quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Figos frescos e o meu primeiro gelado


Faço anos no mês de Agosto. No dia dos meus anos para comemorar cá em casa fiz um gelado de figo. O meu primeiro gelado tinha que ser com figos! Eu adoro figos, especialmente frescos. Não resisto e acabo por comer sempre mais do que dois, três ou quatro todos seguidinhos.

Este ano a produção de figos, no quintal dos meus pais, não foi das melhores e não tive a abundância natural de outros anos, com grande pena minha. Cá por casa, os figos frescos são usados em saladas, sandes, bolos e compotas. Frescos, grelhados e até panados, ficam sempre uma maravilha.

O ano passado recebi de presente dos meus sogros uma máquina de fazer gelados que queria muito. O tempo passou, a mudança de casa, as arrumações, outras prioridades e nunca mais coloquei o meu desejo de fazer gelados em prática.


Ingredientes:
16 a 18 figos frescos pingo de mel
125g de açúcar
125ml de água
raspa de 1 limão pequeno
600ml de natas
4 colheres de sopa de sumo de limão


1. Tirar os pezinhos aos figos e cortá-los aos pedaços.

2. Colocar os figos num tacho juntamente com o açúcar, a água e a raspa de limão. Levar ao lume durante aproximadamente 20 minutos, mexendo de vez em quando, até os figos quebrarem e a água reduzir. Deixar arrefecer.

3. Colocar no liquidificador os figos, as natas e o sumo de limão. Triturar.

4. Colocar o preparado na máquina de fazer gelados seguindo as instruções do fabricante.


A receita deste gelado de figo é de Gordon Ramsay e encontra-se publicada no The Times. As natas que usei tinham apenas 35% de gordura quando o aconselhado na receita original era de 48%, aquilo a que os ingleses chamam double cream. Não sei se foi por isso, mas estava à espera que o gelado ficasse mais cremoso. Acho que vim mal habituada de Itália, onde os gelados eram mesmo fabulosos. Mas mesmo assim, não sobrou nada.

[ Published in English as Fresh figs and my first ice cream ]

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Salada de amoras silvestres com queijo de cabra fresco


As férias chegaram ao fim. Hoje é dia de regressar ao trabalho. É a altura de voltar a abrir a agenda e começar a organizar a semana. É altura de escolher um livro para ir lendo nos transportes. De preferência um romance que me faça sonhar. É altura de voltar a olhar para o guarda-roupa, de voltar a entrar na rotina habitual. Ainda parece que foi ontem que entrei de férias. O tempo passa, por isso é que é tão precioso.

A receita que hoje apresento tem uma pontinha de nostalgia e alguns ingredientes a lembrar as férias. As amoras silvestres que apanhei num dos dias quentes que passei em Santarém e a bresaola que trouxe da viagem a Itália.


Ingredientes:
Mistura de folhas verdes (alface, rúcula e canónigos)
4 colheres de sopa de amoras silvestres
2 queijinhos frescos de cabra
6 fatias de bresaola ou presunto
Sal e pimenta-preta q.b.
Vinagre balsâmico q.b.
Azeite q.b.


1. Cortar os queijos frescos em cubos.

2. Numa taça colocar a mistura de folhas verdes. Juntar o queijo fresco, as fatias de bresaola (ou presunto) e as amoras.

3. Temperar com sal e pimenta a gosto. Regar com um fio de azeite e um pouco de vinagre balsâmico. Mexer e servir.


A salada fica muito agradável. As amoras combinam bem com o queijo fresco e com o salgado da bresaola.

Uma salada com aromas a férias mas também para ajudar a quebrar os excessos cometidos à mesa nestes dias de Agosto. É altura de começar a pensar na dieta! ;)

A todos os que regressam hoje ao trabalho ou já regressaram, votos de um excelente dia!


Outras receitas com amoras:
- Mousse de amoras;
- Salmão grelhado com molho de amoras silvestres.

[ Published in English as Wild blackberry and fresh goat cheese salad ]

segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Em busca dos segredos do Vaticano e da Capela Sistina ...


Um dos dias em que estive em Roma foi dedicado a visitar a Cidade do Vaticano. A visita aos museus e à Capela Sistina já ia marcada, o que nos valeu passar à frente de uma fila que não parecia ter fim, mesmo debaixo de um sol abrasador.

