quinta-feira, 30 de junho de 2016

Restaurante Flores do Bairro em Lisboa


Lisboa é uma cidade com poesia. Gosto da luz, das ruas estreitas de Alfama ou da Mouraria, gosto da azáfama do Bairro Alto à noite. Gosto de olhar o Tejo de um dos muitos miradouros que alegram as Sete Colinas. Gosto de passar pelo Chiado, de entrar nas livrarias, de comprar flores na rua Garrett, de tomar café sentada numa das esplanadas ou de almoçar no restaurante Flores do hotel Bairro Alto.

Para mim, este restaurante é um dos segredos da baixa lisboeta. Um espaço acolhedor, com uma boa cozinha, ambiente requintado e moderno. Por isso foi com muito agrado que aceitei o convite para ir conhecer a carta de Verão do restaurante, cuja cozinha está a cargo do chef Bruno Rocha.

O dia escolhido foi um domingo de Primavera. O dia estava bonito, com ceú azul e um calor a fazer prever a chegada em breve do Verão. Enquanto apreciávamos a vista para a praça Luís de Camões, fomos entretendo o palato com uma selecção de pães. Pão de trigo, de centeio e limão, uma agradável surpresa, baguete rústica e a acompanhar manteiga de ovelha - tão cremosa! - e dip de tremoço. É curioso ver a utilização do tremoço em entradas. Afinal, não serve só para acompanhar as imperiais no Verão.

As hostilidades foram abertas com uma meia desfeita de bacalhau com ovo de codorniz. Um prato com três ingredientes que combinam na perfeição: - bacalhau, grão de bico e ovo. E a acrescentar personalidade ao prato, um azeite de coentros. Muito bom.


Seguiu-se um requeijão de ovelha com escabeche de pimentos. Os pimentos contrastaram de forma deliciosa com a frescura do queijo. A dar textura uns mini croutons e uma terra de azeitona preta. Um prato fresco e cheio de sabor.


Por fim, um tártaro de tomate e orégãos. Este tártaro, para além de inovador - usualmente é de carne crua com gema de ovo - revelou-se fresco e cheio de sabor. Um prato que funciona como um elogio ao Verão. Para além do tomate picado com um creme de ovo cozido, encontramos uma gelatina de tomate que ajuda a tornar este tártaro inesquecível. Muito bom.


Do mar veio o pregado com pata negra e molho da fragateira com espargos do mar e ervilhas, que nos transportou para um dia feliz à beira-mar. O peixe fresco, suculento, e a ligação à terra dada pelo presunto resulta de forma deliciosa. O menu foi acompanhado por um refrescante vinho Caladessa 2014 branco da Herdade da Calada.


Para a sobremesa e porque o pecado mora mesmo ao lado, degustámos um creme de arroz doce e citrinos com gelado de bolacha Maria, acompanhado por um Grandjó 2012 colheita tardia. Que sobremesa boa. O creme de arroz é uma verdadeira surpresa.


E com o café vieram umas tentadoras trufas de ginja d'Óbidos que souberam muito bem. Um mimo doce para terminar uma refeição de muitos sabores. O restaurante Flores do Bairro é um dos meus segredos do Chiado a que gosto de voltar. Passem por lá.

quarta-feira, 29 de junho de 2016

Limonada


Os dias quentes de Verão chegaram. Depois de uma Primavera envergonhada nada como a chegada dos dias com sol, céu azul. Dias que nos fazem sonhar com as férias, com as idas à praia, os petiscos à volta da mesa com os amigos. Adoro o Verão!

Por cá, já se deu por aberta a época das saladas, dos grelhados e das bebidas frescas. Uma das bebidas que combina com os dias de calor que se vão fazendo sentir para nosso contentamento, é a limonada. Que bom que é um copo de limonada fresquinha. Gostam?

terça-feira, 28 de junho de 2016

Mousse de leite condensado com amêndoa crocante


Há sobremesas que, por norma, conquistam toda a gente cá em casa. Lembro-me assim de repente de uma mousse de chocolate, do clafoutis de cereja, do parfait de frutos vermelhos com chantilly de lima e gengibre, do salame de chocolate com pistácio e vinho do Porto, entre outras que fizeram muitos sorrisos na hora de provar.

