quinta-feira, 31 de julho de 2008

Pá de porco no forno

As férias estão a chegar e ando a procurar cozinhar o que tenho cá em casa. Não faz sentido deixar durante quase um mês o congelador e o frigorífico cheios de comida. Quando regresso de férias gosto de ir às compras, trazer produtos frescos, renovar stocks.

As minhas férias são principalmente no mês de Agosto. Encaro-as como um momento de passagem, de um ciclo que termina e um outro que vai começar quando voltar ao trabalho. Conhecem-se novas pessoas, iniciam-se e/ou renovam-se projectos. Entra-se novamente no ritmo.

Esta receita foi a eleita para cozinhar um pedaços de pá de porco que tinha no congelador. Ficou muito agradável. O molho e os acompanhamentos são indispensáveis.


Ingredientes:
1, 2 kg de pá de porco sem osso
2 a 3 cebolas picadas
5 dentes de alho laminado
2 dl de vinho branco
azeite
sal
salsa picada

1. Fazer num tabuleiro de forno uma cama de cebola e alho. Colocar a carne em cima. Temperar com sal. Regar com o vinho branco e azeite. Levar ao forno a assar.

2. Quando a carne estiver assada, cortar em fatias. Triturar o molho do assado.


Esta pá de porco foi acompanhada com batata assada no forno com pimenta vermelha e molho de banana. Ao servir salpicar o prato com um pouco de salsa picada.

As batatas foram cozinhadas de uma forma muito simples. O que lhe acabou por dar graça foi a pimenta vermelha. Colocar num tabuleiro batatas descascadas. Temperar com sal e pimenta vermelha desfeita . Levar ao forno a assar.

Embora não apareça na fotografia, esta carne foi acompanhada por um molho de banana agri-doce. Num tacho fundir 4 bananas descascadas e cortadas em pedaços com 4 colheres de sopa de açúcar mascavado. Deixar caramelizar um pouco. De seguida, adicionar sumo de um limão e um pouco de água. Quando a banana estiver desfeita adicionar malaguetas, pimenta da Jamaica, cravinho e temperar com uma pitadinha de sal.

P.S. Receita do folheto de promoção do Pingo Doce de 14 a 20 de Março de 2001.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Arroz de farinheira com gindungo

A farinheira é uma especialidade dos enchidos tradicionais portugueses. É feita com carnes gordas de porco, vinho, massa de pimentão, colorau e farinha. É um dos enchidos indispensáveis no nosso Cozido à Portuguesa e são óptimas grelhadas ou até mesmo na frigideira. Dado os níveis de colesterol deste enchido tem que ser comido com moderação. Assim, uma vez por outra.


Ingredientes:
1 chávena de arroz
1 cebola
2 dentes de alho
2 colheres de sopa bem cheias de azeite
1 folha de louro
2 colheres de chá de molho de gindungo
sal a gosto
salsa picada

1. Picar a farinheira com um garfo e levá-la a cozer em água.

2. Depois da farinheira cozida, retirar da água e deixá-la arrefecer um pouco. Retirar-lhe a pele e esmagá-la com um garfo.

3. Num tacho colocar o azeite, a cebolas e os alhos picados. Levar ao lume e deixar refogar um pouco. Adicionar uma folha de louro.

4. Juntar o arroz e a farinheira. Mexer bem para que tudo fique bem envolvido.

5. Adicionar caldo de cozedura da farinheira e um pouco de sal. Mexer e deixar cozinhar o arroz. Ir mexendo de vez em quando.

6. Antes de retirar do lume, adicionar 2 colheres de chá de molho de gindungo. Deixar cozinhar mais um a dois minutos.

7. Servir o arroz polvilhado com salsa picada.

Este arroz fica muito cremoso. Quem quiser "aligeirar" as calorias poderá usar água em substituição do caldo de cozedura da farinheira. Eu desfiz muito a farinheira. Quem preferir pode deixar pedaços inteiros.

Esta era uma das receitas que coloquei na minha lista de receitas a realizar das várias revistas que vou comprando.