A viagem do hotel até ao Vaticano foi feita de metro. Quando visito uma cidade evito andar de transportes públicos. Para se conhecer uma cidade não há nada como andar a pé, mas há alturas em que para poupar tempo, recorre-se aos transportes públicos. Andar de metro em Roma foi como descer a umas catacumbas escuras, em obras, quentes e apinhadas de gente. Comparativamente, podemos dizer quão excelente rede de metro é a nossa!

Foi com imensas expectativas que visitei os Museus do Vaticano. O que vi correspondeu ao que pensava. A quantidade de obras é enorme e de uma riqueza sem limites. Existem salas cheias de bustos, pátios cheios de obras da antiguidade greco-romana, mobiliário, mapas, entre outras coisas. Mas o que mais me impressionou foram os frescos de Rafael. Ver o original de A Escola de Atenas, imagem sempre presente nos livros de filosofia do secundário, ao vivo foi algo de muito especial e com um certo sabor a nostalgia.

Para o fim da visita ficou algo de impressionante, de uma beleza e grandiosidade indescritíveis, a famosa Capela Sistina. Entrar ali e começar a olhar para todos aqueles frescos de Miguel Ângelo é de nos deixar de boca aberta. Miguel Ângelo, deveria ter em si um pozinhos de divindade, algo entre o humano e o sobrenatural. A obra é impressionante.

Depois de comer rapidamente uma fatia de pizza com cogumelos quentinha, que se encontram à venda por Itália como por cá as nossas sandes, e de um café numa das esplanadas junto a um dos jardins do Vaticano, seguimos viagem para a Basílica de São Pedro. Entrar ali é de ficar quase sem respiração perante a grandiosidade de tudo o que os nossos olhos vêem. Uma das obras que queria muito, muito ver, era a Pietá de Miguel Ângelo, ali exposta. A Basílica é de uma riqueza estonteante. Depois desta visita, duvido que encontre alguma igreja cristã que se lhe assemelhe.

Depois da sair da Basílica, ainda houve tempo para umas fotos na Piazza San Pietro, que me pareceu bem mais pequena ao vivo do que na televisão. Como conseguem colocar ali as multidões de gente nas efemérides religiosas?


Os segredos do Vaticano e da Capela Sistina continuam a aguardar uma nova visita. Quem sabe, um dos desejos para 2012?!

Ao final do dia, rumámos em direcção a Perúgia.

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Vieiras gratinadas para uma amiga


No início do mês de Agosto recebi cá em casa uma amiga de longa data. A Paula Borralho, vem quase todos os anos, nas férias, passar uns dias comigo.

Quando cá está, procuro apresentar-lhe alguns sítios de que gosto - este ano a novidade foi a esplanada do restaurante Darwin's Café - e cozinhar coisas diferentes. Gosto de lhe sugerir novos sabores ou novas combinações.

Este ano para um dos nossos almoços demorados, entre várias coisas diferentes, fiz vieiras gratinadas que resultaram muito bem.


Ingredientes:
8 vieiras com a concha
1 cebola pequena picada
1 dente de alho picado
0,5dl de azeite
1 folha de louro
1 colher de sopa de coentros picados
1dl de natas
1 colher de sopa de cognac
8 hastes pequenas de coentros
2 colheres de sopa de pão ralado
1/2 limão
sal
pimenta
noz moscada


1. Refogar no azeite a cebola e o alho.

2. Adicionar os coentros picados e a folha de louro.

3. Juntar as natas. Temperar com sal, pimenta e noz moscada.

4. Regar com uma colher de cognac. Deixar apurar o molho e retirar do lume.

5. Se necessário lavar as vieiras para retirar alguns vestígios de areia. Regar as vieiras com umas gotas de sumo de limão.

6. Distribuir o molho de natas e coentros pelas vieiras. Colocar uma haste de coentros em cada vieira.

7. Polvilhar as vieiras com pão ralado.

8. Levar ao forno pré-aquecido a 180ºC durante 10 minutos.


É caso para dizer, que coisa boa! As vieiras ficam uma verdadeira delícia.

[ Published in English as Scallops au gratin for a friend ]

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Em Roma, a vida é bela ...


A minha primeira viagem a Roma foi há muitos anos atrás. Fi-la na companhia da princesa Ana e do jornalista Joe Bradley, personagens do filme Férias em Roma, interpretadas por Audrey Hepburn e Gregory Peck. Como eu me diverti e sonhei com as suas aventuras!

