terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Porco assado com zimbro e um post cheio de música

Chamava-se Nini
Vestia de organdi
E dançava (dançava)
Dançava só pra mim
Uma dança sem fim
E eu olhava (olhava)

E desde então me lembro o seu olhar
É só pra recordar
Que lá no baile não havia outro igual
E eu ia para o bar
Beber e suspirar
Pensar que tanto amor ainda acabava mal

Ou então ...

Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci

Estas são as músicas que nos últimos dias andam na minha cabeça. Dou por mim e estou a trauteá-las baixinho ou então, a mostrar o meu péssimo talento vocal cantando os refrões em plenos pulmões, mas isso só aqui em casa, claro!

As músicas são de Paulo de Carvalho. A primeira intitula-se Nini dos meus 15 anos e a segunda E depois do Adeus, que representou Portugal no Festival Eurovisão da Canção e serviu como senha na noite de 24 de Abril para dar início às movimentações que conduziram à Revolução dos Cravos, e à conquista da liberdade no nosso país. Estas músicas têm andando na minha cabeça desde uma conversa que tive cá em casa sobre as músicas que ouvia quando era miúda. E sem me aperceber ficaram a tocar na minha cabeça. Espero que passe.

Como este post não é sobre música, vou passar a explicar-vos como usei pela primeira vez as bagas de zimbro. Quando comprei as bagas, a vendedora, a D. Natália, referiu que ficavam muito bem em assados de carne ou mesmo estufados. Como tal, resolvi experimentá-las num assado de carne de porco. Não coloquei muitas porque, o zimbro tem um sabor muito intenso.
Num almofariz, esmaguei dentes de alho, sal, coentros em grão e pimenta em grão. De seguida adicionei a esta mistura um pouco de colorau e um fio de azeite de modo a formar uma pasta com os ingredientes. Com esta pasta barrei um pedaço de carne do cachaço de porco. Esmaguei grosseiramente 6 bagas de zimbro e espalhei-as pela carne. Adicionei um ramo de tomilho fresco cortado. Reguei a carne com vinho branco e deixei-a a descansar sensivelmente 1 h.


Antes de levar a carne a assar no forno, reguei-a com um fio de azeite. De tempos a tempos, fui voltando e regando a carne com o molho.

Acompanhei este assado com marmelos salteados e um vinho tinto ribatejano, Encostas de Gouxa, oferta da Marizé.

9 comentários :

SusanaG disse...

Post muito interessante! Adorei a receita!

Cristina Momentos Preciosos disse...

Gostei imenso da receita,a foto está bem "sucolenta",bjs e boa semana.

Raspas de Laranja disse...

Deve ter ficado uma delicia. Bj

anna disse...

Tem cá 1 aspecto!!!! As fotos estão muito chamativas...
Beijinhos.

Natércia Ramalho disse...

Menina a tua carne está fantástica!Um beijinho...

Karla disse...

hum hum...que coisa fantástica...e eu á procura das bagas :) hehehe

beijinhos

ameixa seca disse...

Desconheço completamente o zimbro... aconselhas portanto :)

Anónimo disse...

O zimbro (há muito na Serra da Estrela) é óptimo em doces de ovos (poucas bagas) e para amaciar a choucroute alsaciana ou a Sauerkraut (couve lombarda avinagrada), que acompanha o Eisbein(joelho de porco, normalmente fumado, cozido ou assado),prato alemão.
É bom descobrir produtos da gastronomia.

Boas descobertas gastronómicas

Lis

Anónimo disse...

É incrível como temos tantas coisas boas e , por as desconhecermos, deixamos de as aproveitar! Tenho cá em casa há muito tempo uma garrafa de licor ou aguardente de zimbro que nunca abri porque no sei o que fazer com ela. Se calhar também fica bem como tempero de carnes!
Gostei desta receita, agora vamos à procura das bagas...
Bjs. Bombom