quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Doce de melão com laranja

Ingredientes:
6 kg de polpa de melão cortada em pedaços pequenos
3 kg de açúcar amarelo
casca de uma laranja ou de tangerina

1. Envolver os pedaços de melão com o açúcar e deixar em repouso umas horas.

2. Escorrer todo o líquido para um tacho. Levar ao lume e deixar ferver até ponto de espadana forte.

3. Adicionar os pedaços de melão e a casca de uma laranja. Deixar ferver em lume brando até atingir o ponto estrada.

Quando, há quinze dias, visitei a minha mãe, no Ribatejo, já ia com vontade de fazer este doce de melão, antes de partir fui ao livro de Pantagruel (Ed. Temas e Debates) e tirei a receita. Usei melão branco de Almeirim. O Ribatejo, e em especial a zona Almeirim, é uma região produtora de bom melão e a preços acessíveis.

Segundo os provadores oficiais dos doces que se fazem nesta cozinha, este é dos melhores que já fiz!

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Hoje para o jantar ...

Hoje para o jantar fiz frango panado no forno. Gosto de pratos assim, rápidos e deliciosos.

Ingredientes:
1 frango cortado em pedaços
60 g de parmesão ralado
3 colheres de chá de salsa picada
2 colheres de sopa de azeite
200 ml de natas
Paprika ou pimentão doce
Sal & pimenta
Pão ralado q.b.

1. Aquecer o forno a 200º C.

2. Colocar num saco de plástico o pão ralado, o parmesão e a salsa. Misturar bem estes ingredientes.

3. Regar o frango com o azeite e temperar com sal e pimenta a gosto.

4. Colocar os pedaços de frango num recipiente com as natas. Envolver todos os pedaços muito bem nas natas.

5. Introduzir os pedaços um a um no saco de plástico. Sacudir bem o saco de modo a que os pedaços fiquem bem cobertos com o pão ralado.

6. Dispor os pedaços de frango num tabuleiro revestido com papel de alumínio ligeiramente untado com margarina.

7. Polvilhar o frango com paprika ou pimentão doce.

8. Levar ao forno durante aproximadamente 45 minutos, até os pedaços de frango ficarem douradinhos.

Servi este frango com esparguete cozido e uma saladinha de tomate.

P.S. Receita "copiada" do livro Apascentai o meu rebanho.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Salada de bacalhau com grão

Quando vi que a quinzena da Colher de Tacho era o grão de bico, pensei que não poderia deixar de participar. Cá em Portugal vários são os pratos que são confeccionados com grão. Um dos que eu mais gosto é grão cozido com bacalhau e ovo, temperado com salsa picada e cebola, e bem regado de azeite. O tempero com a salsa e a cebola, e o azeite são o segredo deste prato. Simples, mas delicioso. Inspirada nesta ideia do bacalhau com o grão e a cebola com a salsa resolvi fazer uma salada.


1. Assar duas postas de bacalhau previamente demolhadas. Quem preferir pode comprar o bacalhau já preparado, encontra-se à venda congelado nos supermercados.

2. Cozer três ovos.

3. Cortar aos pedaçinhos 4 tomates vermelhinhos para uma taça.

4. Adicionar grão cozido e previamente escorrido, sensivelmente 500 g.

5. Juntar, a gosto, azeitonas pretas. Eu usei já cortadas e descaroçadas.

6. Desfiar o bacalhau e juntar ao preparado.

7. Depois dos ovos cozidos, descascá-los e cortá-los. Juntar à salada.

8. Picar uma boa cebola e um raminho de salsa. Adicionar à salada.

9. Temperar com um pouco de sal, pimenta, bom azeite e vinagre a gosto. Mexer e servir.

Esta ideia resultou muito bem. Foi acompanhada por um vinho do Dão da Casa de Santar - reserva 2003.

sábado, 22 de setembro de 2007

A cozinha e a arte

Jovem rapariga a descascar maçãs
Nicolaes Maes (1634-1693)
Metropolitan Museum of Art, Nova Iorque

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Publicidade Institucional


P.S.Imagem trabalhada pelo meu colega João Francisco, que me tem presenteado com várias criações suas. Obrigada.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Bolo de chocolate no microondas


Não consigo passar sem cozinhar. A cozinha é um vício, uma forma de me descontrair, de ser criativa... Quando cozinho quase que me esqueço de tudo o resto.

