sexta-feira, 26 de abril de 2013

Cavala, um peixe com Sangue na Guelra


Este ano no Peixe em Lisboa decorreu um evento satélite a este festival, promovido pela Amouse Bouche, intitulado Sangue na Guelra. Este evento teve lugar no restaurante Cantina da Estrela e contou com dois jantares confeccionados pelos sub-chefes de vários restaurantes estrelados, nacionais e estrangeiros, em que elaboraram pratos de peixe e marisco. Eu tive a possibilidade de ir assistir, num sábado à tarde, à apresentação do evento no Pátio da Galé e respectivos showcookings.


Estes, consistiram na apresentação de pratos com cavala. O primeiro chef a apresentar um prato foi David Jesus do Belcanto, que confeccionou um prato da carta do restaurante, cavala marinada com azeite de escabeche. Leandro Carreira, do restaurante Viajante, em Londres, brindou-nos com cavala marinada e fumada servida com pão ensopado em molho de pimentos assados. João Rodrigues do Feitoria confeccionou também um prato de cavala marinada, servida com pepino, rabanete e gel de leite queimado. E por fim, Yoji Tokuyoshi, da Osteria Francescana, em Itália, fez-nos um suposto chá verde, uma infusão de cavala que abriu o apetite a todos os que assistiram. A apresentação deste evento foi feita pelo crítico de gastronomia, Miguel Pires, que foi interpelando os chefs com várias questões, ajudando assim a compreender o que estava a ser feito.


Antes dos showcookings houve espaço ainda para uma apresentação muito interessante feita pelo Pedro Bastos da Nutrifresco, onde explicou, por exemplo, a diferença entre a sarda e a cavala. Uma das diferenças está relacionada com o facto de a cavala andar em constante movimento e necessitar consequentemente de mais sangue na guelra. Daí a sua carne ser mais avermelhada. Enquanto a cavala tem listas na pele, a sarda tem pintas. Ao longo da apresentação ficámos a perceber que afinal a sarda é da família da cavala e que ambas as espécies devem ser conservadas em água salgada e gelo. Como é um peixe que se deteriora com muita facilidade devido a enzimas próprias de ambas as espécies, é importante estar atento no momento da compra. Escolher apenas as com aspecto firme e hirto, e de preferência as maiores.


Esta foi uma iniciativa bem interessante e que espero ver repetida nas próximas edições do Peixe em Lisboa.


Outros apontamentos sobre esta iniciativa:
- Os "número 2" da cozinha mostram o que valem por Alexandra Prado Coelho e Ana Brasil;
- Nadar em cardume com sangue na guelra por Fátima Moura;
- Cavala em destaque no Peixe em Lisboa por Miguel Pires;
- Sangue na Guelra: A crónica de um sucesso por Miguel Pires;
- Sangue na Guelra: a crónica de um sucesso (Parte 2) por Miguel Pires.

3 comentários :

Alice Martelo disse...

Olá.
A cavala é mesmo um peixe muito bom.
Eu até a como cozidinha com uma pitada de vinagre na água e uma folhinha de louro, uma delícia.
Cá pela terra há disso aos montes, antigamente até jogavam fora.
Beijinhos grandes e um fantástico fim de semana

Su Delícia disse...

Que tarde bem passada!
beijinhos
http://sudelicia.blogspot.pt/

Mary - Strawberrycandy disse...

A cavala é um peixe fantástico, pena que muitos não a apreciem.
Que tarde bem passada ah?!
Beijinhos e bom fim-de-semana.
http://strawberrycandymoreira.blogspot.pt/