terça-feira, 30 de junho de 2009

Fim-de-semana com sabor a férias

No passado fim-de-semana fui para o Algarve. Saímos, o Ricardo e eu, de Lisboa na sexta à noite e fomos para Santa Luzia, uma antiga aldeia de pescadores, junto a Tavira. Este fim-de-semana especial serviu para comemorar o aniversário do Ricardo de uma maneira diferente. Em Santa Luzia tínhamos os meus sogros à nossa espera. A tia Dulce chegou ao final da tarde e passou o fim-de-semana também connosco.

O dia de sábado começou solarengo e bem disposto. Deu para estar uma boa parte da manhã na praia do Barril, apanhar um pouco de sol, desfrutar de uns bons mergulhos na água que teimava em estar um pouco fria e tomar um sumo de laranja fresquinho na esplanada, que é ponto obrigatório de paragem sempre que vamos a esta praia.

Para o almoço ajantarado de aniversário, os meus sogros prepararam amêijoas à Bulhão Pato. As amêijoas ali são sempre uma maravilha. Frescas. Deliciosas. Como nestas alturas não se pensa em dietas, não dispensámos o pão para molhar no molho.

As amêijoas fazem parte da comida que associo às férias. Sempre que vamos a Santa Luzia, no Verão, temos as amêijoas, o peixe grelhado, bifes de atum na frigideira com alho e salada de polvo. Já é tradição. E como a tradição ainda é o que era, neste almoço não faltou o peixe grelhado.

Para grelhar escolhemos Ferreiras que foram a assar na brasa, como já é hábito nos nossos grelhados, com as escamas, assim o peixe não fica colado à grelha e foram temperadas de sal apenas nas guelras.

O bolo de aniversário foi um bolo de amêndoa com gila e decorado com fios de ovos, comprado num pasteleiro, em Tavira, de quem somos clientes há já uns anos.


À noite fomos passear por Tavira. Tomámos café numa esplanada do antigo mercado junto ao rio Gilão, passámos por um bailarico no jardim perto da Câmara Municipal, andámos pela ponte romana, que é um dos ex-libris da cidade, contemplámos o rio e os homem-estátua que nesta altura do ano animam o centro da cidade.

Domingo chegou enublado e ventoso. Ao longo da manhã o sol foi aparecendo, mas o vento não convidava a ir para a praia. Passámos o final da manhã numa esplanada junto ao largo da Igreja, em Santa Luzia, até que a tia Dulce nos desafiou a ir almoçar ao Américo, o rei do peixe assado, um restaurante de rodízio de peixe à saída de Olhão. Rodízio de peixe parecia uma boa ideia e lá fomos.

Assim que chegámos fiquei surpreendida com a quantidade de carros estacionados. Quando entrei deparei-me com um restaurante com duas salas, de uma delas consegue-se ver os grelhadores de peixe e com muita gente sentada e aguardar lugar. As mesas do restaurante são corridas e não há luxos aparentes. O serviço está dividido entre as empregadas que põem e levantam as mesas, e servem as sobremesas e, um empregado que serve uma sala inteira de peixe grelhado. Com duas travessas cheias de peixe, uma em cada mão percorre as mesas e incentiva as pessoas a tirar: sardinhas, carapaus, besugos, douradas, salmão, chopa, etc.

Depois deste almoço de bom peixe grelhado rumámos até Santa Luzia. A tarde foi de preguiça, mas ainda deu para acabar um romance que tinha decidido ler no fim-de-semana.

Antes de dizermos adeus a este fim-de-semana com sabor a férias, ainda tivemos direito a uma saladinha de polvo e a um passeio pela marginal. Olhar a ria, ver os barcos, o céu, a lua ....

sexta-feira, 26 de junho de 2009

4 por 6: Espinafres gratinados e Mousse de chocolate


Esta semana para o menu do projecto 4 por 6 proponho: Espinafres gratinados e Mousse de chocolate.

