sexta-feira, 31 de março de 2017

Vamos fazer pão: Pão com sementes


Cada vez mais se fala sobre o pão que comemos. Ou melhor, cada vez mais se fala sobre a qualidade ou falta de qualidade do pão que comemos. Numa ida ao supermercado, quando comprarem pão, leiam o rótulo. Vão perceber que muito do pão de compra não é apenas feito com farinha, sal, fermento e água. Por outro lado, a quantidade de fermento usado no pão industrial é grande. Faz um pão fofo que passado umas horas já está duro. Um dos exemplos, é o papo seco.

Por isso, para quem gosta de pão, para quem procura o sabor autêntico do pão pode fazê-lo em casa. Os ingredientes encontram-se facilmente à venda numa ida ao supermercado, onde felizmente, cada vez mais, há uma interessante oferta de farinhas biológicas. Sal, água e fermento. O fermento usado pode ser fresco, vendido em cubos, ou seco, a chamada levedura seca. Não confundam fermento de padeiro seco (levedura seca) com o fermento químico que usamos para fazer bolos. São dois produtos diferentes.

Podemos fazer pão usando um método simples, directo. Misturamos os secos e os líquidos, amassa-se, leveda e vai para o forno. Foi sempre assim que vi a minha mãe fazer pão. Este é um método que recomendo a quem quer fazer pão pela primeira vez. Para se aventurar na arte maravilhosa de fazer pão em casa, misturar os ingredientes, amassar, levedar e já está. Foi com uma receita assim que comecei a rubrica Vamos fazer pão. Não tenham medo de amassar, é quase terapêutico. Lembrem-se que foi assim que durante séculos se fez pão, metendo as mãos na massa!

Este é o método mais simples. A complexidade de fazer pão aumenta quando começamos a usar pré-fermentos (poolish, biga e/ou massa fermentada conhecida como massa velha) ou usarmos uma massa-mãe, o que em inglês se designa por sourdough ou em francês, levain, feita a partir de uma matriz, starter. Um destes dias, explico-vos como faço e alimento a minha massa-mãe, feita com farinha de centeio integral biológica. Também se pode fazer massa-mãe com farinha de trigo. A minha massa mãe já tem mais de um ano. Há padarias com massas mãe com 100 ou mais anos. Maravilhoso, não é?

O melhor método para cozer o pão em casa é usando um tacho de ferro fundido ou de cerâmica. Há quem faça em tachos de vidro, tipo Pyrex, ou em tachos de barro, mas a verdade é que não são tão eficientes na distribuição do calor. Para quem faz pão em casa de forma regular, vale a pena o investimento num tacho/panela de ferro fundido. Quando forem ao supermercado ou uma loja de produtos para casa, procurem estes tachos. Vão encontrar de vários preços. Este método tem obviamente limitações, mas para fazer um pão para a família, resulta muito bem. Vamos fazer pão?


quinta-feira, 30 de março de 2017

Pargo assado no forno com bacon


« A felicidade é um segredo paciente. » Todos os dias procuro ser feliz. E a felicidade que procuro está nas pequenas coisas, nos sorrisos que vejo nos rostos dos outros, na possibilidade de ajudar uma amiga. Está na alegria de poder contemplar o céu azul ou uma árvore cheia de flores num dia de Primavera. Está num presente que envio a amigos que estão longe ou num telefonema a quem não vejo, há algum tempo. Está na alegria e entusiasmo com que preparo os sacos ou as etiquetas para as lembranças de Páscoa. Está no carinho com que cozinho uma refeição para a família ou um almoço a dois.

Quando fazemos os outros felizes, somos nós, também, muito mais felizes. A nossa felicidade depende das relações, dos laços que fazemos com os outros. O modo como cultivamos as nossas amizades determina os nossos níveis de felicidade. Quantas vezes não ficámos muito mais bem dispostos depois de uma conversa com uma amiga que encontramos por acaso num café ou numa viagem de Metro? Ou quando conhecemos uma pessoa nova, que nos abre horizontes e nos ajuda a crescer? Falar com os outros é tão bom!

O primeiro passo, para sermos todos mais felizes, é aprendermos a valorizar, a guardar no coração as coisas boas. As coisas boas que cada dia nos oferece têm que se sobrepor àquelas que são menos boas. O segredo para sermos felizes é valorizarmos os acontecimentos bons do nosso dia-a-dia. É darmos graças pelas coisas boas que nos acontecem, por mais pequenas que sejam. Agradecer.

Quando agradecemos, reconhecemos que a nossa vida é boa. Que temos sorte. Que coisas boas também nos acontecem, a nós, todos os dias. Uma das coisas que agradeço, todos os dias, é ter uns pais que me ajudam, que olham por mim, que tentam mimar-me com pequenas coisas. Isto é tão precioso para mim! O pargo da receita de hoje foi pescado pelo meu pai.

quarta-feira, 29 de março de 2017

Carpaccio de abacaxi com maracujá e pimenta-rosa


Sempre que posso gosto de terminar a refeição com uma sobremesa. Mas a sobremesa não tem que ser um bolo, tarte ou uma musse.