Como se costuma dizer "quem não tem cão, caça com gato", fiz este bolinho de chocolate no microondas. E gostei. Muito macio e delicioso.

Na altura de servir, reguei-o com uma calda de chocolate e digo-vos uma delícia, para além de ser muito, muito rápido a confeccionar.

A receita encontrei-a aqui.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Medalhões de pescada em papelote com aipo

A minha cozinha continua com pouca agitação. O problema da fuga de gás no prédio ainda não está resolvido. O senhorio já enviou uma empresa para fazer um orçamento, mas o que é certo é que já passou um mês e o problema continua na mesma.

Para ajudar ao problema, o pequeno fogão de campismo que tínhamos cá em casa já não funciona. Como era já mesmo muito velhinho, resolvemos passar pelo Decathlon e comprámos um novo fogareiro. Impecável. Com dois bicos. Lindo. Até aqui tudo bem. Pensei que já poderia voltar a fazer uns pratos mais interessantes que os assados no forno eléctrico e deixar de explorar as potencialidades do microondas. Sopa! Já tenho saudades de fazer as minhas sopinhas!!! Enganei-me redondamente. Pois, agora não sei onde comprar as botijas de gás para este fantástico fogareiro, as que encontrei não servem porque são pequenas!!! Enfim...

Alguém sabe onde comprar botijas de gás Campingaz referência 904 ou 907, na cidade de Lisboa?

Hoje para o jantar fiz medalhões de pescada em papelote. Acho os medalhões muito práticos e versáteis. São uma óptima solução para quem torce o nariz ao peixinho porque não tem paciência para tirar as espinhas.


Forrei um recipente com papel de alumínio. Em cima do papel de alumínio, coloquei papel vegetal para conservar o suco dos ingredientes. Dispus os ingredientes, em camadas, pela seguinte ordem: courgete cortada às rodelas, 4 ramos de aipo cortados e por fim os medalhões de pescada (1 kg). Temperei com sal, azeite, pimenta e alecrim seco. Fechei o papelote e levei ao forno, isto é, na cloche.

Servi estes medalhões com arroz branco.

O uso do aipo resultou muito bem. Os medalhões ficam perfumados. Dada a intensidade do aipo da próxima vez não coloco o rosmaninho.

domingo, 16 de setembro de 2007

Salada de cuscuz com alcachofras


1.Colocar os cuscuz num recipiente largo e fundo. Escaldá-los com chá verde quente, mexendo com um garfo de modo a que fiquem todos molhados por igual.

2. Deixar arrefecer um pouco os cuscuz e depois começar a adicionar os ingredientes da salada. Juntar queijo feta aos cubinhos, beterraba cozida e cortada, tomate e pepino cortados aos pedaços pequenos.

3. Adicionar corações de alcachofra cortados em 4 (usei uma lata de conserva de corações de alcachofra).

4. Servir com mistura de alfaces e rúcola. Juntar sementes de girassol.

5. Temperar com sal e pimenta a gosto, com óleo de noz e vinagre.

Mais uma excelente opção para uma refeição rápida.

A cozinha e a arte

The Tea, 1880
Mary Stevenson Cassat, EUA (1844-1926)
Museum of Fine Arts (MFA), Boston

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Há dias assim ...

... que somos surpreendidos de forma muito agradável. Hoje recebi esta imagem como presente. Adorei!
Obrigada, João.

Bacalhau verde

Bacalhau verde é uma receita com muito sucesso cá por casa. Já a fiz várias vezes a pensar em colocar aqui no blog. Mas chega a hora de tirar a fotografia e acaba por ficar para outro dia, porque apetece a toda a gente começar logo a comer.