Espinafres gratinados


Ingredientes:
1,050 kg de espinafres
4 dl de natas
4 colheres de sopa de azeite
3 a 4 dentes de alho
4 gemas
80 g de queijo mozzarella ralado
20 g de queijo parmesão ralado
sal e pimenta q.b.

1. Saltear, no azeite, os espinafres e os dentes de alho picados.

2. Acrescentar 2 dl de natas. Temperar com sal e pimenta a gosto. Deixar cozinhar durante uns minutinhos.

3. Bater as restantes natas com as gemas.

4. Colocar os espinafres num recipiente de forno. Regar com a mistura de natas e gemas.

5. Polvilhar com os queijos mozzarella e parmesão.

6. Levar ao forno.

Servi o gratinado de espinafres com salada de tomate.



Esta receita encontrei-a no meu caderno de recortes de receitas que fui coleccionando ao longo do tempo e que ainda continuo a alimentar. Recordo-me que saiu há já uns bons anos na revista do jornal Expresso. Sempre que abria o livro à procura de alguma ideia e, via esta receita e as imagens que a documentam, pensava para comigo que tinha mesmo muito bom aspecto e que deveria ser óptima, que mais cedo ou mais tarde tinha que a fazer. Mas o tempo foi passando e nunca a confeccionei, até ao dia de ontem.

Ontem, quando cheguei a casa vinha com a ideia de fazer, para este 4 por 6, soufflé de espinafres para prato principal e mousse de chocolate para sobremesa. A ideia desta ementa foi roubada ao restaurante XL, que durante a iniciativa Lisboa Restaurant Week serviu como prato principal Soufflé de espinafres e para sobremesa mousse de chocolate servida numa "caixa" de massa estaladiça. Como gostei muito, pensei em "roubar" a ideia. Ao procurar uma receita de soufflé de espinafres volto a abrir o livrinho de recortes e a receita de espinafres gratinados no forno volta a chamar-me a atenção. Nem me procupei mais, a mudança de ideias já estava realizada. Em vez do soufflé teríamos gratinado.

O texto da receita da revista do Expresso, como já indiquei, faz referência à cozinha do restaurante Al Forno e apresenta esta receita como exemplo de algumas propostas bem conseguidas do restaurante. Como as indicações de confecção não eram muito precisas, fiz a minha interpretação. Dobrei a receita e alterei as quantidades dos queijos. A receita original sugeria para 500 g de espinafres 40 g de queijo parmesão e 40 g de queijo mozzarella, mas para equilibrar os custos resolvi diminuir a quantidade de queijo parmesão e aumentar a quantidade de queijo mozzarella.

A receita original indica o uso de espinafres frescos. Aqui isso não foi possível, pois os espinafres congelados são muito mais em conta.

O resultado da minha receita nada tem a ver com as imagens que me despertaram a curiosidade no entanto, o resultado em termos de sabor foi muito agradável. Bom, melhor dizendo. ;)


Mousse de chocolate


Ingredientes:
6 ovos
125 g de acúcar
200 g de chocolate para culinária em barra
1 colher sopa de manteiga
1 colher de sopa de água
sal

1. Derreter o chocolate com a manteiga e a água em banho-maria.

2. Bater as gemas com o açúcar muito bem. Adicionar o chocolate derretido e mexer bem.

3. Bater as claras em castelo com uma pitada de sal.

4. Juntar as claras ao preparado de chocolate e envolver cuidadosamente.

5. Distribuir o preparado por taças e levar ao frigorífico pelo menos duas horas antes de servir.

A receita da mousse de chocolate é da revista Eu Cozinho, nº 2, Abril de 2009. À receita original acrescentei a colher de sopa de água e substitui a margarina por manteiga.


Esta mousse fica maravilhosa.