A fruta apresentada de forma apelativa, cá em casa, funciona muitas vezes como uma fantástica sobremesa. Um destes dias para um almoço demorado, daqueles em que faço uma carne assada no forno durante algumas horas - fica tão suculenta que facilmente repetimos e no final sobra sempre muito pouco - servi uma travessa de abacaxi cortado em fatias finas com maracujá, hortelã e pimenta-rosa. Fresco, soube tão bem! Há dias em que fazer uma sobremesa não custa mesmo nada. Gostam?

terça-feira, 28 de março de 2017

Fettuccine com miolo de camarão


Quando faço um prato de massa penso em Itália. Os italianos conseguem, com a simplicidade de alguns ingredientes, fazer pratos cheios de sabor, que nos impelem a repetir e a partilhar com a família. Os pratos de massa são práticos e de uma maneira geral, preparam-se num abrir e fechar de olhos. São pratos que toda a gente gosta, desde os mais pequenos até aos mais crescidos.

Um dos pratos de massa que é recorrente cá em casa, é feito com miolo de camarão salteado com bastante alho na frigideira, a que depois junto massa fresca cozida e uma mão cheia de ervas picadas. Fica tão bom! Preparei esta receita para a rubrica Pescanova. Gostam?

segunda-feira, 27 de março de 2017

Espetadas de borrego com curgete


Os dias chuvosos convidam a ficar em casa. E foi o que o Ricardo e eu acabámos por fazer no fim-de-semana que passou. Aproveitei e preparei alguns ingredientes para usar nas refeições da semana. Dá jeito, quando se chega a casa tarde, ter sopa pronta, alface já lavada e legumes cozidos para saltear em azeite e alho. Num abrir e fechar de olhos, fazemos uma refeição em 15 minutos, tendo já muitas das coisas pré-preparadas. Mas nem só de trabalho se fez o nosso fim-de-semana. Aproveitámos para ver alguns episódios das nossas séries preferidas do momento. This is Us, com uma banda sonora fabulosa e Big Little Lies. Adoro séries de televisão e ando sempre a tentar ver o que sai.

Houve tempo para leituras. Dei mais um avanço nos dois livros que estou a ler, A Princesa Azul e a Felicidade Escondida de Filipa Sáragga e TOP Tesouros de Origem Portuguesa de Fortunato da Câmara. Dos jornais, destaco este artigo, Casas de Papel, no jornal Expresso sobre livros e bibliotecas de algumas figuras conhecidas portuguesas que fazem da escrita o seu mundo. “Todas as bibliotecas são autobiográficas”, escreveu Alberto Manguel. A minha biblioteca, ou direi antes, a minha estante, é um misto de filosofia, romances e obras de cozinha. Todos os meses compro livros de cozinha. É uma paixão!

O fim-de-semana fez-se também à volta da mesa. No domingo tivemos um pequeno-almoço demorado, se quiserem podem ver a nossa mesa seguindo o Instagram do Cinco Quartos de Laranja, e houve refeições com pratos de peixe e de carne, alguns mais simples, outros mais demorados. Um dos pratos que preparei foi espetadas de borrego grelhadas com curgete. Um prato cheio de sabor. Fica muito bom!

sexta-feira, 24 de março de 2017

Vamos fazer pão: Pão de Deus


Só conheci o que era pão de Deus quando vim estudar para Lisboa. Lembro-me que entrei num café, e pedi uma arrufada e como estavam mesmo à minha frente, apontei para a montra. Fui logo corrigida, pão de Deus foi o nome que ouvi. Durante uns anos ainda andei baralhada. Se em zonas diferentes do país o mesmo bolo teria nomes diferentes. Mas não. O pão de Deus leva uma cobertura de coco ralado, enquanto que a arrufada, característico da zona de Coimbra, tem no topo açúcar. Mesma massa, coberturas diferentes, logo bolos com nomes diferentes. O meu preferido é o que leva uma cobertura de coco. Adoro! O coco dá-lhe um toque tão especial.

O pão de Deus resulta bem para começar o dia, para um lanche, ou para fazer com os miúdos em dia de festa. É sempre uma alegria! Na rubrica Vamos Fazer Pão, hoje, vamos preparar pão de Deus. Gostam?

quinta-feira, 23 de março de 2017

Caril de borrego com grão-de-bico


Não me lembro da primeira vez que comi um prato com caril. Por isso, posso dizer que gosto de caril desde sempre. Gosto do perfume, gosto do sabor misterioso das especiarias que nos fazem viajar para outras zonas do mundo, gosto do toque picante que fica no final de boca. Para mim, a personalidade do caril reside no perfume das especiarias e na subtileza do picante. Tem que ter um toque suave mas picante, sem ser um fogo a arder na boca.