No fim-de-semana que passou, para um almoço em família, preparei uma mousse de leite condensado com uma base de bolacha Maria e umas amêndoas laminadas, crocantes, por cima. Que maravilha! Deveriam ter visto os potes de mousse a desaparecem da mesa.

segunda-feira, 27 de junho de 2016

Frango assado no forno com legumes


No fim-de-semana andei de um lado para o outro. Assisti à prova final e à entrega de prémios do desafio As Presidentes organizado pela Président que decorreu no restaurante El Bulo do conhecido chef Chakall.

Fui até Santarém visitar os meus pais. Da horta trouxe umas curgetes fantásticas. Pequeninas, tenras, mesmo a pedir um destino digno de mesa de rei. Por isso, para o jantar de domingo juntei-as a um assado de frango que fez as delícias dos convivas cá em casa.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Biscoitos de leite condensado e manteiga de amendoim


Há uma felicidade especial no ar assim que chega a sexta-feira. Começo logo a fazer planos para o que irei fazer no fim-de-semana. Elaboro uma lista de receitas que quero experimentar. Se conseguir ainda vou às compras, senão no sábado de manhã procuro ter tudo o que preciso para colocar mãos à obra. Eu sou daquelas pessoas que se diverte a cozinhar. Acreditam?

Para além de confeccionar alguns pratos ou pré-preparações a pensar nas refeições da semana, gosto particularmente de ter sempre à mão uns biscoitos para ir petiscando. Os últimos que fiz foi para dar destino a uma manteiga de amendoim que tinha quase, quase em fim de validade. O resultado foram uns biscoitos crocantes a que dificilmente conseguimos resistir!

quinta-feira, 23 de junho de 2016

Lombinho de porco no forno com alecrim e laranja


Durante esta semana tenho andado ocupada de um lado para o outro. Estive em filmagens para um novo projecto a revelar muito, muito, em breve, aqui no Cinco Quartos de Laranja. Comecei também uma acção de formação ao final do dia à volta da cozinha. Conciliar a azáfama do dia-a-dia com as refeições cá em casa nem sempre é fácil. Quando sei que vou ter uma semana fora do normal costumo pensar e confeccionar as refeições com antecedência. No passado fim-de-semana preparei uns lombinhos de porco no forno que um destes dias ao jantar souberam mesmo muito bem!

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Salada de feijão verde com trigo sarraceno


A chegada do Verão fez-se com todo o preceito. Céu azul, calor e muita vontade de saborear bebidas frescas e comidas leves. Adoro o Verão! É uma das minhas estações do ano preferidas.

O Verão é tempo de saladas, frescas e coloridas. Cá por casa está aberta a época oficial das refeições feitas à base de uma boa salada. Adoro misturar legumes frescos ou cozidos, com outros ingredientes que tenha disponíveis na altura. Por estes dias fiz uma deliciosa salada de feijão verde com trigo sarraceno, que tinha cozido previamente para ir usando, e que nos soube muito bem.

Uma das formas que tenho para organizar as refeições cá de casa durante a semana é cozer alguns ingredientes previamente. Costumo cozer brócolos, feijão verde, couve-flor, massa, arroz ou outros cereais, e ovos, por exemplo. Depois uso-os salteados com azeite e alho como acompanhamento, junto-os a uma base de uma sopa, faço uma frittata ou uso-os em saladas. Assim com estas pré-preparações coloco a refeição na mesa num abrir e fechar de olhos.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Medalhões de pescada com maionese de coentros e broa de milho


Quando penso em preparar uma refeição com peixe de forma rápida, um dos primeiros pensamentos vai logo para os medalhões de pescada. Agradam a pequenos e graúdos. São muito versáteis e não precisam de muito tempo para serem cozinhados.