Este verão retornei a Roma, mas com outros companheiros de viagem, bem mais reais, a Graciete, o Nuno e o Ricardo. A nossa viagem de férias começou em Roma e passou por várias cidades italianas, terminando em Milão.

Roma chama para si o peso da história de um império. É impossível ficar indiferente aos edifícios, às igrejas, às fontes que por todo o lado nos lembram a importância desta cidade, associada aos irmãos Rómulo e Remo. Os vestígios da imponência de Roma e do seu império são visíveis. Em cada passo dado sentimos a presença de personagens importantes que fizeram história e marcaram a cultura a que chamamos nossa. O Império Romano é relembrado a cada momento, nas estátuas dos vários imperadores, nas ruínas ou no imponente Coliseu, que à noite, iluminado, atinge o seu esplendor. Quantas histórias escondem aquelas paredes? De gladiadores, escravos obrigados a combater? Quantas paixões, negócios e traições ali se terão executado? Trágico, mas simultaneamente misterioso e romântico.


Roma é uma cidade de amores. Foi aqui que a princesa Ana e Joe Bradley se apaixonaram um pelo outro. Os telhados com pequenos terraços cheios de flores deixam-nos a sonhar. Por todo o lado circulam vespas e ainda se encontram os famosos Fiat Cinquecento. Em quase todas as praças encontramos artistas a vender as suas obras ou vendedores com interessantes reproduções de quadros. A vista da cidade ao pôr do sol a partir dos jardins da Villa Borghese é inspiradora, a Fontana di Trevi, mesmo apinhada de gente, tem um charme especial, as esplanadas, tudo isto nos transmite um ambiente convidativo ao dolce far niente. No final do filme Férias em Roma, a resposta à questão de um jornalista sobre qual seria a cidade europeia que mais a marcou, Ana, responde: - "Roma, sem sombra de dúvida, Roma!". Para mim, passou a ser uma das minhas cidades preferidas.


Roma é uma cidade de boa cozinha. A nossa primeira incursão gastronómica foi no restaurante Antica Enoteca, numa ruazinha entre a Piazza del Popolo, a Piazza di Spagna e o rio, um espaço muito agradável, com frescos alusivos à produção de vinho. No centro do restaurante, junto a uma das paredes, encontramos um balcão comprido de madeira escura, onde é possível sentar e beber uma bebida. Aqui pedimos presunto de Parma com mozzarella de búfala, rolinhos de bresaola com laranja, ravioli de carne com molho de cogumelos, tortellini de ricotta com molho de quatro queijos, tagliata de vaca com batatas. Acompanhámos a refeição com um vinho tinto Colle Ticchio. Para sobremesa escolhemos tiramisù e um mil folhas com morangos e chantilly. Esta primeira refeição foi excelente. A comida estava óptima, principalmente os pratos de pasta.


Outras das refeições dignas de registo foi na Osteria Pucci. Um restaurante de cozinha romana muito boa, situado no bairro Trastevere. Bairro onde começa a história do livro Receitas de Amor. Aqui comemos um carpaccio de polvo e alguns pratos de pasta. Escolhemos macarrão com molho de tomate e manjericão, Cacio e Pepe e lasanha. A comida agradou-nos imenso. Achámos que as pastas estavam excelentes. A massa fresca e um bom molho faz toda a diferença. Mas a revelação foi mesmo o prato Cacio e Pepe, tradicional de Roma e arredores. Uma receita tão simples, mas muito deliciosa. É apenas a combinação de massa cozida, esparguete por exemplo, queijo ralado e pimenta acabada de moer. Em alguns locais é servido num cestinho feito a partir de queijo fundido.


Em relação aos gelados, passámos pela gelataria Alberto Pica e pela mais antiga, Giolitti. Em cada uma delas procurámos provar sabores diferentes. Adorámos o sabor a mirtilo que experimentámos na Giolitti. Ao pequeno almoço pedia invariavelmente um cappuccino e um cornetto, a designação para croissant, em Roma.

