quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Sumo de laranja com melancia


Despedimo-nos, hoje, de Agosto. Há qualquer coisa de muito especial neste mês. Para além de ser a altura do ano que associo sempre a férias, de ser também uma altura especial de reencontros com os amigos, é também o mês em que nasci. Não sei se consigo ter um mês preferido. A verdade é que, em todos eles, acho que encontro algo sempre especial!

Se Agosto fecha um ciclo, Setembro traz a mudança e a renovação, mesmo que haja o regresso às rotinas e ao mundo do trabalho. O importante é conseguirmos olharmos para as coisas de forma positiva, tirar sempre o melhor das situações ou dos momentos que estamos a viver.

Que chegue Setembro! Por cá ainda estamos a viver e a saborear de forma muito feliz as últimas horas deste delicioso mês de Agosto. Para festejar, deixo-vos um sumo de laranja com melancia. Servido com gelo para um final de tarde, sabe tão bem!

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Pregado no forno com azeite de coentros e tomate cereja


O peixe faz parte de muitas refeições cá em casa. Ora são filetes panados ou feitos no forno, salmão grelhado para acompanhar uma salada ou para incluir num prato de massa, ora é peixe cozido ou assado no forno. Para assar no forno adoro usar peixes inteiros. Acho que tem um certo encanto assar um peixe inteiro para toda a família.

Há uns tempos atrás participei num workshop no Mercado da Ribeira a convite da Pescanova. O peixe a cozinhar era pregado. Confesso que até essa altura a minha relação com este peixe era quase nula. Lembro-me de uma ou outra vez, ter comido, em filetes, num restaurante e pouco mais. Mas ali no workshop cozinhámos em papelote uma posta de pregado e adorei. Para além do sabor e suculência do peixe, o que também me surpreendeu foi o facto de o pregado ser fresco. Sim! Encontra-se à venda fresco nas peixarias dos supermercados, nos mercados e praças. Ao comprar, peçam para amanhar o peixe.

O peixe é criado pela Pescanova em aquacultura em Mira, perto de Aveiro. A carne do pregado é muito branca, suculenta e firme, por isso adapta-se facilmente a múltiplos cozinhados. Depois do workshop fiquei com vontade de o experimentar cá em casa.


A receita que hoje vos trago é pregado assado no forno inteiro com azeite de coentros e tomate cereja. Um prato cheio de sabor! Preparei esta receita para a rubrica da Pescanova.

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Pá de porco assada no forno com massa de pimentão


Agosto está quase a chegar ao fim. Ontem, já sentiu o regresso de quem tem estado de férias. Para mim, Agosto é um mês tão especial. É sinónimo de tempo livre, de poder passear, de poder aproveitar as manhãs de forma preguiçosa. Agosto é um mês doce.

Este fim-de-semana foi tempo de estar com a família. De ir à horta. De apanhar figos maduros, pêssegos e tomate. De colher melancias. Nem imaginam como me divirto a fazer estas coisas!

Para uma das refeições de fim-de-semana preparei uma pá de porco assada. Gosto imenso de fazer este tipo de prato. Dá para fazermos uma refeição e depois gosto de aproveitar o que sobra para fazer sandes ou até umas saladas. Tem muito mais piada irmos variando o que se come.

quinta-feira, 25 de agosto de 2016

10 saladas de massa que vão querer experimentar ainda este Verão


As receitas de saladas de massa que vos deixo, hoje, são para serem saboreadas nestes dias felizes de Verão. Podem ser degustadas ao ar livre numa noite de céu estrelado com uma companhia especial, à luz das velas. Podem ser para uma refeição com a família, num dia em que apeteça comer num jardim ou parque da cidade, à sombra das árvores entre risos e gargalhadas. Podem ser para um dia de praia em que apeteça comer junto ao mar, de óculos de sol e muito protector solar. Podem ser degustadas em frente à televisão, sentados no sofá, num dia escolhido para ver, em maratona, os episódios de uma das vossas séries de TV preferidas.

São dez, as saladas de massa, que têm que experimentar ainda este Verão. Com ingredientes frescos e muitos legumes:


Destas dez saladas de massa, têm alguma preferida?

quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Como fazer gravlax (salmão curado)?


