sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Vamos fazer pão: Pão doce para o lanche


Fazer pão em casa é uma verdadeira alegria. Todas as semanas faço pão e sabe-nos sempre tão bem! Depois do pão cozido, deixo arrefecer e congelo. Assim durante a semana vou descongelando à medida que precisamos e o pão chega à mesa sempre fresco. Quando os pães são maiores, corto-os em quartos, enrolo em película aderente, coloco num saco e congelo.

Fazer pão em casa é uma verdadeira delícia. O pão que fiz esta semana é a pensar nos lanches e nos pequenos almoços. Mas com a particularidade de ser doce.

Deixo-vos mais uma vez o desafio: Vamos fazer pão?

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Miolo de camarão ao alhinho


Que bom que é, quando podemos juntar a família e os amigos para uma refeição à volta da mesa. Adoro toda a azáfama que envolve estes encontros. Define-se a ementa. Coloca-se a mesa. Põem-se os pratos. Escolhe-se o vinho.

Como entrada de um almoço ou jantar, ou às vezes simplesmente para petiscar, num dia bonito, adoro fazer camarão, na frigideira, ao alhinho. Fica suculento, cheio de sabor. É como se tivéssemos um pouco da brisa do mar à mesa. Adoro!

Preparei esta receita para a rubrica da Pescanova.

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Panna cotta sem lactose com doce de alperce


Eu sou daquelas pessoas que adora sobremesas. Terminar uma refeição com um miminho doce é um conforto tão bom! Uma das sobremesas que faço muitas vezes é panna cotta. A panna cotta é uma receita italiana que significa literalmente nata cozida. É muito fácil e prática de se fazer e assim que chega à mesa toda a gente quer provar. É optima para servir quando temos uma festa, ou quando juntamos os amigos e a família à mesa.

A Parmalat desafiou-me a criar uma receita com a sua nata 0% lactose. Confesso que pensei, logo, em fazer uma panna cotta. Agora quem tem intolerância à lactose pode também apreciar o sabor bom e cremoso desta tão conhecida receita italiana.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Vamos preparar o Natal: As etiquetas para os presentes


O Natal é uma das épocas mais especiais do ano. Adoro o colorido das ruas, as luzes a piscar, as montras enfeitadas. É uma época tão bonita.

É nesta altura que juntamos toda a família à mesa. Compramos presentes para oferecer àqueles que nos são mais queridos. Mas o Natal é também uma forma de criar tradições em família, de estreitar laços entre todos. Uma das coisas que se faz na minha família, da parte do meu marido Ricardo, é as etiquetas para os presentes de Natal. Uma tradição que adorei logo assim que cheguei à família. E ano após ano também eu entrei neste hábito de fazermos as nossas etiquetas de Natal. Uns anos são mais perfeitas. Outro menos criativas. Mas a verdade é que nos divertimos sempre a fazê-las. Na família temos os nossos primos Teresa e Gino que nos deixam todos os anos surpreendidos com as suas etiquetas. Sempre tão originais!

Mas sabem, o que acho curioso nesta tradição, é tudo o que a envolve. Pensar no que iremos fazer. Comprar materiais. Testar. Voltar a fazer.

Para as etiquetas do ano passado, por exemplo, decidimos aproveitar os rolos do papel higiénico, dobrámos as pontas e enfeitámos com fita autocolante colorida. O trabalho das etiquetas acaba por ser uma construção. Todos damos ideias. E isso torna-se muito divertido!


Houve um ano em que não fizemos etiquetas. A alternativa foi comprar. Mas sabem, os presentes não tiverem a mesma piada. Parece que perderam um bocadinho da alma que os caracteriza. As etiquetas são o toque pessoal. São todas feitas à mão, o que as torna únicas e especiais.

Cá por casa, já se anda a pensar na etiqueta para este ano. E vocês, também fazem as vossas próprias etiquetas? Peçam ajuda à família e criem também esta tradição. Vão ver que se vão divertir imenso.

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Marmelada com pêra


Há tradições que gosto de manter. Uma delas é nesta altura do ano fazer marmelada. Adoro. A marmelada caseira tem um sabor tão especial que não se compara em nada com a que normalmente se encontra à venda.

