Pizas ao domicílio, Lda

A maior parte das coisas boas acontece de forma inesperada. Quando penso como começou o projecto das pizas cá em casa com amigos, recordo-me que foi no meio de uma conversa e de forma completamente inesperada.

Quando em casa da Carlota, no dia do lanche do primeiro aniversário do Tangerina Aderente, a conversa começou sobre as pizas e sobre o conceito de convidar amigos para fazerem pizas connosco, assim de forma inesperada o conceito mudou. De um momento para o outro, já estava combinado um jantar de pizas em casa da Carlota com as amigas Isabel e Suzana. Em tom de brincadeira designámos este projecto de Pizas ao Domicílio, Lda. Como uma boa empresa que se preze, mesmo que imaginária, para a semana já temos uma sessão agendada e outra quase fechada.

Na sexta-feira passada chegámos a casa da Carlota e a mesa já estava posta. Reparem que bonita. As bolinhas não poderiam faltar.

Começámos a petiscar umas entradinhas feitas pela mão da Carlota.

Queijo camembert com mel e amendoim. Maravilhoso. Adorei.

Cogumelos com farinheira, uma admirável combinação.

Rolo de espinafres com salmão fumado e queijo em creme. Surpreendente. Leve. Muito agradável.

Tapenade de figo, feito pela nossa Pipoka.

À medida que fomos petiscando estas maravilhosas entradinhas, foi sendo tempo de colocar a mão na massa. Como éramos oito pessoas a cozinha encheu-se de conversa, risos e de boa disposição. Eu comecei por estender a massa da minha piza e não sei como, acabei por estender a massa de todas as pizas! :) O Ricardo foi documentando fotograficamente todas as iguarias servidas.

A primeira piza a ir para o forno, foi a piza Manuela. A origem desta piza está associada a uma mala de viagem. Na semana passada o Ricardo foi buscar uma mala de viagem a casa da mãe de um amigo nosso. Conversa puxa conversa e a Manuela falou de uma piza que tinha comido no restaurante Buona Bocca e que tinha adorado. Quando eu soube, pareceu-me uma combinação muito interessante e depois de alguns esclarecimentos sobre os ingredientes decidimos arriscar.

Na base da massa coloquei queijo mozzarella ralado, fatias de maçã vermelha, rodelas de morcela e, por fim polvilhei com canela e reguei com um fio de azeite. A combinação dos ingredientes resultou muito bem. Em honra da mentora da nossa receita, designámo-la de Piza Manuela.

A segunda piza a ir para o forno foi feita pela Carlota. Na base da piza colocou pesto, tomates cereja cortados ao meio, queijo mozzarella fresco às rodelas, queijo mozarella ralado, orégãos secos e por fim um fio de azeite.

Quando saiu do forno a Carlota colocou rucúla selvagem e queijo parmesão ralado e baptizou-a de piza de Carlapese.

A terceira piza a chegar à mesa foi a Piza DiMaria, feita pela Suzana. Na base da massa colocou molho de tomate, alho-francês estufado em azeite, vinho branco e tomilho, bacon, mozzarella fresca e tomilho. Foi servida com lâminas de queijo parmigiano reggiano 30 meses.

A última piza a ser servida, foi a Piza Afrancesada feita pela Isabel. Na base colocou tapenade de figo, queijo chévre, alecrim e um fio de azeite.

Das quatro pizas nem sobrou uma fatia! Estavam todas muito boas e todas se revelaram especiais.

O nosso jantar foi acompanhado de cinco garrafas de vinho tinto: Azamor de 2004, Duas Quintas de 2007, Post Scriptum de 2007, Dona Ermelinda de 2007 e Herdade de Porto da Bouga de 2008.

Depois da sessão de pizas seguiu-se a sessão de sobremesas.

A Carlota brindou-nos com uma Tarte de limão merengada.

A Suzana supreendeu-nos com um Tiramisú.

A Sandra levou uns bolinhos de pastelaria para acompanhar o café.

E na mesa também havia os tentadores rebuçados de ovo de Portalegre.

As sobremesas foram acompanhadas de um Moscatel Domingos Soares Franco Roxo de José Maria da Fonseca de 1998.

Este jantar foi um verdadeiro sucesso. Boa comida, boa companhia, boa disposição e boa conversa.

Um agradecimento especial à Carlota que nos recebeu em sua casa de forma maravilhosa.