P.S. Receita da revista Teleculinária nº 1455 de 26.02.2007. Apenas mudei a quantidade de arroz, na receita original tinha 350 g e acrescentei o gindungo.

Gindungo ...


P.S. Um muito obrigada à Migas com Gindungo.

terça-feira, 29 de julho de 2008

Almoço em casa de amigos ...

De que são feitas as amizades? De convívio? De proximidade? De contacto? De partilha? Há pessoas que consideramos amigas, mas que por algum motivo deixamos de conviver de forma mais próxima e naturalmente a amizade muda. Não quer dizer que se deixe de gostar da pessoa, mas há coisas que o estar longe condiciona. Já não se vai tomar café com tanta frequência, já não se telefona para ir ao cinema, depois de uma ou outra recusa para jantar ou ir conhecer a nova casa, porque na altura não dá jeito ou estamos cheios de trabalho entre muitas outras razões que não vale a pena enumerar, já não se volta a convidar. A rotina do dia-a-dia começa a ditar a frequência dos contactos. As amizades deixam de ser alimentadas e começam a perder a chama que lhes dá força.

Este ano, na minha de lista de coisas que gostaria de fazer em 2008, coloquei como algo a realizar encontrar-me com amigos que já não vejo há imenso tempo e de quem só tenho boas recordações.

Na sexta-feira o telefone tocou. Atendi e do outro lado a minha amiga Gilda voltou a lembrar que nos vemos muito pouco. Que mais uma vez iriamos deixar que as férias chegassem, que cada um ia para seu sítio sem nos encontrarmos entretanto. Ficou combinado um almoço na sua casa para domingo. Iam os amigos de sempre, à excepção da Sandra que partia nesse dia de férias para fora do país.

Quando chegámos a mesa já estava pronta. E começámos logo a petiscar.


Tostas e pão com bruschetta.

Requeijão.

Azeitonas.

Melão com presunto.

Frango com banana e caju.

Refogar caju cortado em pedaços com azeite, pó de caril e um pouco de açafrão. Depois de refogado, retirar o preparado para um outro recipiente e reservar.

No recipiente usado para alourar o caju e que ainda deverá ter um pouco de azeite, alourar um frango desossado, sem pele e cortado aos quadrados com 3 dentes de alho. De seguida juntar duas cenouras cortadas em cubos, um alho francês (apenas a parte branca) às rodelas, uma embalagem de rebentos de soja frescos , pimentos verdes e vermelhos assados (1/2 embalagem de cada). Tapar o recipiente e deixar cozinhar. Por fim, adicionar o caju , duas bananas às rodelas e 1 pacote de natas. Deixar cozinhar mais um pouco. Servir com arroz branco e salada mista.

Este prato fica com um sabor muito exótico.

Brownie, ou melhor uma tentativa pois ficou tempo demais no forno, de dois chocolates e nozes.

Gelados. Que nestes almoços são sempre uma desgraça para qualquer controlo de calorias!

As amizades são feitas de laços. Da partilha de sentimentos. De momentos de alegria, de convívio, de apoio ... Mesmo que se esteja longe, os laços podem voltar a ser feitos e refeitos.

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Arroz de vitela com legumes

Comi este arroz, na Covilhã, em Maio de 2007. O percurso dessa viagem de trabalho passava pela Covilhã, Serra da Estrela (Penhas da Saúde), uma vista à Central Nuclear de Almaraz e Cáceres. Na Covilhã escolhemos um restaurante modesto, daqueles que aparentam ter comida caseira e típica. Escolhi o prato do dia que era arroz de vitela. Normalmente, quando saio em viagens de trabalho e faço as minhas refeições todas em restaurantes procuro mais os pratos de peixe. Mas aqui não me arrependi. O arroz estava muito saboroso. Ainda tentei conversar com o empregado de mesa para perceber como era feito, mas ele não se descoseu. Desculpou-se que a cozinheira é que sabia, mas que na altura não era possível falar com ela, enfim... segredos de restaurante. Tomei nota desta ideia na minha agenda e ficou em stand-by a aguardar uma oportunidade. Eis que ela finalmente chegou.


