Os morangos podem ser consumidos de múltiplas maneiras. Macerados com açúcar e hortelã e depois servidos com umas colheradas generosas de natas batidas, mergulhados em chocolate negro, ou então, saboreados ao natural. De qualquer das formas, são sempre irresistíveis. Têm múltiplas aplicações na cozinha, desde saladas doces a salgadas, compotas, geleias, gelatinas, bolos, sumos, iogurtes, entre muitas outras.
O morangueiro é uma planta da família das rosáceas, onde se incluem as rosas, as peras, as maçãs e as cerejas. Começou a ser cultivado pelos romanos em 200 a.C. e era valorizado pelas suas propriedades terapêuticas. No séc. XIV, os franceses, transplantaram a variedade selvagem, Fragaria Vesca, para os seus jardins. A utilização desta planta revelou-se mais ornamental pelas suas bonitas flores do que como alimento, apesar de uma parte da produção ser para consumo. Em 1368, o rei Carlos V ordenou ao seu jardineiro Jean Dudoy que plantasse nos jardins reais do Louvre 1.200 morangueiros. A partir do início do séc. XVI as referências à produção do morango são mais comuns e os botânicos identificam diferentes espécies.
Os morangos que encontramos actualmente à venda (Fragaria x ananassa Duch) são descendentes de um cruzamento casual entre duas espécies americanas levadas para a região francesa de Brest. Uma das espécies foi a Fragaria Virginia, nativa da América do Norte, muito aromática mas com frutos pequenos. Foi trazida para a Europa em 1624. A outra espécie foi a Fragaria Chiloensis nativa do Chile, com frutos do tamanho de uma noz e chegou a França, em 1714, por Amédée-Francois Frézier, um espião ao serviço de Luís XIV. O respectivo cruzamento possibilitou a produção e difusão do morango. A par do aprimoramento do cultivo foram surgindo também inúmeras espécies.
Botanicamente o morango não é uma fruta mas um pseudofruto ou “falso fruto”. Nos morangos, os verdadeiros frutos são os aquênios, os pontinhos a que chamamos sementes e que cobrem a pele do morango. O fruto doce, carnudo e suculento que tanto apreciamos é na realidade o receptáculo dos frutos.
Esta semana no Instagram do Cinco Quartos de Laranja tenho vindo a partilhar receitas descomplicadas que se fazem num abrir e fechar de olhos, com morangos. Viram? Desde papas de aveia até águas aromatizadas e tostas, entre outras sugestões.
Os dias quentes pedem sobremesas frescas e práticas. Na passada segunda-feira no programa Praça da Alegria da RTP1 preparei um cheesecake rápido de morango. Cá em casa, pediram tanto que voltei a fazer a receita.
Caso precisem, podem alterar as quantidades da receita ao vosso gosto. Por exemplo, caso prefiram uma base maior, acrescentem mais bolacha. Caso queiram fazer um recheio que renda mais, basta aumentarem a quantidade de queijo e de iogurte seguindo a mesma proporção. E o mesmo se pode fazer com os morangos. Para um resultado mais doce, aumentem a quantidade de açúcar.
Esta é uma sobremesa rápida para fazer e degustar, logo de seguida. No entanto, a base pode ser feita de véspera ou, umas horas antes de preparar os morangos para servir.
Sabe tão bem terminar as refeições, nesta altura do ano, com uma sobremesa fresca! Espero que gostem.
Cheesecake rápido de morango
Ingredientes para 3 pessoas:
75 g de bolachas digestivas
200 g de iogurte grego
200 g de queijo creme
1 colher de chá de açúcar baunilhado
250 g de morangos
30 g de açúcar
Raspa de 1/4 de limão
1 colher de sopa de sumo de limão
1. Ralar a bolacha e distribuir por copos de vidro.
2. Misturar o iogurte com o queijo creme e o açúcar baunilhado. Mexer bem até obter um creme uniforme.
3. Distribuir a mistura pelos copos com a bolacha e guardar no frigorífico.
4. Cortar os morangos para uma taça. Adicionar o açúcar, a raspa e o sumo de limão. Mexer e deixar macerar cerca de 10 a 15 minutos.
5. Distribuir os morangos pelos copos e servir.
Esta receita rende 3 copos como os da foto.
4 comentários :
Muito bom :) Bjinhos e bom fds!
Obrigada, Anjo-de-Mel.
Um beijinho.
Hum!! Parece delicioso! Vou ter de experimentar!
óptima sobremesa. Focou deliciosa!
Enviar um comentário