo feito em família. Agora é ganhar coragem e começar os treinos!

9. O espaço em que vivemos, dormimos, e a que chamamos casa tem que ser confortável, acolhedor. Tem que nos mimar, tem que nos dar alegria e incentivo quando precisamos. Em 2016 senti que tinha que olhar mais para a decoração da minha casa. Espero consegui-lo neste novo ano que começa.

10. É fundamental pensarmos nas outras pessoas e não apenas em nós próprios nas muitas situações que a vida nos reserva. Ter o apoio, o carinho, daqueles de quem gostamos é essencial. E essencial é também olharmos mais vezes para eles. Espero conseguir continuar a mimar aqueles que me rodeiam. Surpreendê-los com coisas boas. Um gesto às vezes faz toda a diferença!

11. Os muros existem por um motivo, para nós os ultrapassarmos. O problema é que muitas das vezes não sabemos como o devemos fazer. Ficamos ali impotentes. Nestas alturas, o importante é não desistir. Se for necessário volta-se atrás para termos perspectivas diferentes. Espero ter força para continuar a trabalhar e para tentar fazer melhor. Que 2017 nos brinde com saúde!

12. Espero conseguir dar importância ao que é mesmo importante e deixar ir tudo o que não é essencial. Espero poder continuar a seguir o que me diz o coração quando hesito ou tenho dúvidas. Espero poder continuar a tentar cuidar bem da vida para que ela olhe para mim e me traga coisas boas. Espero poder continuar a sonhar.

Que 2017 seja um ano muito doce para todos vocês, queridos leitores. Por isso, deixo-vos, hoje, uma deliciosa musse de chocolate com uns tentadores fios de ovos.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Adeus Dezembro, bem-vindo Janeiro ...


Dezembro é o único mês do calendário que se reveste de uma magia especial que se espalha pelas ruas das cidades, nos entra pelas portas das casas e enche os nossos corações de uma luz que reflecte esperança e generosidade. Uma luz que nos impele a juntar a família, a partilhar com aqueles que nos são mais queridos pequenas lembranças que simbolizam a amizade, o carinho e a gratidão de termos todas essas pessoas boas à nossa volta.


Dezembro foi para mim um mês de trabalho e de aprendizagens. Aprendi a temperar chocolate, a fazer bombons e um pouco mais do maravilhoso mundo das massas lêvedas que tanto adoro e que se revestem de tantos segredos ou pequenos pormenores que fazem toda a diferença no produto final.


Em Dezembro realizei demonstrações de culinária em Lisboa, Sintra, Constância e Abrantes. Estive no Mercado de Natal Jogos Santa Casa da Misericórdia, na Praça do Município em Lisboa, com um showcooking em que demonstrei como preparar uma deliciosa coroa de Natal. Participei no Mercado de Natal de Alvalade com três workshops, dois deles realizados na loja Maria Granel e o último, na mercearia Morteira & Santos. Estive em Sintra para um workshop de presentes de Natal para pais e filhos. Em Constância apresentei entradas para a mesa de Natal e em Abrantes fizemos presentes de Natal na cozinha. Uma das coisas que me deixa feliz é o carinho com que as pessoas, ou melhor, muitos de vocês queridos leitores, me recebem nos meus workshops ou demonstrações de culinária. Estes momentos enchem-me de alegria. Sinto uma satisfação enorme. Obrigada.


Reencontrei amigos de longa data. Entre um delicioso passeio pela quinta da Cardiga, na Golegã, e uma visita a Almourol, houve tempo para rirmos e falarmos muito. Parece que afinal, quando estamos em sintonia, o hiato de tempo em que não nos vemos é rapidamente superado, deixando boas memórias até ao próximo reencontro. No final, fica sempre a promessa de não deixarmos passar tantos anos entre cada um dos nossos encontros.

Em Dezembro, estive num almoço de Natal organizado pelo Ministério de Comércio Exterior e Turismo do Peru, no espaço Las Cholas. O evento decorreu em jeito de workshop, onde tivemos a possibilidade de ver confeccionar todas as receitas. Para uma apaixonada por quinoa como eu, este almoço foi maravilhoso. Todos os pratos, desde a entrada à sobremesa foram feitos com quinoa, um deles até juntou os três tipos de quinoa que encontramos, hoje em dia, facilmente à venda, a branca, a vermelha e a preta. Para quem gosta de quinoa, vejam algumas das minhas receitas.