Ingredientes:
carne de vitela para cozer
1cebola
3 cravinhos
1 folha de louro
tomate maduro
3 dentes de alho
azeite
2 chávenas de arroz
1 cenoura cortada em cubos
7 cogumelos frescos laminados
ervilhas
salsa picada


1. Colocar numa panela água, uma cebola, 3 cravinhos e sal. Levar ao lume. Quando levantar fervura juntar a carne de vitela e uma folha de louro. Deixar cozer a carne.

2. Depois da carne cozida, retirar a cebola. Deixar arrefecer um pouco a carne. Guardar o caldo de cozedura da carne.

3. Picar a cebola cozida para um tacho. Juntar o tomate picado, os dentes de alho e um pouco de azeite. Levar ao lume e deixar refogar.

4. De seguida adicionar o arroz e mexer. Adicionar o caldo de cozedura da carne. Quando levantar fervura juntar a carne de vitela cortada aos pedacinhos, a cenoura, os cogumelos e as ervilhas. Temperar com um pouco de sal. Se for necessário adicionar mais caldo da cozedura da carne.

5. Servir o arroz polvilhado de salsa picada.

Nos meus apontamentos tenho que o arroz levava uma macedónia de legumes (cenoura, ervilhas, cogumelos e feijão verde).

domingo, 27 de julho de 2008

Ontem foi sábado ...

... e para quem me conhece e visita este espaço, sabe que é o dia em que vou à praça. O sábado é o dia escolhido porque tenho mais tempo para arrumar o que compro e trago quase sempre peixe fresco para o almoço.

O sábado é o dia dos grelhados no quintal. Coloca-se carvão no grelhador. Espera-se pacientemente e deixa-se fazer brasas. Põe-se a mesa e os chapéus de sol também no quintal. Serve-se vinho verde bem fresco. E depois de uma grande almoçarada fica-se um pouco na ronha entre a leitura do jornal Expresso e uma soneca na espreguiçadeira.

Este sábado não fugiu à rotina. De manhã fui comprar peixe (sardinhas para não variar) e passei pela banca do senhor José. O senhor José é um velhote muito simpático onde eu me costumo abastecer de frutas e legumes na praça. Aconselha-me, dá-me a provar algumas das frutas que tem à venda e que considera muito boas. Confio no que ele me aconselha, porque na realidade é sempre bom.


No almoço deste sábado tivemos para acompanhar a sardinhada uma salada com pimentos. Antes de assarmos as sardinhas, colocámos no grelhador os pimentos com as brasas bem vivas. À medida que a pele dos pimentos vai sendo queimada, fica mesmo preta, são virados, de modo a que fiquem assados por igual. Depois de assados foram colocados dentro de um saco de plástico. Fechou-se a boca ao saco e estiveram assim um bocado a suar. Depois tirou-se-lhes a pele debaixo da torneira da água a correr (não é preciso abrir a torneira toda, basta um fio de água, pois ajuda a tirar a pele). Abriram-se ao meio e tirou-se-lhes as sementes. Foram cortados em tiras e adicionados aos restantes ingredientes da salada.


Já há algum tempo que conhecia este truque do saco mas nunca tinha experimentado. A pele sai muito mais facilmente.

Este foi o último almoço de sardinhada no quintal. Os chapéus foram fechados. A mesa e o grelhador já estão arrumados. As férias estão quase a chegar ... Talvez em Setembro haja mais.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Sopa de feijão cannellini com tomate

Assim que o vi na bancada da praça fiquei encantada. A primeira coisa que me chamou a atenção foi a cor. As vagens rasgadas de vermelho vivo e os bagos de feijão salpicados de encarnado , encantaram-me. Não consegui resistir ao charme deste feijão , negociei o preço e trouxe para casa um saco cheio.

Tenho, normalmente o hábito de escolher os ingredientes em função da receita, agora com o feijão cannellini foi ao contrário. Foi ele que ditou as receitas que eu iria fazer. Para começar, fiz uma pesquisa no google e encontrei esta sopa que me agradou bastante.