Uma das receitas que faço há anos é a de marmelada com vinho do Porto. Fica tão boa! Ver se um destes dias faço esta receita mas acrescentando-lhe uma mão cheia de nozes. Marmelada, vinho do Porto e nozes combinam tão bem!

Mas se tento todos os anos fazer uma receita de marmelada tradicional cá por casa, o que é certo é que gosto também de me aventurar e fazer experiências. Há uns anos decidi experimentar fazer marmelada com maçã. Ou seja, juntei marmelos com maçã e o resultado surpreendeu e conquistou os comensais da família. Na altura decidi logo fazer uma nova experiência juntando marmelo e pêra. Gostamos tanto que nem houve tempo para tirarmos fotos. Um destes dias, com os marmelos que trouxe da horta, decidi voltar a fazer a tão saborosa marmelada com pêra.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Vamos fazer pão: Pão com farinha de espelta no tacho


Fazer bom pão é uma arte que se aperfeiçoa com o tempo. Quando se faz pão vai-se percebendo aos poucos e poucos as massas, se aguentam ou não mais água, se precisam de mais tempo de fermentação, qual a temperatura mais adequada do nosso forno. Fazer bom pão em casa é um processo. Quando comecei a fazer pão, principalmente aquele com longas fermentações, nem sempre correu tudo bem. Mas o segredo é não desistir. E quando se consegue, o nosso pão passa a ser o melhor pão do mundo. Come-se e partilha-se com muito mais gosto, há uma alegria especial e um certo orgulho que se traduz na frase "fui eu que fiz"! E isso é tão bom.

Fazer pão em casa tem muitas vantagens:

1. Podemos escolher as farinhas que queremos usar;

2. Podemos fazer pão com diferentes tipos de farinhas. Ou seja, podemos fazer a nossa própria mistura de farinhas;

3. Podemos fazer pão com os mais variados legumes: tomate, espinafres, abóbora, pepino, batata, batata-doce, beterraba, cenoura, entre outros;

4. Podemos fazer pão com especiarias: caril, paprica, etc ... Usar sementes ou frutas cristalizadas;

5. Podemos enriquecer os nossos pães com ervas, queijo, enchidos, entre outras deliciosas opções;

6. Podemos fazer combinações de farinhas com sementes, com especiarias, com frutas e/ou com legumes;

7. Podemos fazer os nossos pré-fermentos;

8. Podemos controlar a quantidade de fermento do nosso pão;

9. Podemos fazer pão de mil e uma maneiras;

10. Podemos comer pão diferente todos os dias. Somos nós que criamos o nosso pão e as combinações são quase infinitas!


Ao fazermos pão em casa, a grande vantagem, é fazermos um pão único, especial, saboroso e que não se encontra à venda.


Depois de tantas vantagens de fazermos pão em casa, deixo-vos o desafio: Vamos fazer pão?

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

Os últimos workshops no Porto foram assim ...


Reuniões à volta da mesa são sempre momentos felizes. E é isso que acontece quando tenho workshops no Porto. Os últimos que realizei tiveram lugar em Maio. De manhã, preparámos receitas para brunch, a pensar nos dias quentes de Verão e à tarde dedicámo-nos aos Aperitivos para Festas. Dois workshops felizes com participantes empenhados e muito bem dispostos. Nos meus workshops toda a gente cozinha.


No próximo fim-de-semana volto ao Porto para mais workshops. No sábado, dia 29 de Outubro, vamos ter dois workshops, um de manhã e depois outro à tarde dedicado a receitas práticas com Parmalat. Vamos preparar receitas doces e salgadas, algumas a pensar nas épocas festivas que se avizinham. As inscrições, já estão a decorrer e podem ser feitas aqui.

No domingo, dia 30 de Outubro, a manhã vai ser dedicada a receitas de brunch. Vamos preparar muitas coisas boas para esta refeição que junta o pequeno-almoço e o almoço. Vamos ao brunch? Quem me faz companhia? Vejam aqui mais informações e como se podem inscrever.


Voltar ao Porto é sempre uma alegria. Nos dias 29 e 30 de Outubro conto com a vossa presença. Inscrevam-se!

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Arroz de tomate com filetes de boca negra


Há pratos que são um verdadeiro conforto. Que nos mimam o corpo e a alma. Para mim, um desses pratos é o arroz de tomate, malandrinho, servido com peixe. Cá em casa é sempre prato que faz sucesso.