Quando decorreu a Expo 98 em Lisboa, lembro-me de num dos pavilhões ter comido uma sandes de salmão curado que me fez sonhar com viagens maravilhosas pelos mares do norte. Desde essa altura que fiquei com vontade de curar salmão em casa mas acabei por me render ao salmão fumado que entretanto fomos encontrando facilmente à venda nos nossos supermercados.

Salmão curado e salmão fumado são produtos diferentes, apesar de pelo tom rosado e brilhante, parecerem o mesmo. Tanto um como outro são produtos caros, podemos dizer que são produtos de luxo. Por isso, podermos fazê-los em casa acaba por ser um verdadeiro privilégio.

O gravlax é salmão curado em sal e açúcar aromatizado com ervas, normalmente aneto ou funcho, e especiarias. Nos países da Escandinávia grav, significa enterrar, e lax, salmão. Em tempos idos, era assim que os pescadores do norte da Europa preparavam o salmão, enterrando-o na areia até fermentar. Hoje em dia, essa técnica já foi abandonada.

Mas o grande impulso para fazer gravlax em casa, foi-me dado pela chef Eugénia Maria Ferreira, com quem aprendi a receita que aqui vos deixo hoje. Não se assustem com a quantidade de sal e de açúcar. É mesmo assim.

terça-feira, 23 de agosto de 2016

Biscoitos de cenoura e laranja


Agosto está quase a chegar ao fim. Para mim, este foi sempre um mês de férias. Quando era miúda era tempo de brincar com os primos que vinham à terra, emigrados em França. Traziam sempre novidades, coisas diferentes das que tínhamos por cá. Era tempo de almoços e jantares com a família para recuperar o tempo que estávamos longe uns dos outros. A aldeia ganhava uma vida fantástica. Eram tantos os bailaricos com os cantores populares da moda a animar os arraiais.

Lembro-me de ter ido assistir às provocantes Doce - quem é que de vez em quando não canta « Fecha a porta, vem deitar-me a meu lado ... ». Ainda hoje mexo o pé quando oiço esta e outras músicas deste grupo que fez furor nos anos 80. Eu adorava as músicas e a irreverência do grupo. Lembro-me de nessas festas ter ido assistir ao Toy, ao Emanuel e dançar ao som do Apita o Comboio, ouvi o José Malhoa e a inconfundível Ana e o seu Laranja Laranjinha, lembram-se?

Mas o tempo muda. As pessoas mudam. As vidas alteram-se. Hoje, Agosto continua a ser de férias, mas sem a magia destas festas tão típicas do meu querido mês de Agosto. Por isso, sabe tão bem recordar!

As recordações ajudam-nos a ser felizes. Quando recordamos há um entusiasmo grande, palpita-nos o coração, o nosso olhar brilha. Sorrimos, sem nos apercebermos.


Deixo-vos, hoje, uns deliciosos biscoitos de cenoura e laranja que desenvolvi para a edição Março/Abril 2016 da revista Comer. Tenho a certeza que vos vão deixar boas recordações. E saboreados ao som de uma música portuguesa dos anos 80, vão saber ainda melhor!

segunda-feira, 22 de agosto de 2016

Doce de ameixa vermelha com especiarias


Este Verão tem sido uma festa de doces e compotas cá em casa. Sabe tão bem aproveitar a fruta desta estação para depois ir usando ao longo do ano. Ou então, guardar em frascos já a pensar nos presentes de Natal.

E para aproveitar a produção de ameixas do quintal em Santarém, este Verão já fiz doce de ameixa vermelha com melão, compota de ameixa com pêssego e baunilha, compota de ameixa vermelha com vinho do Porto e deixo-vos, hoje, mais uma receita de doce de ameixa, desta vez com vinho tinto e especiarias. Fica tão bom!

sexta-feira, 19 de agosto de 2016

10 receitas para saborear ao ar livre


Um destes dias, acordei bem cedo para fazer um piquenique às 7h30 da manhã. Sim, leram bem, às 7h30 da manhã, com o Renato Duarte da Rádio Renascença, que amavelmente me lançou o desafio. O piquenique decorreu até às 9h30 e fomos tendo ao longo desse tempo algumas conversas em directo para o programa Olá Manhã, apresentado pela Dina Isabel, pelo Óscar Daniel e pela Miriam Gonçalves.