Em Roma deliciei-me ainda com as imensas lojas de roupa e de sapatos de design italiano que encontramos por toda a cidade, perfumadas de puro luxo. Visitei a Basílica Papal Santa Maria Maggiore, magnífica, o Panteão - com o seu impressionante tecto abóbado, passei pelo Monumento a Vittorio Emanuel II, conhecido como a máquina de escrever, dedicado ao primeiro Rei da Itália unificada e que actualmente serve de monumento ao soldado desconhecido, pelo Campo di Fiori, pela Piazza Navona, pelo Arco de Constantino, passeei à beira rio e não resisti a tentar visitar a igreja de Santa Maria in Cosmedin. Aqui a fila para entrar, como em muitos locais, era enorme. Tirei uma foto à Boca da Verdade, onde Gregory Peck docemente engana Audrey Hepburn numa cena muito divertida e segui viagem por uma Roma inundada de turistas por todo o lado e onde atravessar uma passadeira é mesmo uma aventura.


Que mais se pode dizer de uma cidade com séculos de existência, com centenas de igrejas, por onde passaram vários povos, pano de fundo de milhares de estórias, ponto de encontro e de paixões. Onde se come e vive muito bem. Onde tudo me parece belo e charmoso. A mim, só me resta dizer que em Roma, a vida é bela!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Não há nada como um prato de sopa ...


O regresso de uma viagem de férias implica entrar num ritmo a que já não estávamos habituados, sempre com uma pontinha de nostalgia. Como eu gostava que a minha vida fosse viajar e escrever!

As minhas viagens de férias exigem muitos quilómetros calcorreados a pé por cidades, apanhar transportes, estar pouco tempo em cada local, tirar fotos, muitas fotos e experimentar novos sabores. Este ano, para além disso, tive que enfrentar multidões de turistas e um calor abrasador. Chego a pensar que preciso de férias das férias, mas claro que voltava a repetir tudo outra vez.

O regresso faz-se a pouco e pouco. Ir visitar os pais. Apanhar o tomate da horta que ficou à espera, apanhar talvez as últimas amoras e courgettes do ano, e os primeiros marmelos. Espreitar as abóboras que estão quase prontas e começar a escolher a que será usada nos fritos de Natal deste ano. Ler as mensagens acumuladas na conta de eMail e preparar o que havemos de comer.

Como quase sempre me acontece, quando regresso de férias, venho com saudades de comer sopa. Não há nada como um prato de sopa quando se chega de férias pelo estrangeiro, pelo menos para mim.

A sopa escolhida foi uma sopa de tomate assado. Por aqui, o tomate voltou a chegar em abundância.


Ingredientes:
1kg de tomate maduro
550g de abóbora cortada sem a casca
1 cebola grande cortada em meias luas
2 dentes de alho laminados
3 folhas de louro
1 raminho de alecrim
1 dl de azeite
2 dl de água quente
sal e pimenta q.b.
1 pitada de pimenta caiena (facultativo)


1. Colocar o tomate cortado ao meio num tabuleiro com a abóbora, a cebola, o alho, o louro e as folhas de alecrim.

2. Temperar com sal e pimenta a gosto. Regar com o azeite.

3. Levar ao forno pré-aquecido a 210ºC durante 50 minutos.

4. Depois dos legumes assados triturá-los juntamente com 2dl de água quente. Por fim, retificar o sal e adicionar uma pitadinha de pimenta caiena a gosto.


O tomate que usei não tinha muitas sementes. Mas se não for o caso, aconselho a passar a sopa por um passador.

A sopa fica muito agradável. O sabor do tomate, ligeiramente acidulado misturado com o toque caramelizado dos outros legumes, torna esta sopa uma experiência a repetir.

[ Published in English as There is nothing like a bowl of soup ... ]

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Minestrone com tortellini


A receita de hoje é ainda integrada na semana dedicada ao tomate, fruto que tem o seu esplendor, especialmente, nesta altura do ano. Já perdi a conta aos quilos de tomate que usei durante a semana passada. Para além das receitas que aqui apresentei, ainda fiz muitas mais para as refeições do dia-a-dia e incluí tomate em várias saladas. Faltou fazer compota e molho de tomate. Pode ser que no final do mês ainda consiga.

Como adoro sopa, em contraponto à sopa fria de tomate e melancia, apresento agora uma sopa quente, em que o uso do tomate é fundamental.