O caril é um ingrediente que associo sempre à Índia, apesar de ser usado em outras cozinhas. A comida tem esta capacidade maravilhosa, transporta-nos através do paladar por outros países e culturas. A receita de hoje é um tentador caril de borrego com grão-de-bico que fica mesmo muito bom! Espero que seja uma receita que vos ajude a viajar.

quarta-feira, 22 de março de 2017

Pizzaria ZeroZero em Lisboa


Num sábado do início do mês de Fevereiro, o Ricardo e eu fomos almoçar à Pizzaria ZeroZero. Assim que recebi o convite para este almoço, ao ler o nome da pizzaria, lembrei-me logo da farinha 00. Esta farinha é sinónimo de pizza. É uma farinha que descobri em Itália e que é usada para a confeccão da massa da piza. Tem uma grande capacidade de absorção de água. É uma farinha de força, que pelas suas características faz uma massa com grande elasticidade. Um nome fantástico para uma pizzaria!

Confesso que sempre que entro numa pizzaria faço uma pequena viagem até Itália, país que tanto adoro, não só pelos aspectos culturais, como também pela comida! Assim que entrei na pizzaria ZeroZero deparei-me com um espaço de mercearia/charcutaria, onde se podem comprar vários dos bons produtos italianos, como queijos e enchidos, e uma zona de bar, perfeita para os apreciados de Proseeco.


Na sala, escolhemos sentarmo-nos numa das mesas mesmo em frente ao forno de lenha, onde se cozem as pizzas, e simultaneamente, com vista para um pátio interior, cheio de mesas que em dias bonitos de sol, devem encher-se de comensais. A decoração do espaço é elegante, a fazer lembrar cidades cosmopolitas, com candeeiros de cobre e paredes acinzentadas, que à primeira vista nos parecem rebocadas a cimento. Numa das paredes da sala, vemos disposta a madeira de azinho que alimenta o forno.

Para entrada escolhemos uma salada caprese, que é sempre, para mim, uma boa opção. A simplicidade deste prato conquista-nos pela frescura e pelo sabor bom do queijo com o tomate misturado com o azeite de manjericão.


Pedimos também panzanela. A ideia que tenho deste prato italiano é de uma salada de tomate com pedaços de pão, que aqui foi elegantemente empratada. O pão foi esmagado na panela com tomate e azeite, quase como a nossa açorda, e foi servida com pepino, pimento e queijo de cabra. O queijo cabra faz aqui toda a diferença.


E para prato principal escolhemos duas pizzas, que dividimos. Uma com presunto e cogumelos, que se revelou uma deliciosa surpresa. Massa fina, saborosa. Comeu-se tão bem! Percebi que na ZeroZero fazem a massa com um pré-fermento, o poolish, de que vos já falei aqui, e com uma fermentação longa. E este método, indirecto, faz toda a diferença em termos de sabor final da massa.


Tartufi e porcini, foi a outra pizza escolhida. Com mozzarella fresca, cogumelos porcini e queijo asiago. Uma pizza de sabores com personalidade, a destacar-se os aromas perfumados da trufa, mas em que a apresentação não conquista. É uma pizza óptima para dividir, pois tem uma mistura de sabores que cansam mais facilmente o paladar, na minha opinião. Mas na carta da pizzaria tem-se muito por onde se escolher, desde as pizzas mais tradicionais como a margherita, a marinara e a diavola, até outras combinações de sabores mais especiais. Em todas elas se destacam os excelentes produtos italianos.


Terminános a refeição com um mil-folhas de caramelo salgado que estava simplesmente divino. A massa folhada estaladiça, desfazia-se na boca. Que pecado doce tão bom!


Agora que a Primavera chegou, que os dias estão mais bonitos, tenho que voltar à pizzaria ZeroZero e desfrutar do pátio que me fez sonhar. Se quiserem fazer como eu, cheguem cedo, a casa não aceita reservas e rapidamente enche.

terça-feira, 21 de março de 2017

Waffles de banana com canela


Os domingos de manhã, cá em casa, são sempre motivo de alegria acrescida. Temos, por tradição e quando podemos, um pequeno-almoço diferente dos que fazemos durante a semana. Temos sempre o hábito de tomar o pequeno-almoço. Nunca saímos de casa de manhã sem comer, haja muita ou pouca pressa. Aos domingos, os pequenos-almoços são sempre mais especiais. Faço, muitas vezes sumo de laranja natural, coloco queijos na mesa, frutas frescas, iogurte, pão, chá, café, biscoitos e uma vez por outra, temos direito a waffles. Adoro! E vocês?

segunda-feira, 20 de março de 2017

Fevereiro, as coisas boas ...


A felicidade aparece nas nossas vidas de tantas formas, mas nem sempre todas elas muito evidentes. Para a vermos, para a sentirmos, precisamos de estar atentos, despertos para a receber. Desde que me lembro que procuro ser feliz. E a razão da minha felicidade reside no sabor das coisas simples. Procuro a cada dia que passa ou que chega, valorizar tudo de bom que tenho e que recebo.

