Na sexta-feira, dia 1 de Maio, fui assistir a uma palestra sobre livros de cozinha na Feira do Livro de Lisboa. Os intervenientes foram Chakall, Margarida Pereira-Muller e Maria Proença.
Chakall foi quem iniciou a conversa. Começou por falar dos livros de cozinha que o influenciaram. Referiu Cozinha Confidencial, The River Cafe Cook Book Green e disse também que gostava de livros de cozinha temáticos, por exemplo de limões, etc. Para além disso falou da importância que Maria de Lourdes Modesto tem para a culinária portuguesa comparável a Simone Ortega em Espanha e, a Petrona Gandulfo na Argentina.
Margarida Muller começou por falar da sua relação com a cozinha. Desde pequena que se relaciona com este mundo. Recordou as aulas de iniciação à cozinha incluídas no plano de estudos escolar no Instituto de Odivelas que frequentou. O livro de Pantagruel, um livro alemão sobre cozinha e organização doméstica e Doze meses de Cozinha foram os livros que apresentou como as obras que a influenciaram na cozinha. Referiu ainda As receitas da Serafina, Licor Beirão, entre outras obras que escreveu.
Maria Proença começou por referir que quando era miúda não tinha grandes livros de cozinha em casa. Mostrou um livro de receitas que foi compilando quando tinha 11 ou 12 anos. As receitas eram basicamente os ensinamentos da sua mãe e as receitas de bolos de uma amiga da família. Lembra-se de nessa altura lhe dizerem que se estivesse maré alta o bolo não crescia, o que fez com que ela espreitasse muitas vezes pela janela para ver como estava a maré.
De seguida apresentou um outro livro de receitas escritas mais elaborado, agora já organizado por assuntos, de seguida outro com recortes de revistas e de produtos. Referiu que normalmente esta recolha de receitas era feita nas famílias menos abastadas que faziam uma cozinha baseada nos recursos locais.
No seguimento da sua relação com a cozinha apresentou-nos a revista dos anos 40/50, Cabaz das Compras e falou da importância que as receitas apresentadas em folhetos promocionais de diversas marcas, como por exemplo a Maizena, Royal, entre outras, tiveram na época em que surgiram. Referiu também a revista Marie Claire, cuja circulação não estava proibida durante o Estado Novo, e apresentava uma secção de culinária muito cuidada e com excelentes fotografias, a Grande enciclopédia da Cozinha de Maria de Lourdes Modesto que recebeu como presente de casamento e que na sua opinião foi um livro de viragem, pois mostrava que a cozinha ultrapassa a receita, era na altura um livro inovador pois integrava imagens e textos de literatura, Isalita - Doces e Cozinhados, João da Mata e deste chef falou particularmente de uma sopa de pão à portuguesa que nos aconselhou a experimentar. Apresentou ainda como obras importantes, a História da Alimentação, A Cozinha de Mercado de Bocuse e do livro O doce nunca amargou de Emanuel Ribeiro. Falou-nos também da associação Idades dos Sabores que ajudou a construir e do trabalho que esta associação tem vindo a realizar.
Para além de livros, falou-se dos prémios Gourmand, das diferenças entre a cozinha alemã e portuguesa, da cozinha optimista/pessimista, da cozinha de poucos recursos e da cozinha divina.
Concluiu-se que a cozinha é um fenómeno social complexo. Tudo passa pelo modo como cozinhamos ou nos relacionamos com a cozinha. Seja o clima, a geografia, a cultura, as tradições, as interdições, etc.
Chakall foi quem iniciou a conversa. Começou por falar dos livros de cozinha que o influenciaram. Referiu Cozinha Confidencial, The River Cafe Cook Book Green e disse também que gostava de livros de cozinha temáticos, por exemplo de limões, etc. Para além disso falou da importância que Maria de Lourdes Modesto tem para a culinária portuguesa comparável a Simone Ortega em Espanha e, a Petrona Gandulfo na Argentina.
Margarida Muller começou por falar da sua relação com a cozinha. Desde pequena que se relaciona com este mundo. Recordou as aulas de iniciação à cozinha incluídas no plano de estudos escolar no Instituto de Odivelas que frequentou. O livro de Pantagruel, um livro alemão sobre cozinha e organização doméstica e Doze meses de Cozinha foram os livros que apresentou como as obras que a influenciaram na cozinha. Referiu ainda As receitas da Serafina, Licor Beirão, entre outras obras que escreveu.
Maria Proença começou por referir que quando era miúda não tinha grandes livros de cozinha em casa. Mostrou um livro de receitas que foi compilando quando tinha 11 ou 12 anos. As receitas eram basicamente os ensinamentos da sua mãe e as receitas de bolos de uma amiga da família. Lembra-se de nessa altura lhe dizerem que se estivesse maré alta o bolo não crescia, o que fez com que ela espreitasse muitas vezes pela janela para ver como estava a maré.
De seguida apresentou um outro livro de receitas escritas mais elaborado, agora já organizado por assuntos, de seguida outro com recortes de revistas e de produtos. Referiu que normalmente esta recolha de receitas era feita nas famílias menos abastadas que faziam uma cozinha baseada nos recursos locais.
No seguimento da sua relação com a cozinha apresentou-nos a revista dos anos 40/50, Cabaz das Compras e falou da importância que as receitas apresentadas em folhetos promocionais de diversas marcas, como por exemplo a Maizena, Royal, entre outras, tiveram na época em que surgiram. Referiu também a revista Marie Claire, cuja circulação não estava proibida durante o Estado Novo, e apresentava uma secção de culinária muito cuidada e com excelentes fotografias, a Grande enciclopédia da Cozinha de Maria de Lourdes Modesto que recebeu como presente de casamento e que na sua opinião foi um livro de viragem, pois mostrava que a cozinha ultrapassa a receita, era na altura um livro inovador pois integrava imagens e textos de literatura, Isalita - Doces e Cozinhados, João da Mata e deste chef falou particularmente de uma sopa de pão à portuguesa que nos aconselhou a experimentar. Apresentou ainda como obras importantes, a História da Alimentação, A Cozinha de Mercado de Bocuse e do livro O doce nunca amargou de Emanuel Ribeiro. Falou-nos também da associação Idades dos Sabores que ajudou a construir e do trabalho que esta associação tem vindo a realizar.
Para além de livros, falou-se dos prémios Gourmand, das diferenças entre a cozinha alemã e portuguesa, da cozinha optimista/pessimista, da cozinha de poucos recursos e da cozinha divina.
Concluiu-se que a cozinha é um fenómeno social complexo. Tudo passa pelo modo como cozinhamos ou nos relacionamos com a cozinha. Seja o clima, a geografia, a cultura, as tradições, as interdições, etc.
2 comentários :
Gostava de ter lá estado. Parece-me que deve ter sido muito interessante :)
Eu sou fã incondicional da Maria de Lourdes Modesto, sem dúvida, um marco da hostória gastronómica do nosso país.
Muito interessamente. :)
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