Mas a receita de hoje tem uma pequena história. Em Setembro estive presente no Congresso Nacional dos Cozinheiros que decorreu, em Lisboa, na Lx Factory. Ao almoço, com um grupo de amigos, decidimos ir à Taberna 1300 do chef Nuno Barros. Eu pedi um prato de bacalhau mas na mesa houve quem pedisse arroz de tomate com filetes de boca negra. Que prato maravilhoso! Com um aspecto de nos fazer crescer água na boca. O meu bacalhau estava irrepreensível mas durante o almoço pensei, tenho que experimentar fazer aquele arrozinho lá em casa. E o resultado foi um prato que nos soube muito bem.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

Vamos preparar o Natal: Como demolhar e cozer bacalhau?


Já se começam a contar os dias para a chegada do Natal. Confesso que este ano já fiz algumas compras mas só queria começar esta nova rubrica quando fosse a uma loja e encontrasse motivos e decorações de Natal à venda. Bem, esse momento teve lugar a semana passada. E por isso, hoje, damos início a esta nova rubrica intitulada Vamos Preparar o Natal, que vai incluir dicas de cozinha e não só, e receitas para vos ajudar a preparar o Natal de forma feliz.

O Natal é, para mim, uma das épocas mais bonitas do ano. Gosto da azáfama dos presentes, das festas em família, das lojas e de ver as ruas enfeitadas, com as luzes a piscar. Nesta altura tudo fica mais bonito!

Uma das tradições que seguimos cá em casa e que deve ser comum a muitas famílias é, para a noite da Consoada, termos um prato de bacalhau (Gadus Morhua). Gostamos de o fazer como manda a tradição. Cozido e servido com uma variedade de legumes como couve portuguesa, brócolos, grelos e batata. Bem azeitado, é prato que nos conforta o corpo e a alma. E o primeiro apontamento para a rubrica Vamos Preparar o Natal tinha que ser sobre bacalhau, o fiel amigo da mesa dos portugueses.

Demolhar bacalhau é algo que tem vindo a cair em desuso, em muitas casas, devido ao bacalhau demolhado congelado que actualmente se encontra muito facilmente à venda. Mas a verdade é que nem sempre este bacalhau corresponde aos nossos padrões de qualidade. É muito prático, mas há marcas em que se nota uma vidragem muito elevada ou seja, um bacalhau com muita água. Há alturas em que dá jeito ter o bacalhau já pronto a usar mas outras há em que vale a pena demolhá-lo em casa. E quando se fala em poupança, demolhar o bacalhau em casa fica muito mais barato do que o comprar já pronto. O bacalhau demolhado aumenta cerca de 35% no peso.


Como demolhar (dessalar) bacalhau?

O bacalhau ao ser demolhado volta a absorver a humidade que lhe foi retirada. Para isso:

- As postas devem ser demolhadas, numa taça, em água fria. No Verão devem colocar o recipiente no frigorífico;

- As postas devem ser colocadas com o lado da pele virada para cima. Se tiverem possibilidade, coloquem uma rede ou um suporte no fundo para que as postas não fiquem em contacto com o sal que se vai depositando na base do recipiente;

- A água deve ser mudada regulamente. Aconselha-se que seja mudada quatro vezes logo nas primeiras horas em que se coloca a demolhar. Depois pode ser mudada de 6 em 6 horas, até perfazer 24h ou até às 48 horas, dependendo da categoria do bacalhau.

- Caso optem por congelar o bacalhau demolhado devem secá-lo com a ajuda de um pano ou papel absorvente de modo a retirar algum do excesso de água.


Com o bacalhau demolhado agora é só pensar nos pratos a servir na mesa de Natal.


Como cozer bacalhau?

- O bacalhau deve ser cozido com a pele e as espinhas;

- É importante que abra lascas, por isso, não se deve cozer demais. Quando isso acontece perde-se o colagénio e o bacalhau fica mais seco e fibroso;

- Para cozer o bacalhau, colocar uma panela ou tacho com água ao lume. A água pode ser aromatizada com cebola, louro, alho e azeite. Assim que ferver, colocar as postas de bacalhau, baixar o lume e contar 10 minutos. Depois de colocar o bacalhau a água não deve voltar a ferver.