Vamos então às contas:


Aconselho, como dica de poupança, fazer o reaproveitamento das claras que sobram depois da confecção de alguma receita que exija o uso de mais gemas do que de claras ou, como foi o caso da receita de espinafres, que não seja de todo necessário o uso das claras. Quando são poucas claras, costumo guardar numa caixa e congelar, nem me preocupo em encontrar uma receita para as usar. Depois podem ser reaproveitadas em pratos como, por exemplo, bacalhau à Brás ou numa omeleta. Aprendi esta dica com a minha sogra.

terça-feira, 23 de junho de 2009

Berbigão à moda do meu pai

Tenho andado numa correria e com alguns trabalhos com data de fecho que coincidem com o final desta semana, o que me tem deixado pouco tempo para cozinhar. Sábado fui pela primeira vez à praia, este ano, para ver se apanho um pouco de sol e me vejo livre desta cor de branquela. À noite participei na corrida na marginal. 8 km desde a Praia de Santo Amaro até à curva do Mónaco e voltar. Há quem diga que falo mais do que corro. :)

O domingo fui passá-lo com os meus pais. A rotina de sempre. Uma ida ao café, visitar as hortas e durante a tarde quente, muito quente, espreguiçar um pouco no sofá pois, nestes dias é de doidos andar ao sol. Mas neste domingo o meu pai, ao final da tarde, convidou-nos, ao Ricardo e a mim, para um petisco que ele iria confeccionar. Era surpresa. "Vamos, vê lá se adivinhas o que será?" - pergunta-me o meu pai. Reconhecendo que seria difícil adivinhar sem qualquer pista, tive que me render às evidências e dizer que não sabia. Mas assim que entrei na cozinha e senti o cheiro a mar, percebi imediatamente que o nosso petisco seria berbigão.

Encontrei um alguidar enorme cheio de pequenas conchas com a sua forma inconfundível dentro de água. Segundo o meu pai, o berbigão ia ser arranjado de uma maneira muito fácil. Fiquei logo com as antenas da curiosidade ligadas. Lembro-me que quando era miúda os meus pais chegaram a apanhar quilos de berbigão na Foz do Arelho. Tenho uma ideia que os arranjavam numa espécie de refogado com cebola, mas é mesmo isso, uma ideia muito vaga. No entanto, guardo na memória o prazer que na altura sentia quando nos deliciávamos com tão bom petisco.

Depois de provar e de ouvir a receita, tenho que concordar que é muito fácil. Basta colocar numa panela alguns dentes de alho esborrachados, dois cubos de caldo tipo Knorr (para 3 kg), uma malagueta, o berbigão e um bom ramo de coentros. Levar ao lume e ir "sacudindo" a panela para que todo o berbigão apanhe calor e abra. Não é preciso colocar sal nem azeite. É só mesmo assim. Rápido e muito simples.

O berbigão foi servido com pão para ensopar no molhinho e umas cervejinhas bem frescas. Que bela tarde de domingo!

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Penne com espinafres e bacalhau

Um destes dias cheguei a casa e ao pensar o que iria fazer para o jantar, confesso que não me surgiram grandes ideias. Abri o congelador e saltaram-me à vista duas postas de bacalhau. Como já não comia bacalhau há algum tempo, retirei as postas.

Mas o que fazer com o bacalhau? Cozido? Não apetecia. Assado no forno? Estava muito calor. Uma lasanha? Sim, parecia ser uma boa ideia. Apesar de achar que me ia dar um pouco mais de trabalho do que eu estava disposta a ter nesse dia, mas lá comecei a fazer o refogado. Mas foi só mesmo isso. A meio mudei de ideias e resolvi fazer uma massa com espinafres e bacalhau.

Ingredientes:
1 cebola
2 dentes de alho
1/2 pimento vermelho
azeite
400 g de espinafres picados (usei congelados)
sal
pimenta
2 postas de bacalhau demolhadas
250 g de massa penne ou macarrão riscado
um raminho de salsa picada

Comecei por refogar uma cebola e os dentes de alho picados em azeite. De seguida juntei meio pimento vermelho cortado em pequenos cubos e deixei refogar mais um pouco.

