sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Pêssegos em calda

Como aproveitar o que de bom o Verão nos oferece, principalmente de frutas e legumes?

Tenho o privilégio de ter uma terra e uma horta, que nos vai brindando com coisas boas e em abundância, nesta altura do ano.

Com alguns legumes, como cebola, beterraba, etc., o destino são frascos de picles.

Tomate: Todos os anos congelo tomate, inteiro, com a pele. E congelo, também, transformado, seja em molho de tomate ou em passata. Para além disso, faço também doce de tomate e chutney.

Figos: Os figos são aproveitados para saladas, sobremesas, para doces, chutney e compotas. Secamos também figos. Para terem uma ideia, os figos são secos ao Sol, tarefa feita pela minha mãe, que os vai virando e escolhendo. Depois de secos, lavo-os em duas águas. A primeira, água morna e sal, e depois numa segunda água com água morna, sal e azeite. Seco-os com papel de cozinha e coloco-os num tabuleiro. Levo ao forno pré-aquecido a 170ºC durante cerca de 5 minutos. Deixo arrefecer, divido em sacos e congelo.

Marmelos: Os marmelos vão para a panela e fazemos marmelada, que todos adoramos. Por aqui, servimos a marmelada com queijo, com pão de ló, etc. Serve até de recheio para Bolas de Berlim. Também costumo fazer marmelos em calda.

Conservar a fruta em calda, é uma excelente maneira de aproveitarmos a abundância que o Verão nos oferece. Deixo-vos a receita dos pêssegos em calda, que ficam maravilhosos. Estes pêssegos podem ser servidos assim com a calda para acompanhar gelado ou uma fatia de bolo. Podem ser usados, também, para recheios de bolos, por exemplo. Ou então, podem servi-los assim com a calda e são uma óptima sobremesa e uma excelente maneira de enfrascar o Verão!

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Tártaro de tomate

Por aqui, as férias continuam. Este ano, são umas férias passadas no Ribatejo com a família. Para além das caminhadas, leituras, noites de cinema no sofá, tenho também procurado aproveitar a abundância de coisas boas que trago da horta. Nesta altura do ano, o tomate chega-nos na sua plenitude de sabor e, por isso, tento aproveitá-lo da melhor forma. Um destes dias, para uma entrada, fresca, fiz um tártaro de tomate. Experimentem!

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Menu semanal #223

Para o menu desta semana, decidi escolher receitas frescas e práticas como sopas frias, saladas, sandes, grelhados e sobremesas com fruta. Espero que gostem e que se inspirem.


Ver também menu semanal #222.

sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Pão torrado com tomate

Por aqui, estamos em modo de férias. Almoços e jantares sem pressas. Caminhadas. Muitas leituras. Este verão escolhi ler:
- A Escola Culinária de Paris de Sophie Beaumont;
- Um Chá em Tóquio de Julie Chaplin;
- Os Segredos da Pequena Taverna Grega de Erin Palmisano;
- Com Uma Pitada de Canela de Elizabeth Acevedo.
Já comecei a ler Com Uma Pitada de Canela, estou mesmo nas primeiras páginas, mas depois digo-vos se gostei. Sabem que adoro ler romances com comida!

Em termos de cozinhados, tenho feito doces e compotas e procurado aproveitar o tomate que nos chega da horta. Uma das receitas que fiz, foi inspirada no pan con tomate dos nossos hermanos! Espero que gostem.

sexta-feira, 16 de agosto de 2024

Doce de tomate com gengibre

Todos os anos, nesta altura do ano, gosto de aproveitar a abundância de tomate e fazer doce de tomate. Já partilhei convosco o doce de tomate da minha mãe, doce de tomate com baunilha, doce de tomate com maçã e canela, doce de ameixa e tomate, doce de melão com tomate, o ano passado fiz doce de tomate com pera e doce de tomate com gengibre. Na altura não partilhei a receita, mas este ano voltei a fazer e deixo-vos então o modo como preparei este doce que surpreende quem prova.

