Num sábado bonito cheio de sol, estive num workshop de cozinha com o chef Nuno Diniz, organizado pela IVO Cutelarias, no conhecido espaço Kiss The Cook, em Lisboa. O chef Diniz é uma referência a nível nacional, não só enquanto chefe de cozinha, mas também como formador na área e cara conhecida da versão portuguesa do programa Top Chef. A primeira vez que fui ao Kiss the Cook adorei o conceito e o espaço. E desde essa altura, tenho tido a sorte de poder voltar várias vezes.
Foi uma tarde bem passada e muito divertida. Fartei-me de falar e de aprender coisas novas. Na minha bancada estiveram, os chefs Luís Barradas e Nuno Barros e o foodie Rodrigo Meneses. O workshop serviu para todos testarmos as facas e outros diversos utensílios da IVO Cutelarias, enquanto íamos seguindo as preciosas indicações do chef Nuno Diniz e com a prestável ajuda do Bruno Caseiro. Conheço as facas IVO há muitos anos. Quando dei os meus primeiros passos no corte de carnes, utilizei as facas desta marca sob a supervisão do meu pai.
Depois de uma breve apresentação, de colocarmos os aventais seguimos todos para os nossos postos de trabalho. A primeira receita que confeccionámos foi tomate recheado com alheira e puré de abóbora. Para este prato assámos a abóbora com tomilho, alecrim e uma casca de limão, envolvida em papel de alumínio. De seguida, a alheira foi passada na frigideira, sem gordura, e partida aos pedaços sem a pele. Por fim, juntou-se uma mão cheia de pinhões. Depois de retirar a tampa e vazar o tomate, deixámo-lo a escorrer um pouco. Antes de o rechearmos, polvilhámos o interior com sal e regámos com um fio de azeite. O tomate recheado com a alheira fica de ir ao céu e pedir por mais. Os pinhões com a alheira é uma combinação curiosa que resulta muito bem. De certeza a experimentar um destes dias cá em casa.
O segundo prato confeccionado foi lavagante em sua bisque. Para mim foi a primeira vez que cozinhei lavagante. Em relação ao lavagante tenho sempre a imagem divertida da Julie, no filme Julie & Julia, quando decide colocar as lagostas vivas dentro da panela e entretanto a tampa salta e esta fica sem saber muito bem como lidar com estes deliciosos bichos. Com esta ideia na cabeça, pus-me a imaginar o divertido que seria ver as tampas de mais de dez panelas a saltar!
Começámos por cozer o lavagante durante aproximadamente cinco minutos. Depois colocámos o corpo de fora e deixámos cozer as pinças mais dois a três minutos. Assim que retirámos da panela, passámos o lavagante por um banho gelado para parar a cozedura. Uma das coisas que adorei fazer foi descascar o lavagante. O meu estava cheio de ovas o que improvisado, no momento, com umas fatias de pão deu logo ali aso a um pequeno petisco e muitos sorrisos de contentamento.
De seguida colocámos chalotas, alho-francês, aipo, funcho e cenouras numa panela com azeite e deixámos suar um pouco. Um dos momentos divertidos foi quando flamejámos as cascas de lavagante e camarão, previamente caramelizadas em manteiga. Ver o álcool a arder é sempre tão impressionante.
Acompanhámos a nossa refeição com o vinho rosé Monte Capucho 2011 e o tinto Memória Reserva 2010 da Quinta dos Capuchos. O workshop durou a tarde toda e foi muito bom estar ali na conversa, rodeada de pessoas interessantes, num ambiente de aprendizagem e de partilha.
Outro olhar sobre este workshop:
- Um lavagante sem nome por Rodrigo Meneses.
3 comentários :
também nunca cozinhei lavagante e é precisamente essa imagem do filme que me vem à cabeça quando falam do mesmo :) adorei a descrição, como sempre :) beijinhos
Que dia maravilhoso esse Laranjinha!!!
Aproveito para dizer que já fui contactada para receber a oferta da máquina de café. Mal receba logo digo... e ainda envio a foto!! hehehe ;)
Beijinhos
http://sudelicia.blogspot.pt/
Laranjinha,
Fico a imaginar a experiência, com facas, bichos com pinças e muita conversa à mistura! O chefe Nuno Diniz é um professor e tanto! Um dia certamente muito bem passado, num local bem simpático e em óptima companhia. :))
Um beijo*
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