O local escolhido foi o parque da Bela Vista, espaço muito conhecido, onde se realiza o famoso festival Rock in Rio e que tem mesas de madeira, muitas sombras e relva verde que convida a sentar.

Foi uma manhã muito divertida, com direito à companhia das formigas e abelhas que não hesitaram em experimentar a nossa comida. Para além de explicar o que tinhamos na nossa toalha de piquenique para saborear, falei também do meu livro Delicioso Piquenique que tem também muitas sugestões para quem gosta de petiscar fora de casa.

Estamos numa época do ano priveligiada para refeições ao ar livre. Temos sol, parques fantásticos, praias maravilhosas, zonas na cidade junto ao Tejo que convidam a sentar e a desfrutar de uma refeição.


Para quem gosta de comer ao ar livre, deixo-vos, hoje, dez deliciosas sugestões:


Qual a vossa preferida?

quinta-feira, 18 de agosto de 2016

Gelatinas com fruta


Gosto de ter sempre gelatinas no frigorífico. São uma excelente forma de enganar a fome, saciam, são óptimas para acompanhar os lanches do dia-a-dia e são muitas vezes a sobremesa perfeita.

Num dos dias de Agosto em que recebi cá em casa a minha amiga Paula, para uns dias de férias, decidimos ir almoçar à Gulbenkian. Para sobremesa pedi uma fatia de gelatina de morango, recheada no meio com fruta e por cima, chantilly. O dia estava quente e soube tão bem terminar a refeição de forma fresca.

Um destes dias ao preparar gelatina para levar para um piquenique lembrei-me de colocar também fruta. Adorámos!

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Doce de ameixa vermelha com melão


O Verão traz a magia das frutas. É uma das altura do ano mais férteis em frutas e legumes. Mas confesso que é a fruta o que mais me fascina. Adoro ir ao campo nesta altura do ano. Ter a sorte de apanhar fruta madura das árvores é algo que vivo como um verdadeiro privilégio.

Das últimas vezes que fui até Santarém trouxe uma caixa de ameixas vermelhas lindas. Perfumadas, doces, sumarentas e com um toque ligeiramente ácido que nos enche a boca de prazer. Para além das muitas que fomos comendo, algumas tiveram um destino especial, foram transformadas em doce. Na receita de hoje juntei ameixas vermelhas e melão, o resultado foi um doce muito guloso.

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Salada de polvo com coentros


Agosto é tempo de férias. Houve anos, em que por esta altura do ano, costumava passar férias em família numa vila de pescadores no Algarve. Durante duas semanas repetíamos as mesmas rotinas. De manhã praia, mergulhos no mar, entre risos e gargalhadas não faltava a tradicional bola de Berlim. Ali junto ao mar, com a pele bronzeada, em boa companhia, uma bola de Berlim tem um sabor incrível. A meio da tarde regressávamos a casa. E dessa altura recordo a nossa comida de férias. Todos os anos tínhamos sopa de beldroegas compradas na praça, sopas frias de tomate com bocadinhos ao estilo da Andaluzia, amêijoas à Bulhão Pato, peixe grelhado e salada de polvo, acompanhada com pão fresco. A salada era sempre feita de véspera e ia para a mesa fresquinha.

Um destes dias recebi cá em casa a minha amiga Paula e para petiscarmos, num final de tarde, depois de um passeio pela cidade, comemos esta salada que preparei para a rubrica da Pescanova. Soube-nos tão bem!

sexta-feira, 12 de agosto de 2016

10 receitas para levar para a praia


O Verão é tempo de férias. É para muitos de nós tempo de férias na praia. Entre uma bola de Berlim saboreada à beira-mar, um sumo fresco degustado numa esplanada, uma das coisas que gosto de fazer é levar comida para a praia. Depois de um mergulho, de uma soneca à sombra do chapéu de sol, sabe bem petiscar algo mais substancial, às vezes, fazendo ali junto ao mar uma verdadeira refeição.

A comida para a praia deve ir sempre acondicionada. Aconselho o uso de malas térmicas ou sacos. Eu costumo colocar sempre nas malas, para manter a comida fresca durante mais tempo, termoacumuladores, que guardo no congelador, estando assim, sempre prontos a usar. A água, sumos, chás podem ser transportados em cantis ou garrafas térmicas. As frutas devem ir já lavadas, prontas a comer.