Por isso, quando a Pescanova me desafiou a fazer uma receita com os seus medalhões, aceitei. É um ingrediente que uso regularmente. Gosto de os fazer em papelote no forno, com coentros no tacho, com molho de coco, entre muitas outras opções que encontram aqui no Cinco Quartos de Laranja.

Trago-vos, hoje, uma outra sugestão que desenvolvi para a rubrica da Pescanova, medalhões de pescada com maionese de coentros e uma crosta crocante de broa de milho. Ficam tão bons! Quem quer experimentar?

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Panna cotta de matcha com leite de coco e pistácios


Gosto do Verão. Da sensação de liberdade que os dias grandes, com sol, nos trazem. Gosto de andar nas ruas de Lisboa, de me sentar nas esplanadas, de ouvir os risos de quem passa.

Gosto do Verão. Das bebidas frescas. Das conversas noite dentro em dias de férias, na praia. Gosto dos petiscos e das sardinhadas com salada de pimentos, aos domingos, com a família.

Gosto do Verão com caipirinhas, cervejas geladinhas ou uma garrafa de vinho, tinto, branco ou rosé. Gosto do cheiro a mar, das amêijoas à Bulhão Pato, do arroz de marisco, dos camarões a saber a sal, dos tremoços e de uma mesa de gargalhadas.

Gosto de acordar tarde. Gosto de ter tempo. Gosto de ler romances de amor. Gosto de comer sobremesas fresquinhas. Gosto de sonhar.

Para comemorar a chegada do Verão, deixo-vos hoje, uma panna cotta de matcha com leite de coco e pistácios. Fresquinha, é tão boa!

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Sala de Corte em Lisboa


A última vez que, me lembro de ter ido a uma steakhouse, foi nos Estados Unidos, a um restaurante da cadeia australiana Outback. Por isso, foi com agrado que aceitei o convite para um almoço no restaurante Sala de Corte, um espaço dedicado ao maravilhoso mundo da carne.

O espaço tem pormenores que nos fazem lembrar um talho, balcão forrado a mármore, a vitrine com a carne pendurada e a entrada para as casas de banho é feita através da porta de uma câmara frigorífica. Sentados ao balcão ou nas mesas com sofás, podemos ver a azáfama de algumas peças de carne a serem grelhadas. Mas não se assustem, o forno/grelhador não faz chegar à sala nem uma réstia de fumo.

Eu assim que entrei gostei do espaço, achei-o acolhedor e simpático. Dos últimos novos restaurante que conheci sinto que cada vez mais apostam numa linha internacional, tanto na decoração como na oferta das cartas.

Cortar carne tem muito que se lhe diga, como sabemos o corte de uma peça faz toda a diferença, e grelhá-la para que chegue à mesa ligeiramente caramelizada, suculenta e deliciosa por dentro, tem também os seus segredos.


Depois de nos sentarmos, começámos a refeição com uns croquetes de novilho servidos com mostarda Dijon, mornos, cremosos, uma verdadeira delícia. Seguiu-se um carpaccio de novilho, fresco e com diferentes texturas.

Para prato principal tivemos entrecôte e lombo de novilho, mas poderíamos ter escolhido entre outros cortes como vazia, picanha, chateaubriand e Chuletón de buey. As carnes chegam à mesa em tábuas de corte acompanhadas de tomate cereja assado, relish de tomate e sal grosso rosa. E para saboreamos com a carne temos uma grande variedade de molhos: chimichurri - muito usado na Argentina e Uruguai, Stilton, pimenta, maionese trufada, cogumelos, béarnaise e manteiga de alho e ervas - qual deles o melhor - mas confesso a minha preferência pela maionese trufada, que é simplesmente maravilhosa.


A escolha é também variada em termos de acompanhamentos, para além das batatas fritas podemos optar pelo puré de batata com azeite de trufa - que recomendo vivamente - dauphinoise de batata-doce - é tão bom! - corações de alface com vinagrete de mostarda e mel, esparregado de espinafres com queijo da ilha, salada de endívias com Roquefort e nozes e legumes grelhados com azeite de alho e tomilho. Ninguém sai com fome deste restaurante.