Cozi o bacalhau. Aproveitei a água de cozedura do bacalhau para cozer a massa.

Adicionei ao refogado os espinafres picados e deixei cozinhar. Entretanto limpei as postas de bacalhau de peles e espinhas e, adicionei ao refogado.

Depois da massa cozida, escorri e juntei ao conteúdo do tacho. Envolvi bem. Polvilhei com um raminho de salsa picada e seguiu para a mesa.

Esta massa soube muito bem. Cá em casa ficámos com vontade de repetir.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Salada de legumes grelhados com queijo mozzarella e azeite de coentros

Durante o evento Lisboa Restaurant Week comi, num dos restaurantes que aderiram à iniciativa, uma salada de legumes grelhados com queijo mozzarella. Achei a salada muito agradável e até fácil de confeccionar. Fiquei logo com vontade de a tentar recriar.

No sábado depois de uma ida ao supermercado e sem grande vontade para estar muito tempo na cozinha, a solução encontrada para o almoço foi esta salada.


Ingredientes:
1 beringela
1 courgette
2 queijos mozzarella frescos
azeite
coentros frescos
vinagre balsâmico
alface
rucúla selvagem

1. Grelhar a beringela e a courgette, previamente cortadas às rodelas.

2. Preparar o azeite de coentros: num recipiente colocar azeite e um raminho de coentros frescos picados. Com a ajuda da varinha mágica triturá-los.

3. Cortar o queijo mozzarella às rodelas.

4. Servir o queijo com os legumes, salada de alface e rúcula. Regar com o azeite de coentros e vinagre balsâmico.


Como já é meu hábito, neste tipo de pratos não uso sal e como tal, não o coloquei nas indicações da receita.

O queijo mozzarella pode ser substituído por queijo fresco, que também combina muito bem.

segunda-feira, 15 de junho de 2009

Bolo de Alperces

A minha amiga Ana Assis todos os anos me oferece um saco cheio de alperces. Os alperces são produzidos pela família e estão desde logo destinados à produção de sumo. A produção exige alguns requisitos como a proibição do uso de produtos químicos, o que é excelente.

Sinto-me sempre feliz quando recebo os alperces e encaro-os como especiais. Como tal, gosto de fazer uma receita especial para celebrar a oferta. Nos últimos anos fiz doce de alperces e Tarte de Requeijão com Alperces.


Ingredientes:
100 g de margarina
100 g de açúcar
2 ovos grandes
1 pitada de sal
raspa de um limão
200 g de farinha com fermento
750 g de alperces
35 g de amêndoas em falhas
2 colheres de sopa de açúcar para polvilhar
açúcar em pó
margarina para untar a forma
papel vegetal

1. Bater a margarina com o açúcar até obter um creme.

2. Adicionar os ovos, o sal, a raspa de limão e a farinha. Misture muito bem.

3. Untar uma forma sem buraco com margarina. Forrar com papel vegetal e voltar a untar com margarina.

4. Deitar a massa na forma.

5. Retirar os caroços e cortar os alperces em quatro.

6. Dispor os alperces sobre a massa, enconstando-os bem uns aos outros.

7. Espalhar por cima dos alperces a amêndoa e de seguida polvilhar com duas colheres de sopa de açúcar.

8. Levar ao forno a cozer.

9. Quando sair do forno polvilhar com açúcar em pó a gosto.

Na confecção do meu bolo esqueci-me de polvilhar com açúcar antes de ir ao forno. Quando provei a primeira fatia achei que o sabor estava demasiado ácido. Voltei a ler a receita original e lá percebi o meu erro. Resolvi a situação pincelando o bolo com mel e depois polvilhei com açúcar em pó. Diga-se que ficou muito, muito melhor.