Levar comida para a praia não custa nada. Deixo-vos, hoje, dez sugestões para transformar as refeições à beira-mar ainda mais saborosas:


O que costumam levar para comer na praia? Alguma sugestão?

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Sopa de tomate com quinoa e feijão verde


Agosto cá em casa é a época alta do tomate. Na minha última ida a Santarém, descobri que a horta já tem tomate lindo, pronto a colher. A minha mãe costuma plantar todos os anos diferentes tipos de tomate, desde o coração de boi, ao tomate cacho, passando pelo redondo e pelo cereja, tanto vermelho como amarelo. Eu adoro tomate e nesta altura do ano, penso que não há salada que não leve este legume. Mas para um destes dias ao jantar para aproveitar quinoa e feijão verde que tinha cozido, optei por fazer uma sopa. E que boa que ficou!

quarta-feira, 10 de agosto de 2016

10 sugestões de livros para ler este Verão


Eu adoro ler. Uma das alturas previlegiadas para ler, na minha opinião, é o Verão. Os dias são maiores e por isso temos a sensação de ter mais tempo para fazermos as coisas de que gostamos. Os dias cheios de sol dão-nos mais energia e força.

O Verão é a altura de férias para muitos de nós. É tempo de ir para a praia, de viajar, de descobrir um jardim. É a altura do ano em que o ritmo acelarado das nossas vidas acaba por entrar numa fase mais tranquila. Quando vou de férias, principalmente para a praia, ou se viajo e sei que tenho tenho tempo para ler, uma das coisas que faço é uma listas de livros a colocar na bagagem. Livros bem dispostos, que me façam rir, que me prendam da primeira à última página. Livros com estórias de amor, livros de suspense, livros que me façam sonhar. Os livros têm o poder incrível de nos fazer viajar, de podermos conhecer lugares reais ou imaginários, de nos levarem a descobrir personagens encantadoras ou outras que desejamos nunca conhecer na vida real. Os livros têm uma força especial. Há livros que nos mudam.

Para lerem este Verão deixo-vos 10 sugestões de livros, uns bem dispostos que vos irão fazer rir, outros que vos irão fazer sonhar ou pensar em coisas boas.


Crónica dos Bons Malandros de Mário Zambujal

Um livro fininho que se transporta facilmente nas férias e que é simplesmente genial. Tem o poder de nos fazer desatar às gargalhadas assim que vamos devorando cada uma das páginas. Vão querer relê-lo!


A Relíquia de Eça de Queirós

Um romance delicioso que contribui de forma espantosa para elevados níveis de boa disposição. No romance acompanhamos Teodorico numa viagem até à Terra Santa, de onde traz por engano, não a prometida relíquia para a tia beata de quem esperava receber a herança, mas a camisa de dormir de uma amante. Simplesmente hilariante.


A Vida de Pi de Yann Martel

Um livro que me prendeu da primeira à última página. Um livro que me fez rir, pensar e respirar fundo. Relata a viagem de sobrevivência de um jovem num barco com um tigre, mas que nos deixa uma mensagem muito positiva, ou seja, perante o medo, a adversidade, há que encontrar uma saída, nem que seja imaginária. Um romance magnífico.


Receitas de Amor de Anthony Capella

Um livro para ler no Verão. A história passa-se em Itália ou melhor, começa na fantástica cidade de Roma. É uma comédia romântica com muita magia, sensualidade e claro, boa comida.


O Livro dos Sabores Perdidos de Nicky Pellegrino

O romance leva-nos a viajar até à Escola de Cozinha de Luca Amore numa pequena vila da Sicília, juntamente com Molly, Tricia, Valerie e Poppy. Para além das referências ao mundo da cozinha o romance leva-nos a descobrir os segredos, os desejos e os medos de cada uma das personagens. Um livro para ler à beira-mar ou numa esplanada a saborear um gelado bem fresquinho.