- O bacalhau também pode ser cozido em azeite ou em leite, não deixando nenhum dos líquidos ferver.


Vamos preparar o Natal? Como costumam demolhar e cozer o bacalhau? Alguma dica sobre como o devemos congelar?


Para quem quiser saber mais sobre bacalhau recomendo:

- As Minhas Receitas de Bacalhau de Vítor Sobral;
- O Bacalhau - Biografia do Peixe que Mudou o Mundo de Mark Kurlansky.

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Compota de melão e meloa com baunilha


O Outono é um mês de transformação. Com ele chegam as primeiras chuvas que lavam a terra dos vestígios secos do Verão. Sente-se no ar o cheiro a terra molhada. As árvores começam primeiro a vestir-se em tons de amarelo mas depois desistem. Deixam cair as folhas na terra molhada, ficando nuas, num silêncio adormecido. Ficam à espera. Tal como nós, também elas se transformam.

O Outono é a preparação para a mudança. Para a chegada dos dias frios com neve ou geada. Mas enquanto esses dias não chegam, cabe-nos a nós usufrir das coisas boas que o final do Verão nos trouxe. Por cá, ainda se fazem doces e compotas com as frutas maduras que trago da horta. Hoje deixo-vos uma deliciosa compota em que juntei a frescura da meloa com o doce mel do melão e o sabor quente das especiarias. Tão bom para os pequenos-almoços dos dias cinzentos de Outono. Espero que gostem.

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Vamos fazer pão: Pão de leite com pepitas de chocolate


Iniciei a rubrica de Vamos fazer Pão em Setembro. Para mim tem sido uma verdadeira aventura poder partilhar convosco alguns dos meus conhecimentos, alguma da minha experiência em fazer pão em casa. Estão a gostar?

Quando se fala em pão, fala-se também de fermentos. Para fazer pão uso fermento fresco de padeiro, prensado, que compro no supermercado em cubos de 25g. Mas, para além deste tipo de fermento, gosto de ter sempre em casa fermento seco de padeiro ou levedura seca. A vantagem, é que o fermento seco tem uma validade muito maior e é óptimo quando se quer pesar pequenas quantidades para, por exemplo, se faz o poolish. Se gostam de fazer pão em casa procurem ter estes dois tipos de fermento.

O pão que hoje vos trago, é diferente de todos os que já fizemos. Vamos usar o método directo, mas vamos iniciar-nos a fazer pão doce. Pão de leite com pepitas de chocolate, quem gosta? Aceitam o meu desafio? Vamos Fazer Pão?

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Workshop Receitas Práticas com Parmalat no Porto


No sábado, dia 29 de Outubro de 2016 vamos ter dois workshops dedicados a receitas práticas, que irão decorrer no Porto, no WORK Espaço Criativo, no Centro Comercial Península, junto ao Mercado do Bom Sucesso. O primeiro workshop irá decorrer da parte da manhã das 10h30 às 13h30 e o segundo terá lugar à tarde, das 15h00 às 18h00.

Iremos preparar receitas práticas, em que cada uma delas terá um ingrediente Parmalat. Iremos confeccionar receitas salgadas e doces. Vamos fazer pratos de forno como bacalhau gratinado, lasanha de peixe, pratos de massa, tartes, assim como várias sobremesas a pensar nos momentos em que juntamos a família à mesa. As receitas serão iguais nos dois workshops. Vão ser momentos de partilha cheios de sabor e boa disposição.

Aproveitem esta oportunidade. Serão workshops muito especiais, onde para além das receitas irão conhecer novos produtos, irão aprender dicas que vos irão ajudar a preparar as refeições para a família de forma ainda mais deliciosa. No final, degustaremos todos os pratos confeccionados.

A Parmalat vai oferecer convites duplos aos leitores do Cinco Quartos de Laranja para ambos os workshops. O convite está feito. Quem quiser viver esta experiência à volta da mesa, basta:

- Levar consigo um exemplar de um dos meus livros ( Cozinha para Dias Felizes ou Delicioso Piquenique );
- Inscrever-se através do preenchimento do formulário a seguir apresentado, até às 24h do dia 25 de Outubro de 2016.