Festejei com o Ricardo 16 anos de casamento. Bem, como o tempo passa! Parece que foi ontem que nos conhecemos. Fazer um casamento durar só se torna fácil quando há tolerância e capacidade para superar os pequenos nadas do dia-a-dia. Torna-se fácil quando ambos se sentem satisfeitos com o que cada um alcança e quando mantêm a vontade de continuar. Um dos nossos segredos é que dizemos todos os dias, um ao outro: "Eu gosto de ti". Ou às vezes na brincadeira, digo-lhe: "Olha, hoje já te disse que gosto muito de ti?!".


Em Dezembro estive com a minha família em Santarém. Entre a visita à horta, houve tempo para ir apanhar laranjas e tangerinas ao nosso quintal. Agora só me resta dar-lhes destino. Acho que algumas das laranjas ainda vão virar geleia para as torradas do pequeno-almoço. Voltei ao programa da RTP1, A Praça, onde fui recebida com muito carinho pela Sónia Araújo e pelo Jorge Gabriel. Aí apresentei muitas sugestões para presentes de Natal feitos nas nossas cozinhas. Participei, enquanto membro do júri, no prestigiado concurso A Revolta do Bacalhau, que decorreu na Escola de Hotelaria e Turismo de Lisboa. Foi um dia muito bem passado, primeiro a ver os concorrentes a preparem os seus pratos e depois a provar o que confeccionaram. Nem imaginam o que se aprende nestes momentos.

Dezembro foi um mês bom. Com muita magia. Espero que Janeiro nos traga luz e a possibilidade de continuarmos a sonhar.

domingo, 1 de janeiro de 2017

2017, Feliz Ano Novo!


Abri as janelas da minha casa para arejar e deixar entrar o ar fresco e a luz bonita do dia. Mudei a roupa da cama. Durante a tarde coloquei um capão a assar lentamente no forno para a carne ficar tenra e suculenta. Coloquei nas jarras da sala as flores, rosas, que escolhi para receber o novo ano. Gosto sempre de ter flores em casa. Gosto da energia positiva que me transmitem.

Escolhi uma toalha de festa para a mesa. Coloquei os copos e os talheres. O Ricardo preparou as tábuas de queijo e de enchidos, com frutos secos e uvas frescas. E antes que os meus amigos de sempre chegassem, acendi uma vela para nos fazer companhia. E foi assim, à volta da mesa, com um copo de champanhe para brindar que recebemos de sorriso aberto 2017, enquanto pela janela da sala se via o fogo de artifício a explodir no céu.

Deixei 2016 sem ressentimentos. Foi um bom ano. Nos seus 366 dias tive dúvidas. Parei muitas vezes para ver qual o caminho a seguir. Houve dias em que fiz marcha atrás, mas outros houve, em que segui em frente a alta velocidade e a pensar que a vida é uma aventura deliciosa.

Em 2016 vi partir pessoas queridas, que me viram crescer e de quem guardo boas recordações. Nestas alturas há uma frase que guardo, há anos, e que me dá tanta força nestes momentos: "só morremos quando morrer a última pessoa que se lembrar de nós". Por isso há muitos dias em que recordo pessoas boas, que amei e que me amaram. Faço questão de me lembrar delas, sempre.

No final de cada ano sinto sempre gratidão. Sinto-me grata por ter tido saúde, por ter a minha família perto de mim, por ter amigos para os bons e maus momentos. Por ter pessoas à minha volta que acreditam em mim. Por ter um marido que me acompanha sempre. Que me estende a mão sem eu pedir. Que me incentiva quando vacilo. Sinto-me grata por estabelecer laços. Por poder sorrir todos os dias. Quando temos tudo isto, o resto cabe-nos a nós fazer acontecer. Haja coragem e força!


Cada novo ano é o virar de uma página. É um recomeço. São novas oportunidades que chegam prontas a seguir de braço dado connosco. Há sempre uma luz de esperança nesta mudança. Uma luz que nos faz pensar que é possível, que nos impele a querer fazer, a traçar objectivos, a seguir em frente com a nossa vida, com muitos ou poucos ajustes.

Foi de braços abertos, com os olhos a brilhar de esperança e um sorriso de felicidade que recebi o novo ano. Que 2017 seja um ano de muitas alegrias, de muitas concretizações, de muitas barreiras ultrapassadas. Que seja um ano de paz e que nos traga a tranquilidade para seguir em frente com muita saúde. Que seja um ano que nos permita, a todos, sonhar!

Feliz Ano Novo!