P.S. Receita do Livro de Bolos e Bolinhos, Instituto Culinário da Margarina Vaqueiro, 1987.

sábado, 13 de junho de 2009

Abertura oficial dos grelhados no quintal

Esta semana foi curtinha. Uma semana com dois feriados. Na quarta-feira foi dia de Portugal e de Camões e na quinta-feira foi um feriado religioso. A mim sabe-me sempre bem estas semanas pequeninas, curtinhas.

Mas nos feriados não fui à praia, não saí de casa e não tive, infelizmente, fim-de-semana prolongado. Apesar disso, arranjo sempre maneira de fazer alguma coisa que foge à rotina. Nos feriados, cá em casa, aproveitámos e abrimos oficialmente a época de grelhados no nosso quintal. Finalmente conseguimos. Na quarta-feira ainda hesitámos pois o tempo estava incerto, mas durante a tarde o céu ficou limpo de nuvens e o sol pôde brilhar.

A ementa de quarta-feira foi sardinhas assadas. Nesta altura do ano com as festas por toda a cidade em honra de Santo António não poderia deixar de ser. Para a sardinhada convidámos os meus sogros e passámos uma fantástica tarde de quarta-feira à volta da mesa e de duas garrafas fresquinhas de vinho verde.

Na quinta-feira voltámos aos grelhados, agora só para o Ricardo e para mim. O peixe escolhido foi sargo.

Enchi a barriga dos sargos com uma mistura de ervas frescas (tomilho, coentros e salsa), temperei com sal e foi para a grelha.

Um dos truques que usamos quando grelhamos peixe é que não lhe tiramos as escamas. Vai para a grelha sem ser escamado.


Acompanhei os sargos grelhados com legumes cozidos e salada de alface, tomate e pepino.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

4 por 6: Sardinhas assadas com legumes cozidos e salada e Folhados de nectarina e mel


Em véspera de dia de Santo António não tinha outra alternativa senão apresentar para o 4 por 6 uma proposta de sardinhas assadas. A sardinha assada é a rainha das festas que se fazem pelos bairros tradicionais da cidade de Lisboa nesta altura do ano.


Ingredientes:
1,750 kg de sardinhas (4 a 5 sardinhas por pessoa)
sal
600 g de batatas para cozer com pele
2 cenouras grandes
Alface
2 tomates
1/2 pepino
1 cebola
Azeite
Vinagre

1. Temperar as sardinhas com sal e levar a assar em brasa viva.

2. Cozer, as batatas com a pele e as cenouras descascadas e abertas em quatro, em água temperada com sal.

3. Cortar os tomates, o pepino, a cebola e a alface para uma taça. Temperar com sal, azeite e vinagre a gosto.


Servir as sardinhas assadas com os legumes cozidos e a salada de alface e tomate. Para sobremesa apresento uma sugestão de massa folhada com fruta.

Folhados de nectarina e mel


Ingredientes:
115 g de massa folhada
1 nectarina grande
Mel para pincelar

1. Cortar a nectarina ao meio e depois em fatias finas.

2. Cortar a massa folhada em 4 rectângulos.

3. Distribuir as fatias de nectarina pelos rectângulos de massa folhada.

4. Levar ao forno. Quando a massa folhada estiver ligeiramente dourada, retirar.

5. Pincelar os folhados com mel.


O mel pode ser substituído por geleia de marmelo ou até mesmo açúcar em pó.

Vamos então às contas:
Os preços indicados das sardinhas, da nectarina e da massa folhada fresca são do Feira Nova, os restantes são do Continente. Todos os preços são referentes a 10/06/2009.

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Salmão no forno com alho, limão e estragão

Na terça-feira cheguei a casa e tinha pensado em fazer uma receita de salmão no forno que já tinha seleccionado. Mas como estava meio adoentada e ia jantar sozinha, acabei por fazer uma receita de improviso.

Coloquei quatro lombos de salmão num tabuleiro de forno. Temperei com sal, pimenta branca, sumo de um limão, três dentes de alho picados e um raminho de estragão fresco picado. Reguei com azeite e levei ao forno a assar.