Ingredientes:
1 dl de azeite
1 cebola média picada
2 dentes de alho esmagados
2 talos de aipo
1 cenoura descascada e cortada em pequenos cubos
1 ramo de salsa picada
1 courgette cortada em cubinhos
750g de tomate maduro
600ml de água
250g de tortellini de queijo e bacon
sal


1. Aquecer o azeite numa panela. Juntar a cebola e o alho. Temperar com sal e deixar refogar um pouco.

2. Adicionar o aipo cortado, a cenoura, a cougette e metade do ramo de salsa. Deixar cozinhar durante 5 a 6 minutos. Adicionar o tomate previamente limpo de peles e sementes e picado. Mexer e adicionar a água. Deixar cozinhar aproximadamente 10 minutos.

3. Cozer os tortellini numa panela à parte seguindo as indicações da embalagem.

4. Servir a sopa com os tortellini e o resto da salsa picada.


A receita é da revista Olive de Setembro de 2009 e a sopa é de comer e chorar por mais.

O Cinco Quartos de Laranja, a partir de hoje, entra em férias. Irá em "investigações culinárias" para a Terra da Pasta.

A todos, votos de boas férias.


P.S.: Já agora, algumas sugestões para Roma, Perúgia, Assis, Siena, Florença, costa da Toscânia, Veneza e Milão? Algum restaurante, mercado, bairro ou loja a visitar?

[ Published in English as Minestrone with tortellini ]

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Sopa fria de tomate e melancia


Quando se vive a dois, temos muitas vezes que fazer cedências até no que toca à comida. O Ricardo adora sopas frias, gosto acentuado, especialmente, pelas últimas visitas à Andaluzia. Eu nem por isso. Gosto, mas não posso dizer que ame. De vez em quando, o Ricardo lá me pede para fazer. Por isso, de tempos a tempos, vai-se fazendo também o que o outro gosta para que tudo continue na paz dos anjos.

Para o almoço, ontem, fiz como entrada, uma sopa fria com melancia e tomate, ou não estivéssemos nós por aqui, esta semana, a festejar este fruto. Tomate e melancia revelou-se uma combinação especial que resulta muito bem.


Ingredientes:
3 tomates maduros grandes
1/2 pepino cortado em cubos sem a pele
1 dente de alho
1/2 cebola
550g de melancia sem casca e sem sementes
15 folhas de manjericão
2 colheres de sopa de vinagre de vinho tinto
2 colheres de sopa de azeite
sal


1. Escaldar o tomate com água quente. Retirar a pele do tomate e as sementes.

2. Colocar todos os ingredientes no liquidificador e triturar.

3. Reservar a sopa no frigorífico pelo menos 1 hora antes de servir.

4. Servir a sopa com um fio de azeite de manjericão.


Para confeccionar o azeite basta triturar uma mão cheia de folhas de manjericão com um pouco de azeite.

Esta sopa, especialmente fresca é uma excelente forma de começar uma refeição de Verão.

[ Published in English as Tomato and watermellon chilled soup ]

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Tortellini com tomate assado


Para o começo destas férias de Verão e antes de partir em viagem, seleccionei vários filmes para ver, entre eles a obra Sob o Sol da Toscana de 2003, realizado por Audrey Wells. O filme conta-nos a história de Frances Mayes (Diane Lane), uma escritora americana que depois do divórcio compra uma casa na região da Toscana, com o intuito de começar uma nova vida e ser feliz. A história vai-se desenvolvendo a par das obras de restauração da casa, das suas dúvidas e da procura do amor. Acompanhamos Frances na apanha da azeitona e dos cogumelos. Vimos as paisagens deslumbrantes e convidativas desta região italiana. Sentimos que a vida segue um ritmo tranquilo e que as coisas simples são valorizadas, apesar de se notar um apego às tradições. A Toscana parece um lugar mágico, especial. Vibramos quando encontra Marcello, interpretado por Raul Bova, um italiano charmosíssimo.

Para além de tudo isto temos ainda a comida. Frances começa a cozinhar com a ajuda de uma vizinha e um dos almoços que preparam deixou-me de água na boca. A mesa enche-se de tanta coisa boa. Dei por mim a tentar adivinhar quais os pratos que serviram. Ora vejam:


Em dia de filme com a Itália em pano de fundo, fui para a cozinha preparar um prato com referências à cozinha italiana e que teria de utilizar tomate, já que no Cinco Quartos de Laranja estamos a celebrar a semana do tomate ou como digo em jeito de brincadeira a semana "tomática".


