Na sexta-feira passada tive a oportunidade de assistir a duas experiências de gastrononomia molecular. Uma receita de gelado feito com dois iogurtes, um pacote de natas e doce de morango. Até aqui nada de especial, mas o mais espectacular estava para vir. O gelado foi preparado com azoto líquido. O azoto líquido permite um abaixamento de temperatura rápido, o que permitiu a confecção do gelado em poucos minutos e com um efeito fantástico devido ao "fumo" que se liberta. Devido à rapidez de execução até existe um record mundial de 20,91 segundos para 1 litro de gelado, segundo informação distribuída no local. Depois de ver fazer, claro que quis provar e não me desiludi.
A minha segunda experiência foi com alginatos. Demonstrou-se o processo de gelificação do alginato produzindo algo parecido com o caviar, mas com sabor a groselha, numa solução de cálcio. Para mim pareciam bolinhas pequeninas, perfeitas, de gelatina de morango. Enquanto assistia e depois quando também tive a oportunidade de pegar na pipeta e de fazer as bolinhas houve uma senhora que me disse que já tinha feito a mesma experiência mas com Moscatel e que tinha muito mais piada. As bolinhas de alginato poderiam ficar todas com a mesma consistência ou com líquido por dentro, dependia do tempo que estavam na solução de cálcio.

Depois de um dia cheio de experiências e que tinha começado bem cedo cheguei a casa ao final do dia com pouca vontade de cozinhar. Apetecia-me algo que não fosse muito complicado. Reparei que tinha uma embalagem de massa tagliatelle fresca no frigorífico e, sem pensar muito mais decidi que este seria o ingrediente principal do nosso jantar.
Ingredientes:250 g de massa tagliatelle fresca
200 g de ervilhas (usei congeladas)
100 g de queijo feta cortados em cubos
100 g de rúcula selvagem
100 g de milho (usei de lata)
50 g de azeitonas
30 g de pinhões
raspa e sumo de 1 limão
manjericão fresco
6 colheres de sopa de azeite
sal
pimenta de moinho
queijo parmesão ralado
1. Cozer a massa seguindo as indicações da embalagem em água temperada com sal.
2. Depois da massa cozida escorrer bem. Para que a massa não pegue passá-la por água fria.
3. Cozer as ervilhas. Depois de cozidas escorrer e reservar.
4. Numa frigideira anti-aderente torrar os pinhões e reservar.
5. Colocar a massa numa taça. Juntar o queijo feta, a rúcula e a raspa de limão. Temperar com sal e pimenta a gosto. Adicionar as ervilhas, as azeitonas, o milho, os pinhões e folhas de manjericão.
6. Com uma vara de arames pequena bater o azeite com o sumo de limão. Regar a salada com este molho e mexer.
7. Servir a salada com queijo parmesão ralado.


Esta receita é da revista espanhola Comer Bien nº 142 de Junho de 2007 com umas pequenas alterações.
Daqui a umas horas parto para outras experiências gastronómicas agora rumo a Bolonha, Itália. Espero conseguir dar notícias.