O doce de gengibre fica ligeiramente picante - há quem estranhe! - e pode ser usado para servir com pão ou torradas, mas aqui por casa, para além disso, gostamos de o consumir com queijo. Por exemplo, é óptimo, para colocar numa tábua com diferentes queijos e surpreender a família. Agora que encontramos bom tomate, experimentem!

terça-feira, 13 de agosto de 2024

Gaspacho de tomate e melancia

Um destes dias, ao ver uma publicação de uma pessoa sentada num sofá com roupas glamorosas, daquelas que só uma peça custa, pelo menos, um ordenado, numa casa luminosa, magnífica, esplendorosa, daquelas que criam desejo e nos abrem as portas para a secção dos sonhos difíceis - leia-se impossíveis - de concretizar, quando dei por mim, estava a questionar-me sobre o luxo. O que é o luxo?

Luxo é tudo aquilo que é caro? De uma maneira geral, sim. «Etimologicamente, a palavra luxo deriva do latim lux, que significa luz, brilho e iluminação. Está associada a algo brilhante, precioso, desejável e exclusivo.» Há roupas, sapatos, casas, carros, jóias, relógios de luxo. Este tipo de luxo existe, é inegável. É um tipo de luxo acessível a poucos - e por isso, também, tão atrativo - estando associado à pose de muito dinheiro.

É esse o tipo de luxo que queremos na nossa vida? Todos queremos viver bem, de forma confortável e, por isso, o luxo ser apreciado de formas diferentes. Mas ao fazer esta pergunta, lembrei-me de uma frase de Otto von Bismarck, a liberdade é um luxo a que nem todos se podem permitir. Mais do que bens materiais, que nos dão status social ou que nos categorizam economicamente - e que obviamente são importantes, luxo, hoje em dia, é termos liberdade. É podermos fazer escolhas. É termos tempo para fazer coisas de que gostamos ou para estarmos com a família e os amigos. É termos saúde e não precisar de ir para um hospital.

Mais do que vivermos focados em conseguir os grandes luxos, podemos concentrar-nos nos pequenos luxos, ou nos nossos luxos simples do quotidiano, que nos preenchem a alma e nos trazem a felicidade da satisfação. Então, que luxos encontro na minha vida que me ajudam a viver de forma menos complicada, a sentir-me melhor comigo e com os outros?

Para mim, luxo é ter trabalho. Ter um trabalho que me motiva e que me ajuda a ter um propósito. É dormir bem, sem preocupações ou ansiedades. É poder namorar. É olhar para o céu azul, num dia bonito e sorrir. É andar junto ao mar e sentir a tranquilidade do cheiro fresco a maresia. É tomar café no silêncio do campo. É combinar fazer doces, para o ano inteiro, com a sogra. É poder ter uma horta com a mãe.

Colocar na mesa coisas que plantei, com a minha mãe, é algo a que, hoje, ainda me posso dar ao luxo! Luxo é, também, partilhar coisas boas e saborosas com vocês. A receita de hoje, tem muitos ingredientes que trouxe da horta, principalmente o tomate. Espero que gostem!

Grata por redescobrir a alegria das pequenas coisas nas experiências do dia-a-dia e apreciar o requinte da simplicidade.

segunda-feira, 12 de agosto de 2024

Menu semanal #222

As comidas de Verão, por norma, querem-se frescas e práticas. Para vos ajudar a organizar as refeições da semana, deixo-vos, hoje, um menu cheio de sugestões para esta altura do ano. Espero que gostem e que se inspirem.


Ver também menu semanal #221.

sexta-feira, 9 de agosto de 2024

Burrata com tomate cereja assado

Porque é que as férias são boas? Feita a pergunta e, depois de um sorriso, a resposta que imediatamente surge, é:- toda a gente sabe porque é que as férias são boas. Mas, vamos lá então!

As férias são boas, porque nos permitem quebrar a rotina do trabalho ou de outras responsabilidades. São uma lufada de ar fresco num dia tórrido. Permitem-nos tirar tempo para descansar e, principalmente, para desacelerar! Dão-nos tempo para fazermos algumas coisas que durante o ano não conseguimos ou, permitem-nos realizar atividades divertidas com as pessoas de quem gostamos.