A Vinha do Anjo de Sveva Casati Modignani

Uma das formas que encontrei para conseguir aumentar as minhas leituras foi ler um livro por mês. A escolha para Agosto recaiu n' A Vinha do Anjo. Gosto muito de romances em que a comida tem um papel forte, funciona quase como uma personagem. Este é um romance que se lê muito bem nesta altura do ano e que nos deixa a pensar que a vida vale a pena quando é feita de sonhos e paixões. Como eu gostava de beber uma flûte de Falce di Luna, na Villa Brungliani, a olhar para os vinhedos nas colinas de Borgofranco antes de seguir para o almoço com a família da casa. É tão bom sonhar, principalmente com as coisas boas da vida.


Jane Eyre de Charlotte Brontë

Um livro que nos faz chorar o coração, uma história brilhante que nos prende da primeira à última página. Se forem como eu, vão querer descobrir rapidamente se Jane fica para sempre com Mr. Rochester. Um romance apaixonante. Uma das obras que tenho vontade de voltar a reler.


Os Pilares da Terra de Ken Follet

Um livro de suspense, com muitas intrigas, aventura e lutas políticas, polvilhado com vinganças e traições. Ao longo da obra acompanhamos um pedreiro que tem o sonho de construir uma catedral digna de tocar os céus. A acção passa-se na Idade Média e leva-nos a conhecer várias personagens que não nos deixam indiferentes. Assim que começarem a ler não vão querer parar.


O Último Cabalista de Lisboa de Richard Zimler

Esta foi a obra que me fez querer ler Richard Zimler. É um romance histórico cuja acção se passa na Lisboa de 1500. Há um crime e começam as investigações que se cruzam com as perseguições aos cristãos-novos acusados de serem a causa da fome e das doenças que flagelavam, na altura, a cidade. Cerca de 2500 cristão-novos foram mortos e os seus corpos queimados no Rossio. Um romance extraordinário sobre a injustiça e os horrores humanos e ao mesmo tempo deixa a chama da esperança acesa. Vale a pena lerem.


A Vida no Campo de Joel Neto

Gostei tanto deste livro do escritor e jornalista açoriano Joel Neto, escrito em jeito de diário. Gostei porque fiz através da sua obra um regresso ao campo. Um regresso às coisas simples, aos pequenos gestos, às pessoas que vivem do que a terra dá e que nos dão tantas lições de vida. Gostei também porque o autor tem uma escrita poética, deliciosa, e também porque tenho a sorte de conhecer a ilha Terceira e muitas das referências que são feitas. Aproveitem este Verão e regressem também à Vida no Campo!


E vocês, qual ou quais os livros que estão a ler neste Verão? Quais os livros que recomendam a quem esteja de férias? Há algum livro que releiam nesta altura do ano?

Deixo-vos o desafio de partilharem as vossas leituras. Podem deixar as vossas sugestões na caixa de comentários ou então, publicar na vossa conta de Instagram uma foto do livro ou dos livros que sugerem, com a hashtag #leiturascql ou se preferirem, podem publicar no Facebook.

Vou adorar saber o que andam a ler. Vamos a isso?

terça-feira, 9 de agosto de 2016

Compota de ameixa com pêssego e baunilha


A alegria do Verão traduz-se na variedade e abundância de fruta que esta estação nos oferece. Eu tenho a sorte de os meus pais terem um quintal com árvores de fruto e uma horta. Sempre que os visito, depois do almoço, lá vou eu para o quintal. Adoro ver tudo o que está semeado, o que está a crescer, o que está pronto a colher, quais as árvores de fruto cuja fruta se encontra madura, quais as que ainda estão a amadurecer. O sabor de um pêssego maduro saboreado depois de colhido por nós tem um sabor incrível! E os figos colhidos a pingar mel, uma verdadeira maravilha.

Para aproveitar a abundância de fruta desta estação gosto de fazer compotas. Nesta altura do ano gosto de começar o dia com uma fatia de pão barrado com uma boa colherada de compota. Guardo também algumas das compotas que faço no Verão para ir oferecendo aos amigos e à família. E se já estiverem a pensar nos cabazes de Natal, podem sempre aproveitar a abundância desta altura do ano e preparar alguns doces para oferecer. O que vos parece?