Serão seleccionados aleatoriamente 12 convites duplos por workshop. Os contemplados serão contactados, a partir do dia 26 de Outubro de 2016. Cada convite é válido para duas pessoas.

Sábado, dia 29 de Outubro, venham cozinhar com Parmalat. Inscrevam-se!



terça-feira, 11 de outubro de 2016

Gravlax (salmão curado) com beterraba


Fazer salmão curado em casa é uma maravilha. É um processo pouco trabalhoso e o resultado final faz-nos crescer água na boca. A primeira vez que fiz gravlax cá em casa, foi em Agosto deste ano, e ficámos fãs! Por isso, agora, decidi fazer a versão com beterraba. O resultado é um salmão em dois tons. Fica tão bonito!

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Workshop Brunch no Porto


No próximo dia 30 de Outubro de 2016, domingo, vamos ter no Porto um workshop dedicado a receitas de Brunch - refeição que junta o pequeno-almoço e o almoço.

Iremos preparar várias receitas muito práticas como panquecas, waffles, tartes, barquinhos de pão recheado com ovos e salmão, cestinhos de pão com fiambre, bolos salgados, flã de curgete, saladas e sumos. Mas vamos ter também coisas doces para terminar a refeição de forma feliz, como biscoitos, quadrados de coco, entre outras coisas de fazer crescer água na boca.

Nos meus workshops toda a gente cozinha. Há uma enorme partilha, desde dicas, passando pela apresentação de novos ingredientes ou produtos, até indicações sobre variantes das receitas apresentadas. Vamos ao Brunch?

Quem me faz companhia?

Inscrições e mais informações:
work@sott.pt   91 700 1802   WORK espaço criativo
( Realização do workshop sujeito a nº mínimo de participantes )

Adeus Setembro, até para o ano ...


Setembro é um mês de renovações. De regressos. Para mim, é como se começasse um novo ano. A cada Setembro há um retomar de rotinas. Pensam-se e definem-se novos projectos. Setembro marca o caminho para a chegada do fim-do-ano. Começam-se a contar os dias para o Natal. Mas antes temos ainda as vindimas. Apanham-se os últimos figos. Colhem-se as abóboras e os marmelos. Começamos a sonhar com as castanhas assadas. Os dias, pouco a pouco, tornam-se mais pequenos. As noites chegam mais frias. Em Setembro anuncia-se a mudança.

No início de Setembro estive na Festa do Livro nos jardins do Palácio de Belém. Uma iniciativa de louvar do actual Presidente da República. Ali encontrei amigas de longa data com quem adorei estar a conversar. Soube tão bem!

Fui até Santarém. Gosto sempre de regressar às origens. De matar saudades da família mais chegada. De passear com os cães. De passar a tarde na horta. Ora apanho figos. Ora vou dar milho às galinhas. Ora vejo se a pata está no choco. Será que os ovos vão nascer todos? - é a pergunta que fazemos sempre! Ora vou ver o borrego que acabou de nascer e que ainda tenta encontrar o equilíbrio das suas quatro patas. A cada dia que passa, valorizo cada vez mais estas pequenas coisas. A simplicidade das coisas da terra enche-nos a alma. Quem sente o calor de um ovo acabado de pôr, quem vê nascer um pinto, um porco ou outro animal, quem tem a sorte de ver crescer uma horta, acaba por valorizar a comida de outra maneira. Temos que ensinar às nossas crianças de onde vem a nossa comida e o esforço que é feito para nos chegar à mesa.


Em Setembro estive no Congresso Gastronómico Estrella Damm. Ouvi vários chefs nacionais e estrangeiros, entre eles Albert Adrià a falar de inovação. Também estive presente num dos dois dias do Congresso Nacional dos Cozinheiros, dedicado à temática do risco. E ainda bem que corri o risco de estar presente num dos mais importantes congressos de cozinha da actualidade, em Portugal. Foi com agrado que vi várias apresentações de chefs nacionais das quais destaco o chef João Rodrigues, do restaurante Feitoria, a mostrar cada vez mais a solidez do seu trabalho. Um Henrique Sá Pessoa que me apeteceu aplaudir de pé. Fiquei cheia de vontade de ir ao Alma provar o prato criado a partir da receita tradicional de Bacalhau à Brás, que o chef intitulou Calçada à Portuguesa. Criativo, surpreendente. Pelas apresentações do chef pasteleiro Carlos Fernandes e do chef Alexandre Silva fiquei curiosa com o trabalho que estão a desenvolver no restaurante Loco. É bom ver chefs a tentarem arriscar, a fazerem coisas diferentes, a criarem. Se queremos uma cozinha portuguesa de prestígio, com reconhecimento internacional temos que assumir o risco.