Vivo com entusiasmo a escolha das flores que alegram as jarras da sala ou da cozinha. Todas as semanas procuro comprar flores frescas, novas, que me ajudam a sentir mais energia. As flores transmitem-nos uma tranquilidade tão especial. Em Fevereiro comprei gerbérias, rosas, malmequeres e cravos para alegrar os meus dias.


Em Fevereiro procurei fazer coisas que me ajudam a ser um bocadinho mais feliz. Gosto de olhar para o céu. Simplesmente, olhar. De ver as formas e as cores das nuvens. De perceber os diferentes tons de azul que o céu nos oferece. E se os dias são cinzentos e chuvosos, procuro também perceber a beleza de um céu zangado, bravo.

Num dos sábados de manhã, de Fevereiro, passei pelo mercado biológico do Príncipe Real. Adoro visitar este mercado. Encontro sempre produtos diferentes. Desta vez trouxe mizuna, beterrabas brancas com veios avermelhados - que comemos cruas, cortadas em fatias finas, numa deliciosa salada - raiz de curcuma, topinambos - que usei numa deliciosa sopa com couve-flor e alho-francês. A ver, se um destes dias, volto a fazer e partilho convosco. Fica mesmo muito boa!

Uma das coisas que me ajuda a ser feliz é a leitura. Acho que ando sempre a ler um ou mais livros. Todos os meses escolho um romance para ler. Em Fevereiro escolhi a obra A Improbabilidade do Amor, uma história feliz com muitas peripécias à volta de um quadro. Lê-se muito bem. Li também A Revolução SmartFood, um livro que nos chama a atenção para o modo como nos alimentamos e destaca alguns alimentos com características muito benéficas para a nossa saúde. Tive também ainda tempo para ler O Diabo na Cozinha de Marco Pierre White. Um livro fantástico sobre a ascensão deste grande chef, que inspirou e formou muitos dos actuais chefs estrela de Inglaterra, incluindo Gordon Ramsay. Uma obra biográfica que nos mostra como se vive e trabalha nas cozinhas profissionais. Muito bem escrito, com sentido de humor, mesmo nas situações mais dramáticas. Um livro que recomendo a quem procura saber mais sobre grandes chefs e sobre o modo como se chega ao mundo das estrelas Michelin.

Fevereiro é um mês muito especial. Foi num dia feliz de Fevereiro, em 2006, que decidi criar um blogue de comida e viagens a que dei o nome de Cinco Quartos de Laranja. Fez, este ano, 11 anos! Que idade tão bonita. Quase a entrar na adolescência! :)

Usei pela primeira vez arandos. Fiz um fantástico bolo de arandos e laranja que fez as delícias cá de casa e de quem teve a oportunidade de o provar. Experimentei também, pela primeira vez, a couve kale. Em chips fica tão boa!

Estive na festa de apresentação do Festival do Butelo e das Casulas, num jantar maravilhoso realizado no restaurante Nobre pela chef Justa Nobre, um dos grandes nomes femininos da cozinha portuguesa da actualidade. Fui conhecer as tendências de sabor da Margão num jantar memorável confeccionado pelo chef ribatejano, Rodrigo Castelo n'Apartamento. Este jantar foi uma viagem de sabores incrível.


Em Fevereiro passei pelo mercado do chocolate que teve lugar a praça de touros do Campo Pequeno. Quase todos os anos visito este certame. Tive a oportunidade de conhecer algumas marcas portuguesas e de provar os chocolates do Peru, entre outras deliciosas experiências, que começaram logo no cocktail de apresentação do evento.


Em Fevereiro fiz pão. Pão bom. Com pré-fermentos, que amassei com a força das minhas mãos e que partilhei com a minha família. Nem imaginam como se sinto feliz quando para um encontro ou almoço da família me pedem para levar um pão! Quem já começou a fazer pão em casa? Foi em Fevereiro que fiz o meu primeiro workshop de pão.


Aos domingos, cá em casa, é dia de pequeno-almoço melhorado. É uma forma de nos mimarmos, de podermos desfrutar de uma manhã com calma. De podermos quebrar a rotina da azáfama do dia-a-dia sempre com a agenda preenchida. É um momento para rirmos. Para falarmos das coisas boas da vida.

Em Fevereiro procurei a felicidade nos sorrisos dos outros. Nos dias bonitos de sol e de céu azul, nas tardes passadas em frente à lareira. Nos passeios pelo campo, entre as folhas caídas das árvores e o latir da Patanisca. Num cartucho de castanhas assadas quentinhas, comprado na baixa. Numa caminhada ao final do dia, de mão dada. E como diz Carlos Drummond de Andrade, « Ser feliz sem motivo é a mais autêntica forma de felicidade ».

Que Março nos traga muitos sorrisos e dias felizes!

