quinta-feira, 30 de abril de 2020

Pão de mistura com biga


Pão, feito com uma simplicidade de ingredientes, é alimento universal. Em tempos de pandemia foi notória a procura de farinhas e de levedura, por todos os países. O pão é alimento essencial e faz parte da nossa mesa, a todas as refeições. Como se costuma dizer, « em casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão ».

Comecei a fazer pão há uns anos. Confesso que uma das coisas que me fascina é o processo de fazer pão. Aparentemente é tão simples, mas assim que começamos a fazer e a querer saber mais, percebemos que estamos perante um mundo de conhecimento, de técnicas, de processos. Há tanta maneira de fazer pão.

Podemos fazer pão usando dois métodos, o método directo e o método indirecto. Neste último fazemos pão com pré-fermentos. Os pré-fermentos são massas, feitas previamente, com água e farinha. Podem ter ou não, sal, e levedura. Entre os pré-fermentos mais usados temos: poolish, massa pré-fermentada ou massa-velha, biga e o fermento natural. Todos eles são também conhecidos por outros nomes como massa-mãe, crescente, isco, entre outros. No início, quando comecei a fazer pão, o facto de não haver uma designação clara, trouxe-me alguma confusão. Hoje já percebo quando chamam massa-mãe a uma massa que guardamos de uma amassadura para outra. Todos estes fermentos têm como função acrescentar sabor ao nosso pão e caíram em desuso dada a facilidade de utilização do fermento comercial.

Tenho partilhado convosco várias maneiras de fazer pão. Nos últimos dias tenho procurado mostrar como podemos rentabilizar a nossa levedura. Partilho, hoje, convosco mais um pão, desta fez feito com o pré-fermento que se designa por biga. A biga é muito usada pelos padeiros italianos. No início do século XIX, ao deixarem de usar o fermento natural, optando pelo fermento comercial, conseguiram produzir pão de forma mais consistente. Verificaram que o que ganharam em tempo, perderam em sabor. No entanto, para introduzirem no pão os sabores complexos associados aos pães em que os ingredientes podem conversar entre si, desenvolveram a biga. A biga que costumo fazer não é a da receita tradicional.

Os pães feitos com biga ou poolish têm um ingrediente em comum com o pão que é feito com o fermento natural. Esse ingrediente é o tempo!

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Que quantidade de sal usar no pão?


« Pão sem sal » é uma expressão popular usada quando nos referimos a alguém ou, a alguma coisa, que achamos desinteressante, com pouca piada, em que lhe falta algo que lhe dê vida, tempero. O sal é um ingrediente que não pode faltar no pão. Pão sem sal é insosso, insípido. O sal torna o pão mais saboroso, mas tem que ser na quantidade certa.

Em relação ao sal, para terem uma ideia, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o consumo diário de sal de cozinha não exceda 5 g. Ao fazermos pão, já nos aconteceu, por certo a todos, umas vezes ficar bom, outras mais ou menos e outras ainda, a sentirmos que tinha sal a mais. Como fazermos, então? Como saber a quantidade certa de sal a colocar no nosso pão?

Qual o papel do sal no pão?
O sal actua como um antioxidante na massa, para além de acrescentar sabor, ajuda a acentuar os aromas presentes no pão.

O sal ajuda a desenvolver o glúten e a dar força à massa, tornando-a mais elástica. Ajuda o pão a manter, a aprisionar o dióxido de carbono durante a fermentação, suportando a formação do volume.

Os cristais de sal têm a capacidade de absorver água do seu ambiente, o sal é uma substância higroscópica. O sal contribui para retardar a acção do fermento. Quando o sal e o fermento competem pela água, ganha o sal e a acção do fermento é mais lenta.

Qual a quantidade de sal a usar no pão?
Na preparação do pão é considerado normal usar até 2% em relação à quantidade de farinha usada, dependendo da receita e das preferências pessoais.

A fórmula básica de pão, com que comecei a trabalhar indicava:

Farinha - 100%
Água - 60%
Levedura fresca - 3-4%
Sal - 2%

Ou seja, por exemplo:

Farinha - 500 g
Água - 300 g
Levedura fresca - 15-20g
Sal - 10g
Sendo que a humidade da farinha muda, dependendo até da época do ano, podemos ter que usar mais ou menos para obter a consistência desejada de acordo com a receita do pão que estivermos a fazer.

A legislação portuguesa estabelece o uso de 14 g de sal por 1 Kg de farinha, em termos comerciais. Em casa podemos usar cerca de 7g a 10g de sal por 500g de farinha, dependo do gosto ou das necessidades pessoais.

Pão sem sal não tem sabor. Podemos diminuir e ajustar a quantidade, seguindo as indicações que partilho convosco. Mas lembrem-se que o pão precisa de sal.

Que tipo de sal usar na confecção do pão?
De uma maneira geral, todo o sal é bom, o importante é que os cristais sejam finos para se dissolverem, facilmente, na água ou, na mistura da massa. Caso queiram usar sal grosso, marinho, dissolvam-no previamente num pouco da água reservada para amassar. Ou então, podem sempre triturá-lo.