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Sumo de ameixa com laranja e nectarina


Gosto dos dias quentes de Verão. Gosto de andar descalça pela casa, de usar roupas leves e frescas. Gosto de apanhar sol na praia. Gosto do cheiro do protector solar. Gosto de comer Bolas de Berlim sentada na areia, a ver o mar. Gosto de usar chapéu e óculos de sol.

Gosto destes dias de Verão. De não ter hora para acordar. De poder ouvir música de manhã até ao final da tarde. Gosto de comer gelados. Gosto de ler romances com amores imaginários de nos fazerem chorar o coração. Gosto de me rir.

Gosto das comidas com sabor a Verão. Das sardinhas assadas, das saladas frescas com tomate, pepino e pimento. Gosto das limonadas. Gosto dos sumos cheios de fruta que trago da horta. Gosto das coisas boas do Verão!

quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Uma visita ao restaurante Claro


Há já algum tempo que descobri o restaurante Claro do chef Vítor Claro, situado no hotel Solar das Palmeiras na avenida Marginal, em Paço de Arcos, com uma vista inspiradora e reconfortante para a zona em que o Tejo se junta ao mar. O restaurante abriu em 2012 e depois de no início deste ano sofrer algumas obras e mudanças na decoração, reabriu com uma nova carta.

Num domingo solarengo de Julho aceitei o convite do restaurante para ir visitar o espaço e conhecer a nova carta. Na mesa, com uma vista desafogada para o rio, fomos recebidos com pão fresco e uma focaccia de azeite, que acreditem, criam dependência, de tão bons que eram. O restaurante faz todos os dias pão fresco antes das refeições. Eu que adoro pão, é sempre algo a que não resisto assim que o colocam na mesa.

Um dos primeiros pratos que provei foi um clássico do chef Vítor Claro, bacalhau à Conde da Guarda, receita divulgada pelo mestre João Ribeiro, aqui servido com tomate. O tomate transforma o bacalhau dando-lhe uma frescura maravilhosa. Na minha opinião, este é um dos pratos que se transformou na imagem de marca do trabalho deste chef que sabe tão bem reinventar os sabores da cozinha tradicional portuguesa.


A seguir chegou-nos um prato fresco, de sabores suaves e profundos. Robalo com sumo de salada Waldorf e flor de aipo. Um prato perfumado em que o sumo da maçã verde e o aipo transformaram o robalo de forma sublime. Um prato elegante e simplesmente maravilhoso!


Os ravioli de gambas e cogumelos, prato em homenagem ao chef catalão Santi Santamaria, foram uma verdadeira surpresa. Um prato que alia a simplicidade e a sofisticação de forma deliciosa. Santamaria por certo ficaria orgulhoso com esta homenagem de Vítor Claro que em todos os seus pratos procura dar destaque ao sabor autêntico dos ingredientes.


Linguado à delícia com manteiga escura, banana, cornichon e puré de salsifis foi o prato que se seguiu. A frescura do linguado foi acentuada com o sabor do cerefólio e contrasta com o doce da banana. Uma combinação de sabores curiosa num prato que transparece elegância.


Que maravilha! - foi a primeira observação que fiz assim que provei o foie Wellington - uma recriação do conhecido bife Wellington com foie gras servido com natas ácidas e uma mistura de manjericão e hortelã que transporta este prato para um nível sublime.


A fazer lembrar os churrascos de Verão, foi-nos servido o prato de carne, costela mendinha grelhada com puré de batata e molho do assado. A carne tenra, suculenta e com um sabor acentuado a barbecue que nos surpreende a cada garfada.


E por fim, um miminho doce em forma de sobremesa. O aspecto deste queijinho de amêndoa, com creme de caramelo e maracujá não revela o sabor forte, intenso e guloso que se faz sentir assim que o colocamos na boca. Muito bom.


Destaco o excelente trabalho de harmonização de vinhos que foi feito. As escolhas revelaram-se acertadas numa conjugação de sabores, muitas vezes, misteriosa.


O restaurante Claro está aberto de quarta-feira a domingo, tem parque de estacionamento, e claro está, merece a vossa visita num destes dias bonitos de Verão.

quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Água aromatizada com laranja, limão e framboesas


Apesar de ligar o forno nestes dias de Verão, a verdade é que cá por casa temos tentado combater o calor com algumas saladas e bebidas frescas.