Workshop Doces e Folares de Páscoa em Lisboa


No próximo dia 2 de Abril de 2017 vamos ter um workshop de Doces e Folares de Páscoa, na escola de cake design IstoFaz-se, em Lisboa, das 10h às 13h. Este é um workshop único onde terão a oportunidade de trabalhar massas lêvedas doces e aprender algumas receitas tradicionais para colocar na mesa de Páscoa. Vai ser uma manhã muito especial onde iremos confeccionar:

- O folar tradicional com o ovo cozido, um folar de rosas, lindo, com doce de gila e amêndoa;
- Um pão doce entrançado com recheio de doce e fios de ovos;
- Iremos preparar também uma boleima de maçã com nozes que é maravilhosa;
- Um bolo ninho com cobertura de chocolate e decorado com fios de ovos e amêndoas de chocolate;
- E como não poderia deixar de ser, iremos fazer também um pão-de-ló, fofo, tipo de Margaride.

Vamos ter uma mesa de Páscoa doce e muito bem composta! Quem me faz companhia?

EUR 40 Inscrições e mais informações:
escola@istofaz-se.pt   218 078 640   IstoFaz-se
( Realização do workshop sujeito a nº mínimo de participantes )

sexta-feira, 17 de março de 2017

Vamos fazer pão: Pão branco


Há diferentes maneiras de fazermos bom pão. Desde que comecei a rubrica Vamos Fazer Pão que procuro, às sextas-feiras, dar-vos a conhecer um pouco mais do maravilhoso mundo do pão.

O método que hoje vos quero apresentar é a autólise. Este método foi desenvolvido pelo professor Raymond Clavel, químico de formação, mas um verdadeiro conhecedor da arte de fazer pão. O modo como aprendi a fazer pão e como vi sempre a minha mãe a fazer, é, misturar todos os ingredientes, farinha, fermento, água e sal. E de seguida, amassar. Mas o professor Ryamond mostrou que se misturarmos primeiro a farinha com a água e a deixarmos descansar pelo menos durante 20 a 30 minutos, conseguimos obter melhores resultados, ao nível do sabor e da textura.

A autólise serve para relaxar o glúten e encurtar o tempo de amassar, conserva melhor os nutrientes das farinhas pois evita a oxidação resultante de amassadura. A massa fica com uma elasticidade fantástica, o que a torna facilmente moldável. Depois de deixarmos descansar a massa, é que juntamos os restantes ingredientes do nosso pão. Este método pode ser usado em qualquer receita de pão. É tão fácil, não é?

quarta-feira, 15 de março de 2017

Doce de melão com maçã e canela


A época dos doces e das compotas, cá em casa, está oficialmente aberta. Até ao Natal, vou sempre fazendo doces e guardando frascos de produtos que uso, como as azeitonas, mel, entre outras coisas. Ofereço os doces à família, aos amigos e às colegas de trabalho, quando nos encontramos para os nossos almoços de confraternização.

Desde miúda, que tenho um carinho especial pelos doces feitos em casa. Para além de terem outro sabor, de podermos fazer diferentes misturas, de usarmos especiarias, são uma forma de aproveitar a fruta. E foi isso que aconteceu neste meu primeiro doce de 2017. Tinha cá em casa um melão que a minha mãe me tinha oferecido. Um melão para duas pessoas acaba por ser muito e depois de duas ou três fatias saboreadas no final das refeições, o restante foi para o tacho com umas maçãs amarelas, açúcar e canela. O resultado foi um doce guloso para saborearmos ao pequeno-almoço.

terça-feira, 14 de março de 2017

Dip de queijo creme com iogurte e ervas frescas


Quando recebemos amigos ou família em casa para uma festa, penso logo no prato principal e nas sobremesas e, muitas vezes, esqueço-me dos aperitivos. O modo como se começa uma refeição é também muito importante. Tradicionalmente, se forem como eu, colocam na mesa azeitonas temperadas, uns queijinhos, umas fatias de presunto ou uns enchidos.

Mas, há por vezes sugestões para colocar na mesa e irmos petiscando enquanto não chega a entrada ou o prato principal, que não dão muito trabalho e fogem do que é habitual. Deixo-vos, hoje, uma dessas sugestões, uma pasta de queijo creme com iogurte e ervas, servida com pinhões tostados e um fio de azeite. Fica tão bom e prepara-se num abrir e fechar de olhos.

segunda-feira, 13 de março de 2017

Folhado de salmão com manteiga de ervas


Há receitas que me despertam a curiosidade. Vejo alguém preparar e penso que tenho que repetir cá em casa. Há uns tempos atrás, vi o chef Henrique Sá Pessoa preparar um folhado de salmão com manteiga de ervas, que serviu com uma salada de verdes com frutos secos a que achei muita piada. A semana passada ao descongelar uns lombos de salmão decidi que estava na hora de experimentar fazer a receita cá em casa. A massa folhada crocante, a desfazer-se ao toque da faca, misturada com a suculência do peixe resultou muito bem.

sexta-feira, 10 de março de 2017

Vamos fazer pão: Pão de mistura


Paciência é uma das virtudes requeridas quando se quer fazer bom pão em casa. Ou melhor, paciência e tempo são instrumentos requeridos para fazermos pão. As massas precisam de tempo para descansar, para que o glúten se desenvolva, para ganharem elasticidade. E nós temos que ter paciência e esperar que tudo aconteça. É mesmo dar tempo. Não é preciso grande esforço ou trabalho da nossa parte para fazermos, em casa, um pão especial. Tradicionalmente podemos fazer pão em pouco mais de 2 horas. Usando um método directo. Massa, farinha, água, sal e fermento de padeiro. Amassamos. Em 1 hora leveda. Enrola-se o pão. Leveda mais meia hora e vai para o forno. Mas o sabor do pão não se constrói com pressa.

