Não me lembrava do quão difíceis são as mudanças. O tempo que gastamos a seleccionar o que se quer e o que já não vale a pena guardar, de seguida colocar em caixotes, caixotes e mais caixotes. Mas o mais difícil ainda é decidir sobre as coisas a que não sabemos dar destino. Ao longo dos anos vamos acumulando coisas que achamos que nos serão muito úteis, usamos uma ou duas vezes e ficam caídas no esquecimento de uma prateleira ou de uma gaveta. Com as mudanças reaparecem - quase como um milagre! - e colocam-nos num dilema: guardar ou não guardar? Mesmo sabendo que as usámos apenas duas ou três vezes em anos a fio e que o mais provável é não voltarmos a usar, no final ainda temos dúvidas!? É curioso como nos agarramos aos objectos e pensamos sempre que talvez um dia, num futuro (muuuuito) distante, poderemos vir a precisar! :)
Nos últimos dias estive de volta das arrumações para a mudança, que ainda não está concluída, mas já falta muito pouco. Desta casa, uma das coisas que me vai deixar saudades é o quintal. Sempre que recebia visitas, pela primeira vez, em casa, regra geral tocavam primeiro para o andar debaixo e só depois de saberem que estavam enganados, tocavam para o (nosso) segundo. Curioso, um segundo andar ter quintal no meio de Lisboa, não é?
O quintal é um espaço mesmo muito especial. No meio da cidade, mas resguardado do reboliço citadino, com várias árvores, flores, ervas aromáticas e onde passei muitos bons momentos com a família e alguns amigos, quase sempre à volta da mesa. E antes de sair, no domingo passado aproveitei para ter o último almoço, a dois, no quintal. Como era no quintal, não poderia deixar de ser um grelhado. O peixe escolhido foi o sargo e a receita encontrei-a no livro de José Carlos Rodrigues, Grelhados - Um saber bem português, editado pela Casa das Letras, que muito nos acompanhou nas aventuras da grelha.
Ingredientes:
sargos para grelhar
sal
azeite
um raminho de poejos
1. Temperar os sargos colocando sal nas guelras.
2. Untar os peixes, se escamados, com azeite. Levar a grelhar.
3. Depois do peixe grelhado, salpicar com o poejo fresco picado e um fio de azeite.
O peixe fica muito agradável com o sabor do poejo. Acompanhei o peixe com uma salda mista de tomate, rábano e pimento verde assado.
O dia esteve solarengo e bonito. A refeição deixou-nos satisfeitos e reconfortados com a ideia da partida. No próximo sábado fazemos a despedida com a família.
Nos últimos dias estive de volta das arrumações para a mudança, que ainda não está concluída, mas já falta muito pouco. Desta casa, uma das coisas que me vai deixar saudades é o quintal. Sempre que recebia visitas, pela primeira vez, em casa, regra geral tocavam primeiro para o andar debaixo e só depois de saberem que estavam enganados, tocavam para o (nosso) segundo. Curioso, um segundo andar ter quintal no meio de Lisboa, não é?
O quintal é um espaço mesmo muito especial. No meio da cidade, mas resguardado do reboliço citadino, com várias árvores, flores, ervas aromáticas e onde passei muitos bons momentos com a família e alguns amigos, quase sempre à volta da mesa. E antes de sair, no domingo passado aproveitei para ter o último almoço, a dois, no quintal. Como era no quintal, não poderia deixar de ser um grelhado. O peixe escolhido foi o sargo e a receita encontrei-a no livro de José Carlos Rodrigues, Grelhados - Um saber bem português, editado pela Casa das Letras, que muito nos acompanhou nas aventuras da grelha.
Ingredientes:
sargos para grelhar
sal
azeite
um raminho de poejos
1. Temperar os sargos colocando sal nas guelras.
2. Untar os peixes, se escamados, com azeite. Levar a grelhar.
3. Depois do peixe grelhado, salpicar com o poejo fresco picado e um fio de azeite.
O peixe fica muito agradável com o sabor do poejo. Acompanhei o peixe com uma salda mista de tomate, rábano e pimento verde assado.
O dia esteve solarengo e bonito. A refeição deixou-nos satisfeitos e reconfortados com a ideia da partida. No próximo sábado fazemos a despedida com a família.