Em Setembro, tive também o privilégio de participar num atelier Nespresso que teve lugar no Mercado de Santa Clara, onde ouvi um produtor vindo do Brasil falar do que é produzir café para uma marca. Foi uma delícia ouvi-lo. O almoço servido esteve a cargo do chef Ricardo Costa do Yeatman. Este atelier serviu também para dar a conhecer os novos cafés da marca que estarão disponíveis apenas nos restaurantes com estrela Michelin.


Entre passeios e saídas em trabalho, houve tempo para ler. Em Setembro escolhi A Rapariga no Comboio de Paula Hawkins. Um livro que se lê de um fôlego. Não é uma obra genial de literatura, mas é um policial que nos desperta a vontade de querer chegar rapidamente ao final da história. Uma das coisas que gostei do livro foi abordar também a questão do alcoolismo, de como esta dependência tolda os sentidos, dá cabo da vida de algumas pessoas. Sorte a de quem se consegue libertar. Há alturas em que sabe bem ler livros assim. Agora, estou curiosa para ver a adaptação para cinema que penso que deve chegar durante o mês de Outubro aos cinemas.

Também em Setembro, voltei a um escritor que descobri recentemente e que estou a adorar, Afonso Cruz. Já leram alguma das suas obras? Comecei com um livro fininho mas delicioso com o título Vamos Comprar um Poeta e agora estou quase a terminar outra das suas obras, Flores, romance recentemente premiado. Um destes dias, a falar com uma amiga, sobre uma tese que defendia que o processo de sedentarização, entre outros factores, se deu porque o Homem queria fermentar os cereais para o fabrico de álcool. Durante a conversa, disse-me: - Tens que ler Jesus Cristo Bebia Cerveja. Afonso Cruz defende algo idêntico. Já está na lista para as próximas leituras!

Setembro levou-me até Castelo Branco, onde realizei um showcooking em boa companhia no espaço Merenda 6000, recentemente remodelado.


Em Setembro, tentei aproveitar a fruta da estação e fiz vários doces e compotas. Apresentei-vos uma receita em vídeo de uma tentadora mousse de chocolate branco com framboesas. Comecei um novo projecto intitulado Vamos Fazer Pão, todas as sextas-feiras. Cresci com a minha mãe a fazer pão todas as semanas para a família. Ainda hoje faz um dos melhores pães que já tive a sorte de comer. Fazer pão em casa torna-se um hábito delicioso. Experimentem!

Retomei as minhas caminhadas. Tenho feito mais de 10.000 passos em cada uma delas, ou seja ando aproximadamente 1h30. Já caminhei pelo Parque das Nações ou pelo Parque da Bela Vista. Há por aí muitos fãs de caminhadas? Onde costumam caminhar?

Despedimo-nos de Setembro com um sorriso. Que Outubro nos traga, a todos, dias felizes. Que nos traga sonhos e alegria. Bem-vindo Outubro!

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Vamos fazer pão: Bolo do caco


A primeira vez que comi bolo do caco, foi aqui em Lisboa, num restaurante dedicado à comida madeirense. O Ricardo e eu adorávamos ir comer umas espetadas, com nacos suculentos de carne, que eram servidas penduradas nuns enormes espetos de metal. Mas antes vinha para a mesa pães do caco mornos prontos a receber a divina manteiga com sabor a alho. Uma verdadeira maravilha. Antes da carne chegar, despachávamos, sem esforço, o pãozinho. Pão morno e manteiga é um dos segredos bons da vida!

A semana passada partilhei no Facebook do Cinco Quartos de Laranja a receita de um hambúrguer em bolo do caco e num dos comentários, uma leitora sugeria que o pão poderia ser feito em casa e pensei: - Ora que boa ideia! A receita de hoje, para a rubrica Vamos Fazer Pão, ficou escolhida.