Para que o sabor do pão se desenvolva, para que a acidez evolua, precisamos de tempo e paciência. Um ambiente quente, por exemplo, uma cozinha em que se acabou de fazer toda a manhã uso do forno, a massa vai fermentar mais rapidamente. Usamos água morna, tépida, para que o fermento comece logo a reagir. A temperatura ambiente é um factor que influencia a fermentação da massa. No Verão o pão leveda mais rapidamente do que no Inverno.

Um pão feito com tempo é um pão mais saboroso. Usa-se muito menos fermento e recorre-se aos pré-fermentos (poolish e biga) ou à massa-mãe. A fermentação é mais lenta. A massa tem tempo para desenvolver sabores. Para fazer pão bom, o segredo é simples. Menos fermento, mais tempo e paciência da nossa parte, e o resultado final será um pão guloso, com uma textura fofa e firme. É um pão que se aguenta fresco durante muito mais tempo. É um pão cheio de sabor!

Quando se começa a dominar a arte de fazer pão, apaixonamo-nos pelas massas lêvedas. Cria-se uma relação de amor. Acreditem! Vamos fazer pão?

quinta-feira, 9 de março de 2017

Musse de limão


Gosto de ser mulher e de todas as coisas que envolvem esta condição de género. As mulheres são filhas, são amigas, são companheiras e são mães. Somos irmãs. As mulheres são guerreiras, fortes, e determinam o eixo vertical de uma família. Há mulheres que são uma inspiração. Que lutam pelo que acreditam. Que fazem a diferença na sua e na vida dos outros. Eu gosto de mulheres assim. Que me deixam a pensar que se persistir, se trabalhar e escolher os caminhos certos, também eu vou conseguir chegar lá e fazer a diferença. Em tudo na vida, há que acreditar, não baixar os braços e seguir em frente de cabeça erguida.

Ser mulher é ser especial. É ter um laço de carne, de sangue, com os filhos. Esta é uma das forças que nos distingue, mas felizmente não é a única. Com filhos ou sem filhos, há que ter o coração forte, corajoso. Há que ter confiança e valorizarmo-nos a nós mesmas a cada dia que passa. É olhar no espelho e gostar do que se vê, com ou sem maquilhagem, com saltos altos ou de chinelos de enfiar no dedo. E quando um dia acharmos que não estamos bem com o nosso corpo, com uns quilos a mais, com as primeiras rugas que nos começam a marcar o rosto, com os muitos cabelos brancos que os quarenta nos trazem, nessa altura há que tomar as rédeas da vida, fazer decisões e escolher aquilo que nos faz felizes. Não devemos ter medo de mudar ou de fazer diferente. Ser mulher é mudar de ideias, é ter a coragem de um dia fazer de outra maneira aquilo que achávamos que nunca íamos conseguir mudar.

Ser mulher é podermos escolher os caminhos que queremos seguir, sem recriminações, ou preconceitos. É assumir aquilo de que gostamos, quer os outros gostem ou não. E para isso, é preciso força, determinação e coragem. É tão bom ser mulher!

Para todas as mulheres bonitas, deixo-vos, hoje, uma deliciosa musse de limão. Ser mulher é também cuidar daqueles que nos estão próximos, é mimá-los com coisinhas doces que reconfortam o corpo e fazem sorrir a alma. Quem prova esta musse, diz que tem o sabor das nuvens! Feliz quinta-feira!

quarta-feira, 8 de março de 2017

O primeiro workshop na escola Isto Faz-se, em Lisboa, foi assim


Dezembro traz o Natal, para mim, uma das épocas mais bonitas do ano. É a altura privilegiada para juntar a família. O Natal é a festa da família, é o momento para estarmos juntos, com ou sem presentes. E entre os pratos tradicionais, servidos nesta época, de peru ou de bacalhau, na mesa de festa não podem faltar os doces. O que seria do Natal sem os sonhos polvilhados com açúcar e canela, ou sem uma travessa de arroz-doce? E o meu primeiro workshop na escola de cake design Isto Faz-se, em Lisboa, foi dedicado aos doces tradicionais de Natal.


O workshop decorreu numa manhã de um Domingo de bom tempo, cheio de luz e contou com um grupo de participantes muito simpáticas e divertidas. Foi uma manhã de Domingo muito feliz.