Acompanhámos a refeição com um vinho tinto Dona Maria 2013. E depois de um repasto farto, com a carne suculenta, tenra e deliciosa, chegou a vez da sobremesa. Aqui optámos por uma Pavlova servida com gelado de framboesa, que nos fez sorrir e pensar que vale a pena voltar à Sala de Corte.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Arroz de pato à portuguesa


O arroz de pato, desde que me lembro, que faz parte da mesa de família. Em ocasiões de festa, quando se juntavam avós, tios, tias e primos de ambas as partes da família o arroz de pato era muitas vezes o prato principal eleito. É um prato que rende e normalmente agrada a pequenos e graúdos.

Existem várias maneiras de fazer o arroz de pato. Aqui no Cinco Quartos de Laranja tenho algumas versões e deixo-vos, hoje, uma outra. Esta com a particularidade de o pato ser assado e de o arroz ir ao forno. Curiosos?

terça-feira, 14 de junho de 2016

Salada Caprese


No fim-de-semana que estive no Street Food Festival no Estoril cruzei-me com o chef Augusto Gemelli que estava a promover um dos produtos ícones de Itália, a mozzarella de búfala. A seguir aos meus showcookings, tanto no sábado como no domingo, o local escolhido para petiscar foi o do chef Gemelli, a Mozza & Co, onde se podia provar alguns dos produtos que está actualmente a promover, como a burrata, a mozzarella e a mozzarella fumada. Fiquei encantada. Cremosas. Com um sabor incrível! No último dia do festival, não resisti e trouxe para casa, várias mozzarelas. Com a fumada fiz uma salada com sabor a Verão.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Ovos escoceses


Há já algum tempo que queria partilhar convosco uma receita que faz sempre sucesso cá em casa. São ovos cozidos, envolvidos numa mistura de carne picada e posteriormente, fritos. São conhecidos como ovos escoceses. Ficam tão bons! Resultam bem para petiscar com amigos num dia de festa ou para saborear com a família à beira-mar. São óptimos para servir num piquenique, para um lanche demorado ou até mesmo para uma refeição. Deixo-vos, hoje, a receita. Experimentem!

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Salada de favas com coentros


Os meus pais procuram todos os anos semear no quintal favas. Semeiam cerca de três parcelas em momentos diferentes para depois terem favas frescas e tenras durante grande parte da Primavera. Numa das vezes que os visitei trouxe um saco de favas. Foram tantas que congelei uma parte para ir usando e cozi as restantes. Uma das receitas que decidi preparar para um petisco ao almoço foi uma salada com as favas cozidas, uma mão cheia de coentros e dentes, alho e azeite. Com as favas tenras, doces, soube mesmo muito bem.

terça-feira, 7 de junho de 2016

Pão recheado com ovo e fiambre no forno


Eu adoro os pequenos-almoços demorados. Gosto de preparar ovos, fritos ou mexidos, sumo de laranja, com a fruta que felizmente tenho a sorte de trazer do quintal dos meus pais. Gosto de colocar na mesa iogurte, cereais, nozes. Escolho sempre alguma fruta da estação para podermos saborear no final.

Umas vezes coloco pão fresco, outras vezes, torradas. Há manteiga e compotas que habitualmente faço cá em casa. Biscoitos ou uma fatia de bolo são sempre bem-vindos. Também não falta o leite e o indispensável café. Confesso que me tenho divertido a preparar, nos últimos tempos, estes pequenos-almoços fartos e cheios de sabor. E com a vontade de procurar fazer diferente dei por mim a experimentar receitas que misturem alguns dos ingredientes habituais da primeira refeição do dia, pão e ovo. Fiz estes deliciosos cestinhos de pão com ovo e bacon, os barquinhos de pão com ovo e salmão fumado e hoje, deixo-vos mais uma deliciosa sugestão para prepararem num dia feliz para um pequeno-almoço demorado. Espero que gostem.