As melhores férias são aquelas em que desfrutamos de novas experiências - passear, ir à praia, olhar para o céu, fazer uma caminhada num passadiço numa região inspiradora, estar com a família e com os amigos sem olhar para o relógio, sem pressas e, por vezes, nem saber o dia da semana em que se está. As melhores férias são aquelas em que conseguimos algumas recompensas, principalmente emocionais, como organizar um churrasco, fazer uma sardinhada, um piquenique ou ir comer um prato famoso de um restaurante de que ouvimos falar o ano inteiro.

As férias dão-nos tempo para experimentarmos novos sabores e novas receitas, são uma forma de trazer a felicidade para a mesa. Nesta altura, é fundamental quebrarmos as rotinas das comidas de sempre, do dia-a-dia, para depois termos saudades e, voltarmos às nossas rotinas renovados, com mais energia para recomeçar. Para experimentarem e partilharem nestas férias, deixo-vos uma receita que vai surpreender e encantar. Experimentem!

quinta-feira, 8 de agosto de 2024

Salada de atum com curgete grelhada

As saladas são, muitas vezes, a opção para quem procura fazer uma alimentação mais equilibrada. De há uns anos para cá, que procuro incluir mais plantas nas minhas refeições. E quando digo mais plantas, não quer dizer que faça uma alimentação vegetariana. Podem ver aqui os livros que me inspiraram a mudar a minha alimentação.

A Organização Mundial de Saúde recomenda a ingestão de, pelo menos, 400 g de vegetais e frutas por dia. A ingestão diária de uma grande quantidade de plantas contribui significativamente para a diminuição do risco de desenvolvimento de doenças. "Isto porque todos estes ingredientes possuem baixas calorias, são muito ricos nutricionalmente, apresentam um alto teor de água e, em regra, são facilmente digeridos pelo organismo." Segundo Tim Spector, o ideal, será comer 30 plantas por semana, como podem ler aqui.

Neste sentido, deixo-vos um desafio. Neste Verão comam, pelo menos, uma salada por dia! Para se inspirarem, deixo-vos uma salada de atum com curgete grelhada.

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Pataniscas de curgete

Gosto de traçar objetivos, de escrever listas e, depois, ir vendo se consigo ou, não, cumprir. Traçar objetivos, para mim, é como uma dinâmica de organização. Gosto de colocar no papel algumas coisas que gostaria de fazer, mas sem grandes ansiedades ou stresses. A lista de objetivos é, sempre, uma orientação e, não, uma imposição.

Este Verão, gostava de:
- Fazer uma sardinhada com a família;
- Cuidar do jardim e da horta. Fazer novas sementeiras;
- Ir à praia. O ano passado, fui muito pouco e, sinto que o contacto com o mar, o sol, a areia, e uma ou outra bola de Berlim, só nos fazem bem!
- Visitar o Santuário de Fátima;
- Cozinhar mais com o que a horta me vai dando.

Todos os anos procuro congelar a abundância que a horta me oferece. Apesar de o congelador ser um excelente aliado e, de o usar imenso, este ano, decidi consumir mais coisas da horta assim que as apanho. Nesse sentido, um destes dias, decidi fazer umas pataniscas de curgete. Deixo-vos, hoje, a receita.

terça-feira, 6 de agosto de 2024

Gaspacho de tomate amarelo com açafrão

Verão é sinónimo de férias. E foi numas férias pela Andaluzia que passei a gostar de sopas frias ou, melhor, de gaspachos. As viagens têm o poder de nos transformar.

E se as férias forem por casa, podemos viajar através de leituras - este Verão já vos mostrei as viagens que fiz através dos livros - A Escola Culinária de Paris, Um Chá em Tóquio e, agora, Os Segredos da Pequena Taverna Grega.

E para onde me levaram estes últimos livros que li?

Paris, é sempre, um destino a que quero voltar, pelos museus e monumentos, pelos mercados, pelos queijos, pelos doces, pelo glamour e inspiração de tanta coisa ligada à comida. Se já tinha uma ideia interessante de Tóquio, com o livro de Julie Caplin ainda mais apaixonada fiquei. Ver as cerejeiras em flor, assistir a uma cerimónia de chá, experimentar sushi, ramen ou tempura, em locais tradicionais no Japão, deve ser algo muito especial. E claro, a Grécia. Mais um destino que tenho na minha lista de viagens. Ao ler o livro Os Segredos da Pequena Taverna Grega só me lembro das imagens lindas dos casarios brancos a contrastar com o azul intenso do céu e do mar, que pululam pela Internet.