Quando fui de férias a Boston resolvi fazer uma refeição para os meus amigos Nuno e Sofia, que tão amavelmente nos receberam. A receita eleita foi este bacalhau verde.


Ingredientes:
3 postas de bacalhau grandes
500g de espinafres
250g de miolo de camarão
Puré de batata (aprox. 700g)
2 cebolas grandes
Azeite
Noz Moscada
Pão Ralado


1. Cozer o bacalhau.

2. Retirar às postas de bacalhau as peles e as espinhas.

3. Fazer o puré de batata e temperar com a noz moscada.

4. Picar as cebolas para um tacho.

5. Juntar azeite à cebola picada. Levar ao lume e deixar refogar bem as cebolas.

6. Adicionar à cebolada o bacalhau, o camarão, os espinafres cozidos e picados. Deixar apurar.

7. Envolver o preparado no puré.

8. Colocar a mistura num pirex previamente untado de margarina. Polvilhar com pão ralado.

9. Levar ao forno médio até alourar.


Para acompanhar este bacalhau aconselho uma boa salada de tomate.

P.S.: Quando não encontro espinafres frescos ou quando tenho menos tempo, às vezes, costumo usar espinafres congelados e já picados que apenas deixo uns minutos em água quente. Uso depois de escorridos. Receita descoberta no livro Apascentai o meu rebanho.

domingo, 9 de setembro de 2007

A cozinha e a arte

Fruit displayed on a stand (1881-82)
Gustave Caillebotte (1848-1849)
Museum of Fine Arts , Boston

Corrente da Amizade

Agradeço à Migas (Migas com Gindungo) e à Soraya (Com Vista Pró Castelo) por me terem convidado a participar na corrente da amizade. Um muito obrigada e um beijinho grande.

Como funciona:

- cada pessoa escolhida indica mais dez com o objectivo de agradecer a gentileza que tiveram de compartilhar connosco as suas artes, pensamentos e um pouco da sua vida. Depois de escolhidas as participantes devemos fazer uma visitinha ao blog de cada uma e deixar um comentário avisando da corrente.

Dedico esta corrente a todos os outros foodblogs que constam na lista "sobre culinária", aqui, nos Cinco Quartos de Laranja e a todos os visitantes que, por sua vez, ajudam a construir este projecto.

«A amizade é um oásis belo e acolhedor no deserto da vida!»

sábado, 8 de setembro de 2007

Cozido em terra quente

A minha viagem de férias, deste ano, teve início na ilha de S. Miguel nos Açores. Eu e o meu marido chegámos ao aeroporto no dia 12 de Agosto e resolvemos partir logo à descoberta da ilha, deixando a cidade de Ponta Delgada para outro dia.

Nesse dia demos a volta a ilha e ficámos alojados em Povoação. Mas não é das minhas férias que vos quero falar, quero partilhar convosco algumas das experiências gastronómicas que experienciei.

Nos Açores saboreei para além da morcela assada com ananás, queijo fresco com massa de pimentão (servido usualmente como couvert), lapas na grelha com alho e limão, Frangalho, excelente peixe grelhado, carne de vaca maravilhosa, os famosos bolos lêvedos, as queijadas de Vila Franca do Campo, entre outras iguarias. Para além destes prazeres gustativos, assisti, na Lagoa das Furnas, ao processo de realização do famoso Cozido das Furnas que, como não poderia deixar de ser, também tive o prazer de saborear. Este cozido deve ser único no mundo, dado o processo de cozedura.

Em Ribeira Grande também se faz cozido nas caldeiras, mas de maneira um pouco diferente do das Furnas.