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Maio chegou ao fim, que Junho nos traga dias de sol


Maio chegou ao fim, e Junho já está a caminhar a passos largos em direcção a Julho. Como o tempo passa! Dos vários meses do ano, gosto particularmente do mês de Maio. É a altura em que a Primavera mostra a sua força, os jardins enchem-se de flores, os dias de sol são um presença mais evidente. Mas este ano saiu-nos uma Primavera tímida e envergonhada e por isso, foram mais os dias enublados e chuvosos do que os de sol. Mas com bom ou mau tempo, a vida não para!

Em Maio fiz pão. Adoro o cheiro do pão no forno. Gosto de o provar ainda morno barrado com manteiga. Tão bom. O pão feito em casa pode ser mais criativo do que o de compra. Podemos misturar farinhas, frutos, legumes, ervas aromáticas, entre outras várias hipóteses. Fazer pão em casa é sempre uma alegria.

O livro que escolhi para ler em Maio foi Jane Eyre de Charlotte Brontë, sugestão de uma amiga, a Paula. Para ler em Junho, a escolha recaiu sobre As Altas Montanhas de Portugal de Yann Martel, autor da A Vida de Pi, livro que adorei e que recomendo vivamente a quem ainda não leu. Muito, mas muito divertido.

Maio levou-me novamente até ao Porto. Participei, às quartas-feiras, no programa da RTP1, A Praça. Confecionei em directo, bacalhau com broa de milho e couve lombardo, bolo de amêndoa com recheio de compota, sopa de mexilhão com tomate e pataniscas de bacallhau. Viram a dica, em vídeo, de como se tira a pele ao pimento?

Participei no workshop da Pescanova na Academia Time Out, com o chef Miguel Mesquita. Confecionámos camarão com massa kadaif e medalhões de pescada em papelote servidos com arroz de leite de coco. Foi uma manhã muito bem passada e divertida.

Em Maio fui conhecer os vinhos alentejanos Pousio num fantástico almoço, com muitas conversas sobre castas e terroirs que ajudam a produzir néctares de excelente qualidade. Estive também no almoço de apresentação do evento Alvarinho Wine Fest que decorreu no Pátio da Galé, em Lisboa. O alvarinho é uma casta e ao mesmo tempo nome de vinho. Merece a pena tomarem atenção ao bom vinho que se tem produzido na região de Monção e Melgaço.

Passei pelo Rock in Rio para ouvir o fabuloso Bruce Springsteen. Fui até Santarém, visitar os meus pais, passear pela horta e apanhar as últimas favas e ervilhas da estação, correr com os meus cães numa alegria desenfreada. Estes momentos sabem tão bem, ajudam a carregar baterias.

Em Maio decorreu o desafio As Presidentes organizado pela President. Participei numa das etapas do desafio enquanto membro do júri, ao lado do chef Chakall. Nem imaginam como fiquei contente por saber que entre as participantes haviam fãs do Cinco Quartos de Laranja.

Fui ainda conhecer conhecer o restaurante Sala de Corte, com um menu que aposta na carne grelhada, e descobrir a nova carta do restaurante Flores no hotel Bairro Alto, em Lisboa.

Gosto de preencher os meus dias com actividades, momentos que me façam sentir bem. A vida só tem piada quando a podemos aproveitar. Por isso, que Junho nos traga muitos dias de sol, que possamos saborear refeições ao ar livre e em boa companhia. Que Junho seja um mês de sorrisos e com muita saúde!

sexta-feira, 3 de junho de 2016

Sumo de kiwi com abacate e gengibre


Somos coleccionadores de memórias. Registamos momentos, alegrias, altos e baixos da vida. Guardamos os livros que mais nos marcaram. Escolhemos com entusiasmo os próximos que queremos ler. Vivenciamos amores fictícios de nos fazerem partir o coração. Exploramos mundos por descobrir. Viajamos no tempo. Somos princesas, heroínas, vilãs em histórias de encantar. Vamos coleccionando memórias de gestos, de imagens ou de sons. Escolhemos os nossos pintores favoritos. Ouvimos vezes sem conta as músicas que nos transmitem energia. Registamos os filmes que nos fizeram chorar, rir ou pular de entusiasmo. Guardamos as palavras e o carinho de quem acreditou em nós e nos disse: «Vai, tu és capaz!»