Entre as diversas iguarias preparadas contam-se os sonhos, daqueles que se revelam ocos e fofos assim que os trincamos. Tão bons! Fazer sonhos também tem os seus segredos no que toca à consistência da massa, como verficámos neste workshop. Preparámos uma Coroa de Natal que faz sempre sucesso assim que chega à mesa. Esta coroa é feita com uma massa lêveda enriquecida com especiarias e depois recheada com frutas cristalizadas maceradas em vinho do Porto. Fizemos também rabanadas servidas com uma calda de vinho do Porto e farófias cozidas no forno, que ficam uma verdadeira maravilha.


No final, reunimo-nos à volta da mesa, entre risos e muita conversa, para degustarmos tudo o que foi preparado. Nos meus workshops há sempre uma enorme partilha de ideias, para além das receitas confeccionadas, explicam-se alguns dos porquês de se fazer uma receita de determinado modo, dão-se sugestões para outras versões. Eu sinto sempre que aprendo também com quem vem aos meus workshops.


Nos dias 11 e 12 de Março volto à Isto Faz-se para dois fantásticos workshops. No dia 11, vamos preparar receitas para um brunch, refeição que junta o pequeno-almoço e o almoço, ideal para preparar para a família nos dias em que se têm tempo para desfrutar os prazeres da mesa. No dia 12, Vamos Petiscar? - um workshop com receitas para petiscos que vão surpreender.

Quem me faz companhia?

EUR 40 Inscrições e mais informações:

escola@istofaz-se.pt   218 078 640   IstoFaz-se
( Realização do workshop sujeito a nº mínimo de participantes )

terça-feira, 7 de março de 2017

Salada de bulgur com peito de peru com ervas


Março anuncia a chegada da Primavera. Os dias revelam-se crescidos e cheios de luz. Os pássaros espalham felicidade com o seu chilrear namoradeiro enquanto constroem os ninhos nos beirais das casas abandonadas. Os campos revestem-se de um manto verde, intenso, e os canteiros ganham flores. A vida renova-se. Há mais energia no ar. Os mercados enchem-se de legumes e frutas tenras, cheias de sabor. Nesta altura do ano começam a apetecer as comidas mais leves, frescas e de preferência muito coloridas, a combinar com a estação.

Quando a Primor me desafiou a criar uma receita com um dos seus mais recentes produtos, o peito de peru com ervas, decidi usá-lo numa salada. Cortado em cubos, resulta de forma deliciosa e torna as saladas muito saborosas. Adoro saladas para uma refeição ou até para levar para o trabalho. O peito de peru com ervas é ideal para quem gosta do sabor dos produtos de charcutaria mas que quer cortar nas calorias, fazendo uma alimentação mais equilibrada.

segunda-feira, 6 de março de 2017

Workshop 11 anos Cinco Quartos de Laranja em Lisboa


No sábado, dia 18 de Março de 2017 das 10h30 às 13h30, vamos comemorar o décimo primeiro aniversário do Cinco Quartos de Laranja com um workshop na ACPP - Associação de Cozinheiros Profissionais, em Lisboa. Este workshop é oferecido aos leitores do blogue pela Pescanova.

Iremos preparar receitas muito práticas que podem depois reproduzir em casa. Cada um delas, irá ter um ingrediente Pescanova em destaque. Vamos confeccionar várias entradas, algumas delas feitas para a rubrica Pescanova aqui no blogue, como o miolo de camarão ao alhinho na frigideira. Para prato principal teremos arroz de polvo muito malandrinho. Vamos também aprender a confitar bacalhau e a preparar um gratinado de bacalhau com legumes que vai de certeza surpreender. Vamos ter também uns suculentos medalhões de pescada feitos no forno, entre outras sugestões que nos vão fazer crescer água na boca. No final, reunimo-nos à volta da mesa para degustarmos tudo o que foi confeccionado, entre risos, conversas e boa disposição. Vai ser uma manhã cheia de sabor!

A Pescanova vai oferecer convites duplos para este workshop. Quem quiser participar e comemorar, em jeito de festa, os 11 anos de Cinco Quartos de Laranja, basta:

- Levar consigo um exemplar do meu livro O Livro de Petiscos da Isabel;

- Inscrever-se através do preenchimento do formulário a seguir apresentado, até às 24h do dia 14 de Março de 2017.

Serão seleccionados aleatoriamente 8 convites duplos para o workshop. Os contemplados serão contactados, a partir do dia 15 de Março de 2017. Cada convite é válido para duas pessoas.

Inscrevam-se. É uma oportunidade muito especial!



sexta-feira, 3 de março de 2017

Dicas sobre como fazer bom pão em casa


Fazer bom pão em casa pode parecer, à primeira vista, uma tarefa difícil, mas a verdade é que não custa nada. Ou melhor só custa tomar a decisão e meter as mãos na massa. Fazermos o nosso próprio pão é algo muito especial. É dar continuidade a uma arte com mais de 6.000 anos de história. Em termos de custos é muito acessível, os ingredientes encontram-se facilmente à venda numa ida ao supermercado, farinha, água, sal e fermento. E com as dicas que vos deixo hoje, ainda vai ser mais fácil. Aceitam o desafio? Vamos fazer pão?