Ingredientes:
650g de tomate cereja assado
0,5dl de azeite
250g de tortellini frescos de bacon e queijo ricotta
1 raminho de salsa picada ou outra erva aromática a gosto
3 a 4 colheres de sopa de queijo parmesão ralado
sal


1. Pré-aquecer o forno a 210ºC. Colocar o tomate cereja inteiro num tabuleiro. Temperar com sal a gosto e regar com o azeite. Levar ao forno a assar durante 30 minutos.

2. Cozer a massa al dente em água temperada com sal durante 7 minutos, depois de começar a ferver.

3. Numa taça juntar os tortellini cozidos e o tomate cereja com um pouco do seu molho. Salpicar com a salsa picada e o queijo parmesão ralado. Mexer e servir.


Para confeccionar este prato segui a receita do suplemento Take 5 Ingredients da revista BBC Good Food de setembro de 2009. No entanto, na receita original o tomate não era assado, mas sim salteado na frigideira, o que diminui substancialmente o tempo de confecção. Ando uma verdadeira fã de tomate assado. Fica realmente uma delícia.

[ Published in English as Tortellini with roasted tomatoes ]

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Tarte de tomate cereja com azeitonas e queijo mozzarella


A semana "tomática" continua. Hoje escolhi uma tarte, cuja receita vi na revista Saveurs de Junho de 2011, que me pareceu uma excelente opção para encaminhar algum do tomate cereja que também me chegou no sábado. É caso para dizer: Viva a época do tomate!


Ingredientes:

Massa
100g de azeitonas sem caroço
280g de farinha sem fermento
90g margarina ou manteiga
5cl de água

Recheio
500g de tomate cereja
3 colheres de sopa de azeite
1 colher de chá de açúcar
1 colher de sopa de folhas de alecrim
120g de queijo mozarella
sal e pimenta


1. Picar as azeitonas.

2. Colocar a farinha numa taça. Adicionar a margarina e as azeitonas. Envolver muito bem. Adicionar a água e formar uma bola com a massa.

3. Com a ajuda de um rolo estender a massa.

4. Forrar uma tarteira com a massa. Picar a massa com um garfo.

5. Cortar o tomate cereja ao meio. Colocar o tomate em cima da massa. Temperar com sal, pimenta, açúcar e as folhas de alecrim.

6. Dispor o queijo cortado em pedaços por cima do tomate. Regar com o azeite e levar a assar em forno pré-aquecido a 210ºC.


Utilizei queijo mozzarella em vez da sugestão da receita original, que indicava queijo Valençay. Esta tarte fica uma delícia. Adorei a massa com as azeitonas e o sabor do tomate com o alecrim. Uma receita simples, mas deliciosa. Uma excelente opção para uma refeição ligeira num dia de férias e claro, uma forma saborosa de comer tomate.

[ Published in English as Cherry tomato with olives and mozzarella cheese tart ]

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Salada de lentilhas com salmão e tomate assado


Uma das estrelas do Verão é o tomate, especialmente no mês de Agosto. Dado a quantidade de tomate que chegou no sábado à minha cozinha, vindo da horta dos meus pais, decidi fazer uma semana temática ou melhor "tomática".

Ao longo da semana irei apresentar diferentes sugestões para usar e abusar do tomate maduro, fresco e apetitoso da época.


Ingredientes:
2 lombos de salmão
175g de lentilhas cozidas
2 chalotas picadas ou cortadas às rodelas
azeite e vinagre de vinho tinto
tomate assado com ervas
sal e pimenta


1. Grelhar o salmão temperado com sal e pimenta.

2. Numa taça combinar o salmão grelhado, lascado, com as lentilhas e a chalota. Temperar com sal, pimenta, azeite e vinagre a gosto.

3. Acompanhar a salada com tomate assado.


Tomate assado com ervas

Ingredientes:
8 tomates
3 dentes de alho
6 colheres de sopa de azeite
1 raminho de alecrim
1 raminho de oregãos frescos
3 folhas de louro
cebolinho fresco
sal e pimenta


1. Cortar o tomate ao meio.

2. Colocar as metades num tabuleiro com a parte cortada para cima. O tomate não deve ficar sobreposto. Juntar o alho e as folhas de louro.

3. Temperar com sal e pimenta, as folhas de alecrim, os orégãos frescos e o cebolinho picado. Regar com o azeite e levar ao forno pré-aquecido a 210ºC aproximadamente 40 minutos.


O tomate assado fica uma delícia. Foi a estrela desta salada.

[ Published in English as Lentil and salmon salad with roasted tomato ]