Ingredientes:
750 g de feijão debulhado
1 cebola média
2 batatas
2 cenouras
2 tomates bem maduros
1 pedaço de chouriço de carne
3 dentes de alho
1 folha de louro
1 ramo de salsa
azeite a gosto

1. Colocar numa panela a cebola, os dentes de alho, as batatas, as cenouras, os tomates, a salsa, tudo bem picadinho. De seguida juntar o feijão, a folha de louro e o chouriço.

2. Temperar com um pouco de sal. Tapar os legumes com água e levar ao lume. Deixar cozer em lume brando.

3. Uns minutos antes de a sopa estar terminada, juntar o azeite.


Esta sopa fica maravilhosa, mesmo indicada para dar protagonismo a este feijão.

P.S. Receita do blogue A Flosinha.

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Feijão de debulhar ou feijão cannellini



quarta-feira, 23 de julho de 2008

Strozzapreti com legumes, camarões e pistácios

Um destes dias vi o programa televisivo Sentido do Gosto dedicado às massas. José Bento dos Santos apresentou uma receita de massa que me pareceu muito interessante. Consistia em refogar uma cebola em azeite, adicionar camarões e pistácios. Por fim, envolver este preparado numa massa. Passado uns dias resolvi colocar logo em prática a ideia e resultou muito bem.

Mas por motivos que nem sei explicar, tenho sempre algumas dificuldades em seguir com exactidão as indicações das receitas, há quem diga que não sou capaz. Eu sei que sou, mas gosto de inventar a partir do que já está feito e em quase tudo o que aqui coloco tento dar um ar da minha graça. À ideia apresentada por José Bento dos Santos resolvi acrescentar uns legumes e um pouco de picante.


Ingredientes:
600 g de camarão com casca
7 colheres de sopa de azeite
1 cebola
3 dentes de alho
1 courgette
1 cenoura grande
6 cogumelos frescos (usei cogumelos marron)
1 malagueta vermelha
pimenta de moinho
sal
pistácios
500 g de massa fresca Strozzapreti
queijo parmesão ralado
coentros picados

1. Cozer os camarões em água e com um pouco de sal. Depois de cozidos, descascá-los.

2
. Colocar numa frigideira funda o azeite e os dentes de alho picados grosseiramente. Levar ao lume e deixar frigir um pouco os alhos. De seguida adicionar a cebola picada. Mexer e deixar amaciar a cebola. Juntar a malagueta cortada ao meio.

3. Cortar a cenoura e a courgette em pequenos cubos. Laminar os cogumelos. Adicionar ao preparado anterior, assim como os camarões e os pistácios. Deixar cozinhar, mas ir mexendo de vez em quando para não deixar pegar.

4. Temperar com sal a gosto e pimenta de moinho.

5. Cozer a massa segundo as indicações da embalagem.

6. Depois da massa cozida, escorrer e envolver com o preparado de legumes. Servir com o queijo parmesão ralado e os coentros picados.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Piza ou Pizza, tanto faz ...

Esta é a segunda vez que faço piza em casa. A primeira vez que cozinhei piza, se bem me lembro, foi com a minha amiga Conceição, na altura colega de curso. Arranjei massa do pão, ela fez o molho de tomate e arranjamos ingredientes para a piza de que ambas gostávamos. Lembro-me de colocarmos milho, muito queijo, fiambre, azeitonas, ananás, etc. Esta experiência já foi há mais de dez anos.

Gosto muito de pizas, mas pouco me tenho aventurado a cozinhá-las. Resolvi confeccionar piza agora que estão disponíveis embalagens de massa fresca à venda nos supermercados. Aqui vos deixo a minha experiência.
Para o molho de tomate coloquei num recipiente uma cebola picada e um pouco de azeite. Levei ao lume e deixei cozinhar a cebola. De seguida acrescentei polpa de tomate, um pouco de sal e salsa picada. Deixei cozinhar mais um pouco e triturei o molho.