Os locais para onde viajamos deixam-nos, sempre, um pouco mais felizes, pelas paisagens, pelas experiências e pela comida. Se não vamos, pelos livros, imaginamos e pela comida experiênciamos. Deixo-vos, hoje, a receita de um gaspacho, para que possam também viajar pelos sabores que outras paragens nos podem oferecer. Boas viagens!

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Menu semanal #221

Esta semana volto a partilhar convosco um menu cheio de sugestões frescas e, muito práticas, para esta altura do ano. Espero que gostem e que se inspirem!


Ver também menu semanal #220.

sexta-feira, 2 de agosto de 2024

Doce de curgete com baunilha

Aos anos que queria partilhar convosco esta receita. Por uma ou outra razão, a ocasião foi passando. Mas este ano, tenho três pés de curgete na horta que fiz com a minha mãe. Já vos falei deste projeto. Desde a morte do meu pai que decidi fazer uma horta com a minha mãe. No primeiro ano, tivemos pouca coisa. Umas favas, couves, cebolas, salsa e alfaces. No segundo ano, já nos aventurámos mais. Para além das favas, couves, tomateiros, abóboras, chuchus, curgetes, pimentos, pepinos, tivemos feijão-verde e batata-doce. Este ano, perdemos a cabeça e enchemos a terra de coisas boas. Para além de tudo o que semeámos o ano passado, este ano, acrescentámos ervilhas, beterrabas e alho-francês.

Ter uma horta torna-se terapêutico. A horta precisa que se lhe olhe por ela, todos os dias. Para além da água, adubos, cuidados com as pragas, precisa, essencialmente, de carinho. O que a horta trouxe à minha mãe, na minha opinião, foi um propósito. Todos os dias que se levanta sabe que tem que ir cuidar da horta. A horta depende dela. E depois, como valorizamos tudo o que a horta produz, isso deixa-a feliz. A felicidade é meio caminho para uma vida mais longa ou, pelo menos, ajuda. Gosto de acreditar que sim!

E o que é que a horta me trouxe a mim? Para além de todas as coisas boas que posso colher, trouxe-me mais proximidade com a minha mãe. Trouxe-me algo para fazermos as duas, algo que nos une num único propósito. Trouxe-me muito trabalho, claro! - tanto que por vezes, penso "será que sou capaz?"! Mas para além disso, trouxe-me a vontade de aprender, de saber mais, de procurar informação sobre como plantar e cuidar da terra. Trouxe-me a vontade de guardar sementes e de partilhar plantas com os vizinhos e os amigos. Trouxe-me também o prazer de colocar na mesa o que colho da minha terra.

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Torradas caprese com curgete grelhada

Agosto, para mim, é um mês para desacelerar. Por aqui, é tempo de procrastinar, de beber café com tempo, de ir à horta, de ler, principalmente romances com referências a comida. Acabei de ler A Escola Culinária de Paris de Sophie Beaumont e, comecei Um Chá em Tóquio de Julie Chaplin. Este tipo de livros, inspira-me, dá-me a conhecer receitas ou combinações de ingredientes que acho improváveis. Para terem uma ideia, no livro A Escola Culinária de Paris fala-se de um gaspacho de feijão verde, de uma salada de alho-francês, de muitos queijos, entre muitas outras indicações que me apetece experimentar.

Na lista de livros a ler no Verão, acabei de adicionar Com Uma Pitada de Canela de Elizabeth Acevedo e Os Segredos da Pequena Taverna Grega de Erin Palmisano. Penso que serão mais dois livros com histórias cheias de sabores.

Para além dos livros, a minha cozinha, nesta altura do ano, faz-se com os ingredientes da estação e que nos ajudam a superar os dias quentes. Para aproveitar o tomate e a curgete da horta, fiz uma entrada que nos deliciou. Espero que gostem!