Servi o salmão com massa esparguete cozida com ervilhas.

O salmão ficou muito saboroso. O estragão deu-lhe um toque especial.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Brownie de chocolate e avelãs

No último Natal recebi de presente da Suzana um livro intitulado Exceptional Cakes de Dan Lepard & Richard Whittington. Por várias vezes o abri e me deliciei com as receitas e as fotos. No passado domingo resolvi passar da teoria à prática. O bolo escolhido a confeccionar foi um Brownie de chocolate e avelãs.
Escolhi este bolo por dois motivos. Um pelo aspecto apetitoso que a fotografia do livro mostrava e o outro, relacionado com questões práticas, foi para dar uso a duas tabletes de chocolate que trouxe de Itália.


Ingredientes:
120 g de manteiga sem sal
250 g de açúcar amarelo
2 ovos
1 gema
210 g de chocolate derretido em banho maria
4 colheres de sopa de café
1 colher de sopa de rum
165 g de farinha com fermento
uma pitada de sal
35 g de avelãs inteiras
açúcar em pó para polvilhar
manteiga e farinha para a forma

1. Bater a manteiga com o açúcar muito bem.

2. Adicionar os ovos um a um e, por fim, a gema, batendo muito bem entre cada adição.

3. Adicionar o chocolate derretido, o rum, o café. Mexer bem.

4. Adicionar a farinha e o sal. Mexer.

5. Colocar a massa num tabuleiro de forno untado com margarina e polvilhado de farinha. Colocar as avelãs na massa pressionado um pouco de modo a que as avelãs fiquem dentro da massa.

6. Levar ao forno a cozer durante 20 a 25 minutos a 180ºC ou picar com um palito o centro da massa para verificar a cozedura. O bolo estará cozido quando o palito sair seco.

A indicação da temperatura e o tempo de cozedura são os referidos no livro. Cá em casa o meu forno não me permite controlar de forma eficaz a temperatura e como tal, tenho sempre algumas dificuldades em referir e indicar tempos e temperaturas. No entanto, aconselho a não deixar cozer demais o brownie. Este bolo é bom ligeiramente húmido. Demasiado cozido fica seco.

Fiz o bolo directamente num tabuleiro mas é mais fácil para desenformar se forrarem a forma com papel vegetal.


O bolo ficou uma delícia. Daquelas delícias que se comem mesmo sem vontade, só pelo prazer de saborear. Foi servido como sobremesa no almoço de domingo com os meus sogros.

domingo, 7 de junho de 2009

Flores, frutos e legumes

Quando vou a Santarém é quase certo ir espreitar as hortas e as árvores de fruto. Começo pelo quintal dos meus pais. Gosto de ver o que semearam, o que está a crescer e o que já está a dar fruto. Depois aventuro-me pelos quintais de dois vizinhos mesmo ali ao lado. Quando vejo alguma coisa que acho interessante, perco a vergonha e chego mesmo a entrar.

O Ricardo também me costuma acompanhar nestas aventuras. Fotografamos tudo o que achamos bonito ou curioso. Os frutos. As flores. Os malmequeres. Os legumes a crescer. Quem nos encontra até acha piada e ri-se.

Pêra.

Folha e um pequeno pepino.

Figos.

Nesta altura do ano encontrei pronto a colher feijão verde, cebolas, courgettes, alfaces e pêssegos. Não resisti aos encantos de uma nespereira. Comi uma mão cheia de nêsperas madurinhas, doces, que eu própria apanhei. Souberam tão bem!

As nêsperas são a única fruta que me recuso a comprar nos supermercados. Não gosto. Acho que não têm sabor. Houve alturas em que até cheguei a comprar, mas acabei sempre por me arrepender, por achar que a qualidade não justifica. A pele dura, muita água e nenhum sabor, na minha opinião.