Como tinha duas embalagens de massa, fiz duas pizas. Numa coloquei cogumelos laminados, alcachofras, azeitonas verdes às rodelas, queijo gruyère e queijo parmesão ralado. Levei ao forno.



Nesta segunda piza, coloquei uma courgette cortada às rodelas, queijo feta aos cubinhos e queijo parmesão ralado. Assim que saiu do forno polvilhei com orégãos.

Estas pizas foram o jantar de sábado. Uma experiência a repetir. No entanto, da próxima vez tenho que fazer o molho com tomates frescos, acho que deve ficar muito melhor.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Doce de alperce

Há pessoas que cruzam a nossa vida e com as quais criamos logo uma grande empatia. E depois à medida que o tempo passa vamos percebendo que pensamos da mesma maneira, que nos identificamos com as mesmas coisas, que apesar de formações diferentes temos muito mais em comum do que à partida pensaríamos. Isso aconteceu comigo e com a Ana Paula Assis, que para além de ser minha colega de trabalho é uma grande amiga.

Há uns tempos atrás a Ana Paula deixou na minha secretária dois saquinhos com alperces. Madurinhos e perfumados.

Como estavam muito madurinhos, achei por bem fazer doce ou compota de alperce. Fui ao O Livro de Pantagruel e descobri uma receita.


Ingredientes:
1 kg de alperces bem maduros, descascados e sem caroço
750 g de açúcar (usei açúcar amarelo)

1. Cortar os alperces em bocadinhos. Misturá-los muito bem com o açúcar. Deixá-los assim 24 horas.

2. Passadas as 24 horas, os alperces estão quase em calda. Levar o preparado ao lume brando, mexendo sempre com uma colher de pau até obter o ponto de estrada.

3. Distribuir o doce por frascos.

Foi a primeira vez que fiz doce de alperce. Gostei bastante. Não fica muito doce. Quem preferir também pode adicionar um pau de canela.

domingo, 20 de julho de 2008

A pensar em férias ...

Ainda faltam alguns dias para entrar de férias e, no entanto, dou por mim a ver as fotos da minha viagem, em Agosto de 2006, a Cambridge e a Londres com uma sensação de nostalgia.

Parti para Londres logo a seguir a uma ameaça terrorista. Em Lisboa fazia muito calor. O voo atrasou-se mais de uma hora e nós, com receio que houvesse filas intermináveis no check in, fomos muito mais cedo. Três horas antes da hora prevista de partida. As medidas de segurança eram muito, muito apertadas. No avião apenas pudemos levar connosco os documentos, que colocámos num saco de plástico transparente. Nada de telemóveis, máquinas fotográficas, computadores ou líquidos.

Chegados a Heathrow, o aeroporto quase parecia tirado de uma cena de um filme de acção. Polícias e mais polícias armados com metralhadoras em punho. Segurança e muita confusão, especialmente filas para confirmar a documentação.

Depois de sairmos do aeroporto, teríamos que apanhar um autocarro que nos levasse ao rent-a-car. Enquanto procurávamos a paragem do autocarro, começou a chuviscar e o vento não era nada simpático. Um casaco? Bem, está no fundo da mala. Lá tive que abrir a bagagem, remexer e tirar o imprescindível casaquito, que não se revelou totalmente apropriado. Em Lisboa um calor de rachar. Em Londres, frio e chuva. Naquele momento senti que não tinha levado a roupa mais adequada.

Depois de chegarmos ao rent-a-car, foi a aventura de conduzir à direita e de fazer a viagem até Cambdrige, apenas com um mapa. Apesar de tudo só nos enganámos um vez. Nada mau.

Com tantos atrasos e cansados da viagem, nesse dia, acabámos por comprar umas sandes e ir jantar para o quarto.

No dia a seguir, depois do tradicional breakfast inglês (ovo estrelado, bacon, tomate assado, feijão, torradas, sumo de laranja e café) partimos em direcção ao condado de Norfolk com o objectivo de visitar esta casa em Holkham.
Na aldeia de Holkham tomámos chá e scones. O ambiente era encantador. Tranquilo. Mesas de madeira num jardim muito bem arranjado. Lembro-me de um passarinho vir pousar junto à nossa mesa e tentar roubar algumas migalhas dos scones.