Na Lagoa das Furnas, a Junta de Freguesia disponibiliza um funcionário que vai fazendo a gestão do espaço. Restaurantes e particulares tiram partido destes buracos quentes, não havendo lugares reservados. A distribuição é feita por ordem de chegada. Aqui ficam algumas fotos que documentam o processo:

«(...) No chão, fazem-se buracos com um sacho onde se faz o tão apreciado cozido das furnas. Numa toalha de mesa (que apenas servia para aquele fim), espalhavam-se em circunferência, folhas de repolho e em cima colocavam-se carnes, de porco, vaca, galinha, e toucinho e um saquito onde se metia a morcela (para que ao cozer não se desfizesse e se espalhasse), batatas, doces e da terra e ainda cenouras partidas ao meio, ao alto. Novamente se colocavam folhas de repolho. Claro que as carnes tinham sido previamente temperadas de sal.

A toalha era depois dobrada por cima das últimas folhas, sendo tudo novamente embrulhado noutro pano e depois metido numa saca de sarapilheira, bem amarrada, que se introduzia no tal buraco e se tapava com a mesma terra. Ao fim de 4 a 4 horas e meia o cozido estava pronto. Desenterrava-se e então servia-se. Devo dizer-vos que o sabor daquele cozido não tinha comparação com qualquer outro. Repararam talvez, que me servi sempre dos verbos no passado. É que hoje raramente se faz o cozido como o descrevi. Foi determinado que, em área delimitada, as covas fossem igualmente feitas na terra, mas forradas com uma camada de cimento.

O cozido é agora feito em panela de alumínio, usando os mesmos ingredientes a que me referi, mas em camadas. É tapado com uma tampa de alumínio, bem presa com corda de asa a asa, metida na saca e introduzida na cova e tapada com uma tampa também de cimento. Aí o tempo de cozedura é mais longo, de 5 a 6 horas.

Da mesma maneira se faz o bacalhau "com todos", usando também chouriço, a feijoada e os bolos doces (de chocolate, de mel, de laranja e outros), bem como arroz doce e até compotas. »

LIMA, Zita (2007) - A Cozinha Açoriana, ed. Everest, p.11

Segundo informação no local, passadas 6 a 6 horas meia o cozido está pronto e é retirado das covas ...

Provei este famoso cozido no restaurante Águas Quentes, nas Furnas, onde o chefe Paulo Arruda nos recebeu com inexcedível simpatia e disponibilidade.

Nos ingredientes do cozido, para além das tradicionais carnes e enchidos, da batata da terra e da batata doce, os açorianos juntam também inhame.


Restaurante Águas Quentes
Rua Água Quente, nº 15
9675-040 Furnas
São Miguel - Açores
Tel.: 296 584 482
eMail: aguasquentes@mail.telepac.pt


P.S.: Vale a pena descobrir um pouco mais sobre os Açores através do seguinte blogue: The Azores Islands.

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Hoje para o jantar ... há saladinha!

Chegada de férias ainda não retomei o meu ritmo na cozinha, basicamente por dois motivos: o frigorífico continua quase vazio e, o pior de tudo é que estou sem abastecimento de gás, devido a uma fuga detectada no prédio.

Enquanto o abastecimento não é retomado, ando a tentar solucionar o problema das nossas refeições como posso. O grelhador eléctrico e o fogão de campismo já estão a postos, o manual do microondas foi resgatado do fundo de uma gaveta e já está em cima da minha secretária (é desta que vou começar a cozinhar no microondas!!). Já pensei que esta seria a altura ideal para comprar uma Bimby, mas cá por casa não me dão grandes ouvidos em relação a este electrodoméstico. Que jeito que me dava agora!



Para a salada:

Num recipiente juntei pepino cortado aos cubos, tomate cereja, salada mista, uma embalagem de queijo já pronto para saladas, um queijo fresco cortado aos cubos, azeitonas, salmão fumado cortado em pequenas fatias, 2 talos de aipo cortados, nozes picadas, massa fusili que já tinha cozida e uma courgete grelhada às rodelas. Temperei com um cheirinho de coentros, sal, pimenta e azeite extra virgem (com louro, malagueta e pimenta rosa que comprei no Lidl).