Os ingredientes base para fazer pão:

1) Farinha
Para fazer pão usa-se normalmente farinha de trigo T65 ou T55. Para fazer um pão mais escuro, com fibra, podem recorrer às farinhas de trigo T80, T110 ou T150.

As farinhas são mais ou menos completas. E são classificadas pelo seu teor de minerais: a farinha T45, é uma farinha muito branca e refinada, contém apenas o coração do grão de trigo e poucos minerais, enquanto que a farinha T150, é mais completa e menos refinada, contém o grão de trigo inteiro e muitos minerais, é feita uma moagem integral. Se lançarmos uma farinha branca a um forno quente, o resíduo - "a cinza" - será pouco. Se lançarmos uma farinha integral, o resíduo será muito maior, dado que contém maior quantidade de sais minerais. É esta percentagem de cinzas que define comercialmente o tipo de farinha.

A vantagem de fazermos pão em casa é que podemos escolher a nossa farinha ou fazermos pão com diferentes farinhas.

2) O fermento
O fermento é um organismo vivo composto por milhões de pequenos micro-organismos. Esses micro-organismos consomem os ingredientes da massa, o açúcar e o oxigénio, e como consequência, libertam gases responsáveis pelo volume, textura, aroma e sabor característicos dos pães. Podemos encontrar fermento fresco de padeiro, vendido em cubos, normalmente, de 25g. Ou fermento seco, desidratado (levedura seca), vendido em caixas com saquetas de 4,6g ou de 11g. Para 500g de farinha normalmente utiliza-se 20g de fermento de padeiro fresco e 7g de fermento seco. Uma das vantagens da levedura seca é o prazo de validade alargado.


3) A água
A água deve ser usada na quantidade certa. Uma farinha integral precisa de mais água do que uma farinha branca. Duas farinhas brancas, de marcas diferentes, podem ter taxas de hidratação diferente. Para 500g de farinha de trigo T65 usa-se 300ml de água.

Uma água com muito cloro pode influenciar a acção do fermento. A água pode ser substituída por leite, leites vegetais, água de cozedura de legumes, etc., dependendo do tipo de pão que se quer fazer.

Para accionar mais rapidamente a acção do fermento a água deve estar morna. Tépida. Nunca mais do que 37ºC. Uma água demasiado quente pode matar o fermento.


4) O sal
O sal é um factor importante para a conservação do pão e ajuda a formar a cor da crosta. Não se deve misturar com o fermento, pois retarda a acção deste. A legislação portuguesa estabelece o uso de 14g de sal por 1Kg de farinha, em termos comerciais. Mas em casa podemos usar 8g a 10g por 500g de farinha. Dado que se dissolve mais rapidamente, recomenda-se o uso de sal fino. Mas caso queiram usar sal grosso, marinho, dissolvam-no previamente num pouco da água reservada para amassar.

Vamos fazer pão?

quinta-feira, 2 de março de 2017

Bolo de pistácios com cardamomo e chocolate branco


O dia do nascimento é um marco na nossa vida. É um dia para ser lembrado e comemorado. Tenho uma amiga, que entre a família, os "grandes presentes" são dados no dia de aniversário de cada membro e não no Natal. O dia de aniversário é o dia especial de cada um de nós. É o dia que nos lembra a importância da vida, que marca a nossa existência. E por isso há que comemorar e agradecer.

Agradecer por cada ano que passa, agradecer por poder partilhar o dia de aniversário com a família, agradecer por podermos reunir os amigos, agradecer a possibilidade e a dádiva da vida. O dia de aniversário é para ser um dia feliz.

Esta semana houve festa em família. O meu sogro fez anos e fui eu quem fiz o bolo para festejarmos este momento e cantarmos, à volta da mesa, os parabéns a você. Espero para o ano poder voltar a fazer o mesmo! Haja saúde, que a festa fazemos nós!

quarta-feira, 1 de março de 2017

Bacalhau confitado com batatas assadas e grelos cozidos


Um dos ingredientes que procuro ter sempre no meu congelador é bacalhau demolhado. Descongela com relativa facilidade e podemos fazer mil e um pratos para a família. As postas de bacalhau mais finas uso-as muitas vezes para receitas em que as posso desfiar. Agora os lombos, adoro cozinhá-los inteiros para que brilhem assim que chegam à mesa.

Gosto de os cozinhar em azeite. Este processo chama-se confitar. E podemos confitar o bacalhau no forno ou no tacho ao lume. A receita que partilho convosco, hoje, inserida na rubrica Pescanova, é de uns tentadores lombos de bacalhau confitados no tacho. É um processo tão simples e rápido que deixa o bacalhau suculento, com a carne firme e delicada, que se desfaz em lascas sob o toque do garfo.