Vamos coleccionando experiências, encontros, sentimentos. Registamos os momentos que nos fizeram felizes. Recordamos com nostalgia o sabor do primeiro beijo. A lembrança de passear junto ao mar de mão dada. A alegria de ver as estrelas numa noite de Verão, ou os sentimentos pululantes do dia do nosso casamento. Guardamos com um sorriso as pessoas que nos fazem sentir bem, com quem gostamos de estar. Somos aquilo que vivemos.

Coleccionamos na memória sabores e cheiros. As vivências nas cozinhas da nossa família ficam para a vida. Lembramo-nos tantas vezes dos pratos que nos fizeram sorrisos, partilhados à mesa entre gargalhadas e conversas cruzadas. Guardamos na memória um sumo de fruta fresco saboreado a dois numa tarde de sol, num dia bonito de Primavera ...

quinta-feira, 2 de junho de 2016

Sopa de abóbora com pesto e tortellini


Todos os anos defino pequenos objectivos que vou tentando concretizar ao longo do ano. Os objectivos acabam por ser uma estratégia para fazer coisas de que gosto. Uma das metas que estabeleci para este ano foi tentar conseguir aumentar as minhas leituras, sejam elas de ficção - adoro ler romances - ou de comida em geral. Maio, para mim, foi um bom mês em termos de leituras. Se conseguir manter este ritmo, consigo ultrapassar o meu objectivo de ler pelo menos vinte e quatro livros por ano.

O livro escolhido para o mês de Maio foi Jane Eyre de Carlotte Bronte. Adorei o livro. Uma escrita deliciosa. Uma história que nos arrebata o coração, que nos prende da primeira à última página. Gostei tanto que já ponderei voltar a lê-lo.

Consegui terminar o livro de Fortunato da Câmara, Manual para se Tornar Um Verdadeiro Gourmet - o autor explica vários conceitos como o de umami, reflecte sobre o serviço de sala e sobre as cozinhas étnicas ou de fusão, fala sobre os vinhos, sobre as estrelas Michelin e questiona de forma crítica o papel que os blogues têm vindo a assumir. Um livro excelente para quem quer saber mais sobre o mundo da gastronomia.

Li também, de Francisco José Viegas, o livro de cozinha A Dieta Ideal. Comecei a acompanhar a escrita deste autor na revista Grande Reportagem. Adorava o modo como falava da cozinha, dos ingredientes e das receitas que ia partilhando com os leitores. Por isso, não podia perder este seu livro que faz uma viagem aos sabores tradicionais portugueses, as coisas boas da mesa. Apresenta receitas de pataniscas, de ovos, de migas, de sardinhas panadas ou como se diz pelo norte costeletas de sardinha, entre muitas outras sugestões que juntam memórias e vivências do autor à volta da mesa.

O último livro de Maio foi do conhecido chefe José Avillez, Combinações Improváveis. O livro é uma compilação de algumas das receitas do seu programa de televisão. Confesso que já tenho algumas marcadas para experimentar cá em casa.

E se Maio foi um mês de muitas leituras, foi também um mês de experiências à volta dos tachos e muitas comidas boas. Uma das receitas que fiz foi uma sopa de abóbora com pesto e tortellini, que ficou maravilhosa!

quarta-feira, 1 de junho de 2016

Barquinhos de pão com salmão fumado


Os pequenos-almoços com tempo são sempre tão especiais. Quando posso gosto de preparar o começo do dia de forma diferente. Durante a semana, sinto que corro contra os ponteiros do relógio e por isso os pequenos-almoços de fim-de-semana, principalmente, ao domingo, são muitas vezes feitos para desfrutar.

Leite, sumo de laranja acabado de fazer, frutas frescas da época, iogurtes, pão ou torradas, compotas, queijos, café, fazem parte da mesa nesta altura. Nos dias em que gosto de surpreender, faço panquecas ou barquinhos de pão recheados com ovos batidos, que fazem lembrar pequenas canoas. Ficam crocantes, mornos, são uma verdadeira delícia!