Este ano comecei a fazer águas aromatizadas e quase todos os dias faço uma diferente de acordo com as frutas e as ervas aromáticas que tenho disponíveis. A última que preparei foi de laranja, limão e uma mão cheia de framboesas.

Relembro que as águas aromatizadas são apenas águas com sabores, não levam açúcar e há umas frutas que aromatizam de forma mais intensa do que outras. Para mim, foi a forma que encontrei para tentar beber mais água nestes dias de grande calor.

terça-feira, 2 de agosto de 2016

Mão de borrego assada no forno


O mês de Agosto é o mês de férias por excelência. Quando fico em Lisboa nesta altura do ano noto tanto. Há menos trânsito. Nos transportes públicos e em alguns locais emblemáticos, encontramos um mar de turistas. Eu também gosto de fazer de turista, em Lisboa, nesta altura do ano. Passeio pelo Chiado. Paro numa das gelatarias. Sento-me numa esplanada a tomar uma bebida fresca. Entro nas livrarias. Escrevo postais. Sabe tão bem!

Nesta altura do ano gosto de receber amigos em casa. Uma travessa na mesa, pão fresco, uma garrafa de vinho e muita alegria. Não é preciso muito para fazermos de uma refeição um momento especial. Um dos pratos que fiz para partilhar num destes dias foi uma mão de borrego assada no forno. Digo-vos, não sobrou nada para contar a história!

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Bem-vindo meu querido mês de Agosto


Despedimo-nos de Julho com um dia de céu azul e muito sol. Julho foi sempre, para mim, o início das férias grandes. Quando entramos na vida activa este sentimento em relação a este mês muda, mas cá dentro fica sempre a memória dos dias felizes das férias que pareciam não ter fim. Nessa altura lembro-me tão bem de ter saudades da escola. As coisas boas da infância e da adolescência ficam para a vida, não é verdade?

Em Julho voltei à A Praça para mais dois momentos de culinária. Num dos momentos apresentei uma salada de queijo com presunto e cogumelos, uma mistura de sabores muito especial excelente para dias quentes e no outro, uma sugestão para uma refeição ou um pequeno-almoço nestes dias de férias, pão recheado com ovo e fiambre no forno. Quando faço estes pãezinhos cá em casa são sempre muito apreciados. Como foi sendo habitual, ao longo dos meses em que colaborei com o programa da RTP1, nestas últimas vezes, antes das férias, houve também tempo para tirar a foto da linha do comboio, na Estação do Oriente.


Este ano tracei um pequeno objectivo de leitura. Ler pelo menos um livro de ficção por mês. O livro escolhido para me acompanhar em Julho foi A Vida no Campo de Joel Neto. Uma escrita deliciosa sobre a mudança de vida da cidade para o campo, ou melhor de Lisboa para um lugar na ilha Terceira. Como tenho a sorte de conhecer a ilha Terceira e de alguns locais e pessoas referidas no livro, penso que ter ainda gostado mais do livro, por isso.


Em Julho voltei também eu ao campo. Visitei os meus pais. Passeei com os cães, que são um poço de mimos. Se escolhesse ter um animal na minha casa em Lisboa, teria que ser um cão. São uma companhia fabulosa. Andei pela horta. Fui espreitar as romãzeiras, os marmeleiros, as figueiras e os tomateiros. Apanhei uma cesta de ameixas vermelhas, maduras, tão perfumadas e ramo de orégãos, para secar e guardar. Gosto de apanhar todos os anos orégãos para ir usando. Têm um sabor tão diferente dos que se compram embalados.

Fui almoçar num domingo de Julho ao restaurante Claro, do chef Vítor Claro de quem muito aprecio o trabalho. O dia estava tão bonito e da sala temos uma vista inspiradora sobre o mar!

Em Julho houve momentos felizes à volta da mesa com a família. Deu-se início aos almoços de fim-de-semana com as sardinhas assadas e a tradicional salada de pimentos, que adoro nesta altura do ano. Houve tempo para almoços com as amigas antes de partirem para férias. Houve tempo para pensar na vida!


Bem-vindo querido mês de Agosto! Que nos tragas muito sol, dias cheios de sorrisos e muitos petiscos bons para partilhar com todos aqueles de quem gostamos.