Depois fomos a pé até ao palácio de Holkham Hall.

O palácio e todo o ambiente em volta corresponderam às expectativas e, curiosamente, a propriedade e a casa ainda hoje são usados pela família fundadora. Aqui ficam as imagens da cozinha, que foi usada até à Segunda Guerra Mundial.




Gosto de visitar cozinhas antigas, que outrora tiveram vida. Conseguem imaginar a azáfama desta cozinha? As carnes, os peixes, as massas, os assados .... associo logo a algumas cenas de filmes ou séries inglesas, que às vezes dão a ideia da vida de uma cozinha numa casa senhorial. Não me sai da cabeça, a jovem criada, com o seu vestido comprido, cabelo apanhado e de touca, a descascar batatas ou a cortar legumes, enquanto a cozinheira mais velha e refilona depena um grande pato ou arranja alguma peça de caça. Isto já são é filmes a mais. De certeza.

Ontem, o meu almoço foi ...




Ultimamente tenho procurado aproveitar os sábados para comer peixe grelhado, cá em casa. Este sábado o peixe escolhido foi a sardinha.

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Directamente da Grécia


Quem é que não gosta de receber presentes? Todos, claro. E eu também não fujo à regra. Adoro.
Agradeço ao José Granha, que teve a amabilidade de nos trazer da sua viagem à Grécia, este presente.
Muito obrigada!

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Salada de cuscuz, maçãs vermelhas e espargos

Várias são as vezes que me sinto tentada a comprar mais livros de culinária ou revistas dedicadas ao tema. Mas ao mesmo tempo a minha consciência lança um alerta laranja e refreio o meu impulso.

São várias as revistas e livros que tenho na minha estante, e dos quais ainda não fiz uma única receita. Quando compro um livro ou revista é para tirar ideias, para pôr em prática alguma das sugestões ou para simplemente para me inspirar. É para usar e não apenas guardar. E é este sentimento que às vezes tenho em relação às minhas revistas, sinto que estão guardadas e que acabo por usá-las pouco.

Como resolução resolvi consultar algumas das revistas e assinalar as receitas que gostaria de fazer brevemente. Esta salada é de uma dessas revistas.

Ingredientes:
2oo g de cuscuz
3,5 dl de água quente ou chá (por exemplo, chá Verde, Laranja com canela, Andalousia)
400 g de espargos
2 maçãs grandes vermelhas
50 ml de azeite
1/2 limão (sumo)
1 pimento vermelho (não usei)
2 fatias de pão de forma sem côdea
50g de amêndoas laminadas
150 g de presunto fatiado
sal & pimenta

1. Preparar os cuscuz. Colocar os cuscuz num tabuleiro e regá-los com o chá ou água quente. Com o auxílio de um garfo, separar os cuscuz.

2. Arranjar os espargos e cozê-los em água temperada com sal. Escorrer os espargos e cortá-los em pedaços.

3. Laminar a maçã.

4. Levar ao lume metade do azeite, juntar-lhe as maçãs e regar com o sumo de limão. Adicionar o pimento em pedaços. Temperar com sal e pimenta.

5. Cortar o pão em cubos e saltear no restante azeite, assim como a amêndoa e o presunto em pedaços. Misturar tudo com os cuscuz e os espargos.


Esta saladinha fica uma delícia. Adorei a combinação de sabores, a maçã, os espargos, o presunto. Embora aqui tenha apresentado a receita original, acabei por confeccionar a salada com algumas pequenas alterações. Não usei pimento, porque simplesmente não tinha em casa. Substitui o pão de forma por croutons e usei chá para cozinhar os cuscuz, dica que aprendi num dos cursos que fiz na Vaqueiro.

P.S. Receita da revista Mulher Moderna na Cozinha, nº 107, Fevereiro de 2005.