O bolo do caco é um pão típico da Ilha da Madeira, apesar de hoje em dia já ser facilmente encontrado à venda em algumas lojas de bairro ou nos hipermercados. Há também cada vez mais espaços de restauração com hambúrgueres servidos em bolo do caco.

Conta-se que em tempos idos, o bolo do caco era cozido em cima de um caco de basalto e por isso se começou a designar assim. « Muitos forais quinhentistas decretavam a proibição de construir fornos particulares. Esta proibição levava a que a população fosse cozer o pão aos fornos que pertenciam ao Rei, aos grandes senhores ou às ordens religiosas, tendo que pagar por isso. O Bolo do Caco, por ser um pão que não necessitava de forno para ser confeccionado, podia ser produzido por toda a população, podendo ser confeccionado nas casas mais humildes, sem necessidade de se pagar pela sua cozedura. O facto de não precisar de forno generalizou o seu fabrico peculiar. » in O Caco Original.

O bolo do caco original era feito com batata-doce? A maioria das receitas que encontrei incluem a batata-doce, com excepção da que li n'O Livro de Pantagruel. Para esta minha primeira versão de bolo do caco decidi fazer com batata-doce. E cá em casa nem imaginam como soube bem quentinho com manteiga a derreter. Fazer pão é tão bom! Quem aceita este desafio? Vamos fazer pão?

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Bolo com Moscatel para o chá


O início do Outono traz uma certa nostalgia. Por um lado o desejo dos dias quentes de Verão e por outro a vontade que cheguem dias mais frescos com comida de conforto. Sinto saudades do aconchego de um prato de forno, da comida de tacho ou de um bolo para acompanhar um chá numa tarde fresca de Outono, com o vento a soprar as folhas amarelecidas das árvores. Deixo-vos, hoje, o bolo. Quem se oferece para preparar o chá?

terça-feira, 4 de outubro de 2016

Risoto de cogumelos desidratados com queijo da Beira Baixa


Eu tenho um apreço especial por risoto. Numa das minhas viagens a Itália fui até à ilha de Burano com o intuito de experimentar o risoto de peixo Go, um peixe das lagoas de Veneza, feito na Trattoria da Romano. Maravilhei-me com a simplicidade de um arroz preparado com um caldo magnífico e uma cremosidade de nos fazer querer repetir. Nos risottos o caldo faz toda a diferença!

Quando estive a cozinhar na inauguração do espaço de restauração Merenda 6000 do Centro Comercial Alegro de Castelo Branco decidi preparar um risoto alusivo à região. O resultado foi um arroz de cogumelos com os bons queijos da Beira Baixa e umas costeletas de borrego com alecrim na frigideira. Conseguem imaginar o cheirinho bom deste prato?

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O último workshop em Lisboa foi assim


Juntar pessoas que gostam de cozinhar ou que querem aprender novas receitas é sempre motivo de alegria. Pelo menos nos meus workshops, felizmente, tem sido sempre assim.

Num dos últimos workshops que realizei, em Lisboa, tive uma deliciosa surpresa. Entre os participantes havia um grupo de amigas que assim decidiram festejar a despedida de solteira de uma delas. Que maravilha! Foram umas horas ainda mais divertidas. A noiva teve direito a ser coroada com um chapéu de cozinheiro.

Nestes workshops toda a gente cozinha. As receitas são divididas em grupos e eu vou acompanhando a confecção. Quando há passos importantes, paramos e toda a gente vê o que se está a fazer.


Preparámos petiscos variados. Receitas sempre muito práticas que surpreendem e que podem ser facilmente reproduzidas em casa. No final, juntamo-nos à volta da mesa e degustamos tudo o que foi confeccionado num ambiente de partilha entre muitos sorrisos e gargalhadas. São sempre momentos muito bem passados!


No próximo sábado, dia 8 de Outubro, volto aos workshops em Lisboa. De manhã vamos confeccionar Tapas e Petiscos - receitas muito práticas para partilhar com a família e os amigos nestes dias de Outono. À tarde iremos preparar Tartes, Massas e Pizas - receitas com diferentes massas que podem resultar em tartes doces ou salgadas, iremos fazer massa fresca e piza com diferentes coberturas, entre muitas outras coisas boas.

Conto convosco?

Inscrições e mais informações:
formacao@acpp.pt   21 362 2705   ACPP