É importante termos noção que há vários tipos de sal e que alguns têm aditivos. Em relação ao sal, é escolher aquele que poderá acrescentar sabor ao nosso pão, que nos traga alguns benefícios em termos de saúde, e claro,  que o custo seja acessível. 

terça-feira, 28 de abril de 2020

Pão de trigo com poolish


Fazer pão é, verdadeiramente, mágico. Juntar farinha, sal, água e levedura. Amassar. Dar tempo para que os ingredientes tenham tempo de conversar entre si e voilà, temos pão para partilhar com a família.

Há várias maneiras de fazer pão. O importante, é irmos percebendo as massas e não ter medo de arriscar. Fazer pão é um processo. Vamos aprendendo. Há factores que influenciam o pão e que não dependem de nós, como a temperatura ambiente e a humidade.

O importante no processo de fazer pão é que nos consigamos divertir! Vamos fazer pão?

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Menu semanal #7


Mais uma semana em que vamos cuidar daqueles de quem gostamos. Mais uma semana em que precisamos de escolher ingredientes, ver o que temos na despensa, frigorífico e congelador. Mais uma semana em que queremos variar o que vamos comer e precisamos de ideias para prepararmos as refeições para a semana.

Para quem anda à procura de inspirações para confeccionar os pratos, a colocar na mesa para a família, deixo-vos algumas sugestões:

Ver também menu semanal #6.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Planear as refeições com a ajuda do frigorífico


Numa altura em que estamos mais tempo em casa, com a família, a cozinha ganha mais vida e o frigorífico torna-se, ainda mais, essencial. É aqui que conservamos os alimentos com que iremos preparar as refeições para aqueles de quem gostamos. Por isso, cozinhar é também um acto de cuidar.

No âmbito do projecto Samsung Food Skills estive à conversa com a Joana Paixão Brás, autora do blogue A Mãe é Que Sabe. Agora, mais do que nunca, é importante gerirmos a nossa comida sem desperdícios e planearmos as refeições da semana para a família. Estes foram os temas que acabámos por explorar na nossa conversa.


O Samsung Family Hub é mais do que um frigorífico, permite-nos planear as refeições da semana, possibilitando até a atribuição de tarefas aos diferentes membros da família. Ao planearmos as refeições, conseguimos gerir mais eficientemente a nossa comida, evitando desperdícios. Conseguimos, também, efectuar de forma mais eficaz, a lista de compras.

Para evitarmos desperdiçar ervas aromáticas, mostrei à Joana como as podemos congelar em azeite e depois usá-las na confeção de um prato delicioso para toda a família. Preparámos noodles de curgete com esparguete e camarão. O facto de ter algumas pré-preparações feitas, permitiu-nos confeccionar o nosso almoço rapidamente.



Verificámos, também, que o Family Hub possibilita a visualização de programas de TV enquanto cozinhamos ou, até, monitorizar o que os mais pequenos estão a ver na sala. Uma excelente ajuda para quem tem crianças.

Ter um frigorífico espaçoso, que nos dê confiança, que nos ajude a gerir a nossa comida sem desperdícios é, mais do que nunca, um excelente investimento.


Ver também:
- E se o frigorífico nos ajudasse a organizar as nossas compras?

quinta-feira, 23 de abril de 2020

Robalo assado no forno com legumes


Cozinhar em casa é um dos primeiros passos para conseguirmos fazer uma alimentação cuidada e equilibrada. Temos, por um lado, a vantagem de escolher os ingredientes e, por outro, podemos optar pelo método de confecção que nos for mais conveniente. Confesso que cá em casa adoramos pratos de forno. São símbolo de conforto.

Mais do nunca, a cozinha passou a ser um refúgio, um local libertador. Cozinhar é uma forma de nos focarmos em algo positivo. É uma forma de transformarmos ingredientes em alimento, em conforto. Cozinhar pode ser quase terapêutico. Pode ser uma forma de encontrar satisfação e de oferecer algo bom àqueles de quem gostamos.

Um destes dias para uma refeição deliciosa, ofereci à família cá de casa, um peixe assado numa cama de legumes. Comida colorida é comida que nos faz felizes.

quarta-feira, 22 de abril de 2020

Frango assado na cocotte


Variarmos a nossa alimentação, é uma das minhas preocupações, cá em casa. "Somos o que comemos", é uma máxima que para mim faz muito sentido e tento, sempre que possível, colocar na mesa pratos diferentes. Vou variando as sopas e alternando os pratos de carne e de peixe, com algumas receitas vegetarianas. Todas as semanas, tento comprar legumes e frutos frescos, para servir ou complementar as nossas refeições.

Um destes fins-de-semana, para um dos nossos almoços, fiz um frango assado no forno. Mesmo em tempo de recolhimento, as receitas práticas, que nos permitam usufruir de uma boa refeição, sem sujarmos muita loiça, são muito bem-vindas. Concordam?